A reforma escolar como performance e espetáculo político

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Anderson, Gary L.
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Fajardo, Ananyr Porto, Gandin, Luis Armando
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/230013
Resumo: Uma indústria da reforma escolar tem se desenvolvido nos Estados Unidos, desde a publicação do relatório encomendado, A Nation at Risk, de 1983. Esse movimento pela reforma escolar foi impulsionado pela teoria do capital humano, pela influência do lobby empresarial, pelo apoio bipartidário dos testes da responsabilização por meio da introdução de uma avaliação padronizada e por grandes fundações filantrópicas como as de Bill Gates, Sam Walton e Eli Broad. Esse capítulo defende que o estudo minucioso de que necessitamos exige novas teorias de poder e das relações políticas. Enquanto os atores políticos tradicionais foram cruciais na promoção da legislação a respeito das reformas educacionais, novos e bem-financiados atores políticos promoveram essas reformas por meio da criação daquilo que Edelman (1988) chamou de espetáculo político, resultando em uma cultura de performatividade (Lyotard, 1984) e na privatização de grandes setores da escolarização pública.
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