Sobremordida profunda : diagnóstico esquelético e dentário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Levy, Ruth Sinclética
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/222463
Resumo: A Sobremordida profunda é uma característica oclusal essencial, que tem sido focada ao longo dos tratamentos, quando se encontra alterada positivamente, é descrita como a sobreposição dos incisivos superiores à superfície labial dos incisivos inferiores, verticalmente, acima do limite padrão de 1-3mm. A presença de uma sobremordida profunda pode interferir nos movimentos mandibulares e por conseguinte estar relacionado à alterações na saúde do sistema estomatognático. Além disso, ela representa uma má oclusão cujo tratamento eficiente representa um desafio na prática clínica. Sendo assim, a proposta deste trabalho foi a construção de uma revisão de literatura a respeito da Sobremordida Profunda: Diagnóstico Esquelético e Dentário, as características esqueléticas e dentárias específicas da Sobremordida Profunda em Pacientes ou Casos de Classe I de Angle, dentição permanente formada, preferencialmente com os segundos molares erupcionados, em que os pacientes não tivessem sidos submetidos a tratamento ortodôntico prévio. Foi realizada uma pesquisa em bases de dados de artigos selecionados e extraídos da PubMed. Os critérios de exclusão envolveram artigos de descrição de casos clínicos e de estudos envolvendo as malformações congênitas como fissura labial e/ou palatinas e síndromes craniofaciais e sem ausência dentaria, seja por extrações ou fatores congénitos. Existe pouca informação na literatura sobre o tema em causa, visto que ainda requer estudos futuros que respondam de forma sucinta os critérios referidos para realização deste trabalho. Os resultados encontrados foram: A Sobremordida é um fenômeno multifatorial, com variáveis esqueléticas e dentárias que podem influenciar. O ângulo goníaco reduzido foi o fator esquelético mais frequente e com maior contribuição para Sobremordida profunda, associado ao impacto da angulação do ramo mandibular, confirmando a importância do crescimento, desenvolvimento e angulação do ramo. 6 Uma curva profunda de Spee foi o fator dentário mais frequente e o que mais contribuiu para Sobremordida profunda, confirmando a importância da mecanoterapia (intrusão de dentes anteriores superiores e/ou inferiores) para o tratamento da Sobremordida profunda. O excesso de ruptura/erupção (comprimento coronário) dos incisivos superiores e/ou inferiores foi o segundo componente dentário de alta contribuição. Mesmo tendo certo impacto e podendo afetar na Sobremordida profunda, as retroinclinações dos incisivos superiores e inferiores estavam entre os componentes menos frequentes. Três partes anatômicas foram responsáveis pela variação da altura facial ântero-inferior: Comprimento mandibular, altura dentoalveolar ântero-superior e ântero-inferior. Essas medidas cefalométricas podem indicar a variação da altura facial com relação a frequência e grau de Sobremordida profunda. Pacientes com mordida profunda esquelética apresentam crânio mais espesso do que os com oclusão normal e com morfologia craniofacial vertical normal. Consideração importante para o planejamento ortodôntico e ortognático. Uma análise completa de todos os componentes da mordida profunda reduz o viés do Clínico em relação à mecânica pré-determinada para o tratamento desses pacientes e permite fazer o planejamento de tratamento mais individualizado.
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Sendo assim, a proposta deste trabalho foi a construção de uma revisão de literatura a respeito da Sobremordida Profunda: Diagnóstico Esquelético e Dentário, as características esqueléticas e dentárias específicas da Sobremordida Profunda em Pacientes ou Casos de Classe I de Angle, dentição permanente formada, preferencialmente com os segundos molares erupcionados, em que os pacientes não tivessem sidos submetidos a tratamento ortodôntico prévio. Foi realizada uma pesquisa em bases de dados de artigos selecionados e extraídos da PubMed. Os critérios de exclusão envolveram artigos de descrição de casos clínicos e de estudos envolvendo as malformações congênitas como fissura labial e/ou palatinas e síndromes craniofaciais e sem ausência dentaria, seja por extrações ou fatores congénitos. Existe pouca informação na literatura sobre o tema em causa, visto que ainda requer estudos futuros que respondam de forma sucinta os critérios referidos para realização deste trabalho. Os resultados encontrados foram: A Sobremordida é um fenômeno multifatorial, com variáveis esqueléticas e dentárias que podem influenciar. O ângulo goníaco reduzido foi o fator esquelético mais frequente e com maior contribuição para Sobremordida profunda, associado ao impacto da angulação do ramo mandibular, confirmando a importância do crescimento, desenvolvimento e angulação do ramo. 6 Uma curva profunda de Spee foi o fator dentário mais frequente e o que mais contribuiu para Sobremordida profunda, confirmando a importância da mecanoterapia (intrusão de dentes anteriores superiores e/ou inferiores) para o tratamento da Sobremordida profunda. O excesso de ruptura/erupção (comprimento coronário) dos incisivos superiores e/ou inferiores foi o segundo componente dentário de alta contribuição. Mesmo tendo certo impacto e podendo afetar na Sobremordida profunda, as retroinclinações dos incisivos superiores e inferiores estavam entre os componentes menos frequentes. Três partes anatômicas foram responsáveis pela variação da altura facial ântero-inferior: Comprimento mandibular, altura dentoalveolar ântero-superior e ântero-inferior. Essas medidas cefalométricas podem indicar a variação da altura facial com relação a frequência e grau de Sobremordida profunda. Pacientes com mordida profunda esquelética apresentam crânio mais espesso do que os com oclusão normal e com morfologia craniofacial vertical normal. Consideração importante para o planejamento ortodôntico e ortognático. Uma análise completa de todos os componentes da mordida profunda reduz o viés do Clínico em relação à mecânica pré-determinada para o tratamento desses pacientes e permite fazer o planejamento de tratamento mais individualizado.Deep overbite is an essential occlusal feature, which has been focused throughout the treatments, when it is positively altered, it is described as the overlapping of the upper incisors on the labial surface of the lower incisors, vertically, above the standard limit of 1-3mm. The presence of a deep overbite can interfere with jaw movements and therefore be related to changes in the health of the stomatognathic system. In addition, it represents a malocclusion whose efficient treatment represents a challenge in clinical practice. Therefore, the purpose of this work was to construct a literature review about Deep Overbite: Skeletal and Dental Diagnosis, the specific skeletal and dental characteristics of Deep Overbite in Angle Class I Patients or Cases, permanent dentition, preferably with the second molars erupted, in which the patients had not been submitted to previous orthodontic treatment. A search was carried out in databases of articles selected and extracted from PubMed. The exclusion criteria involved articles describing clinical cases and studies involving congenital malformations such as cleft lip and / or palate and craniofacial syndromes and without tooth absence, either due to extractions or congenital factors. There is little information in the literature on the subject in question, as it still requires future studies that respond succinctly to the criteria referred to for carrying out this work. The results found were: Overbite is a multifactorial phenomenon, with skeletal and dental variables that can influence it. The reduced goniac angle was the most frequent skeletal factor and with the highest contribution to Deep Overbite, associated with the impact of the angulation of the branch mandibular, confirming the importance of growth, development and angulation the branch. A deep Spee curve was the most frequent dental factor and the one that contributed most for Deep Overbite, confirming the importance of mechanotherapy (intrusion of upper and / or lower anterior teeth) for the treatment of Deep Overbite. 8 Excess rupture / eruption (coronary length) of the upper incisors and / or lower teeth was the second high-contribution dental component. Despite having a certain impact and may affect Deep Overbite, the retro-inclinations of the upper and lower incisors were among the less frequent components. Three anatomical parts were responsible for the variation of the antero-inferior facial height: Mandibular length, antero-superior and antero-inferior dentoalveolar height. These cephalometric measurements may indicate facial height variation with respect to frequency and degree of Deep Overbite. Patients with deep skeletal bite have a thicker skull than those with normal occlusion and with normal vertical craniofacial morphology. Important consideration for orthodontic and orthognathic planning. A thorough analysis of all components of the deep bite reduces the bias of the Clinical in relation to the pre-determined mechanics for the treatment of these patients and allows to make treatment planning more individualized.application/pdfporSobremordidaMá oclusãoDente molarDentição permanenteOverbiteMalocclusionMolarDentition, permanenteSobremordida profunda : diagnóstico esquelético e dentárioDeep overbite skeletal and dental diagnosisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2020especializaçãoCurso de Especialização em Ortodontiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001126675.pdf.txt001126675.pdf.txtExtracted Texttext/plain46781http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/222463/2/001126675.pdf.txt7adbfa224e05a75b61a0a55f67e61a24MD52ORIGINAL001126675.pdfTexto completoapplication/pdf1096631http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/222463/1/001126675.pdf5f080053766304a1f1907c77e37f9807MD5110183/2224632021-06-26 04:42:18.584488oai:www.lume.ufrgs.br:10183/222463Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-06-26T07:42:18Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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