Água viva : os saberes que se fazem na fluidez do cotidiano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/96778 |
Resumo: | Uma cartografia com crianças, sobre seus saberes cotidianos. Um método eminentemente caminhante, que faz do caminhar/bicicletar a potência para a produção de encontros. Duas crianças, uma pesquisadora, cinco encontros. Mas cada encontro, múltiplo que foi, despertou para uma miríade de outros encontros. Dos acasos e do simpático casal de idosos que entra em cena. Do senhor do armazém que cruza com sua bicicleta, do homem que vive a pedir um cigarrinho... O método que inverte curiosidades: do pesquisador curioso (postura esperada) à criança que quer saber da vida do pesquisador: como é a faculdade? Há merenda lá? Da pesquisa que, como a água, por vezes transborda. Cartografia que fala não só da relação das crianças com a água. Fala também das coisas que vão se interceptando porque se está no caminho: gravetos, juncal, joão-de-barro, uma cabrita, um limoeiro-do-mato, uma figueira, um cavalo, uma égua, um gato, uma guarita abandonada, um barquinho ao longe, uma chuteira, um sapato de salto, uma garrafa de cachaça, uma bola murcha, uma cabeça de boneca, um apagador de quadro e uma conchinha “com o beiço vermelho”... Do reservatório de coisas desativadas que habitam os territórios em busca de uma palavra. Dos devires e das coisas que parecem ser outras coisas: um ratinho, um pêssego, uma titica de galinha, um papel manteiga... Do baú das histórias de cada um, histórias que, como linhas de mapas, se cruzam, histórias minoritárias, histórias de como pegar aracuãs... Dos lugares onde se ainda aproveita a água para tomar banho. Dos tempos não cronológicos, tempos aiônicos da infância. Das matas, restingas, trilhas de junco seco. Do clima, dos ventos, do calor, do sol e das sombras. Do pesquisador que vira cartógrafo e se mistura aos pequenos cartógrafos que o acompanham com suas máquinas fotográficas, garrafas d'água e canequinhas. Do casco de tartaruga que leva à tentativa de entender o que é uma Reserva. Da escola e das outras formas de aprender. Afinal, agora é hora de caminhar... |
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Gonçalves, Liv LudwigCosta, Luciano Bedin da2014-06-21T02:07:13Z2013http://hdl.handle.net/10183/96778000919615Uma cartografia com crianças, sobre seus saberes cotidianos. Um método eminentemente caminhante, que faz do caminhar/bicicletar a potência para a produção de encontros. Duas crianças, uma pesquisadora, cinco encontros. Mas cada encontro, múltiplo que foi, despertou para uma miríade de outros encontros. Dos acasos e do simpático casal de idosos que entra em cena. Do senhor do armazém que cruza com sua bicicleta, do homem que vive a pedir um cigarrinho... O método que inverte curiosidades: do pesquisador curioso (postura esperada) à criança que quer saber da vida do pesquisador: como é a faculdade? Há merenda lá? Da pesquisa que, como a água, por vezes transborda. Cartografia que fala não só da relação das crianças com a água. Fala também das coisas que vão se interceptando porque se está no caminho: gravetos, juncal, joão-de-barro, uma cabrita, um limoeiro-do-mato, uma figueira, um cavalo, uma égua, um gato, uma guarita abandonada, um barquinho ao longe, uma chuteira, um sapato de salto, uma garrafa de cachaça, uma bola murcha, uma cabeça de boneca, um apagador de quadro e uma conchinha “com o beiço vermelho”... Do reservatório de coisas desativadas que habitam os territórios em busca de uma palavra. Dos devires e das coisas que parecem ser outras coisas: um ratinho, um pêssego, uma titica de galinha, um papel manteiga... Do baú das histórias de cada um, histórias que, como linhas de mapas, se cruzam, histórias minoritárias, histórias de como pegar aracuãs... Dos lugares onde se ainda aproveita a água para tomar banho. Dos tempos não cronológicos, tempos aiônicos da infância. Das matas, restingas, trilhas de junco seco. Do clima, dos ventos, do calor, do sol e das sombras. Do pesquisador que vira cartógrafo e se mistura aos pequenos cartógrafos que o acompanham com suas máquinas fotográficas, garrafas d'água e canequinhas. Do casco de tartaruga que leva à tentativa de entender o que é uma Reserva. Da escola e das outras formas de aprender. Afinal, agora é hora de caminhar...application/pdfporExperiências de vidaCotidianoLami (Porto Alegre, RS)Água viva : os saberes que se fazem na fluidez do cotidianoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2013Ciências Biológicas: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000919615.pdf000919615.pdfTexto completoapplication/pdf5248304http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/96778/1/000919615.pdfe23d120865fc50464ef4b14c2292a782MD51TEXT000919615.pdf.txt000919615.pdf.txtExtracted Texttext/plain82397http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/96778/2/000919615.pdf.txt4cf18754892b0bf88a43a506cb75e16aMD52THUMBNAIL000919615.pdf.jpg000919615.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg959http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/96778/3/000919615.pdf.jpg5e09b0f0e5c77374eb291aab5b9ae8feMD5310183/967782018-10-18 08:31:48.635oai:www.lume.ufrgs.br:10183/96778Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-18T11:31:48Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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