Slow movement : trabalho e experimentação do tempo na vida líquido-moderna
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/98945 |
Resumo: | O presente artigo coloca em pauta uma reflexão cujo objetivo é discorrer sobre os modos de trabalhar e de viver na vida líquido-moderna. Para tanto, apresenta o Slow Movement como referência de análise. Divulgado como movimento mundial em prol da desaceleração, sua proposta difundiu-se e firmou-se ao acolher a sensação generalizada de esgotamento promovida pela vida líquida, conforme preconizada por Bauman (2007). Objetiva-se compreender se e como o Slow Movement possibilita uma outra experimentação do tempo, bem como se interpõe enquanto expressão da resistência aos atuais modos de trabalhar e de viver. A análise empreendida permite perceber que o Slow Movement, apesar de se apresentar como um modo de expressão da resistência frente à aceleração, mantém-se subordinado à ideologia gerencialista (Gaulejac, 2007) que caracteriza os atuais modos de trabalhar. Desse modo, o movimento contribui para apaziguar os sofrimentos psíquicos causados pela pressão do tempo, mas não para a sua revolução. |
id |
UFRGS-2_f70c1e718324e70aade7ae13c31476eb |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/98945 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Batista, Mariana KleinGrisci, Carmem Ligia IochinsGallon, ShalimarFigueiredo, Marina Dantas de2014-07-30T02:04:30Z20130102-7182http://hdl.handle.net/10183/98945000881735O presente artigo coloca em pauta uma reflexão cujo objetivo é discorrer sobre os modos de trabalhar e de viver na vida líquido-moderna. Para tanto, apresenta o Slow Movement como referência de análise. Divulgado como movimento mundial em prol da desaceleração, sua proposta difundiu-se e firmou-se ao acolher a sensação generalizada de esgotamento promovida pela vida líquida, conforme preconizada por Bauman (2007). Objetiva-se compreender se e como o Slow Movement possibilita uma outra experimentação do tempo, bem como se interpõe enquanto expressão da resistência aos atuais modos de trabalhar e de viver. A análise empreendida permite perceber que o Slow Movement, apesar de se apresentar como um modo de expressão da resistência frente à aceleração, mantém-se subordinado à ideologia gerencialista (Gaulejac, 2007) que caracteriza os atuais modos de trabalhar. Desse modo, o movimento contribui para apaziguar os sofrimentos psíquicos causados pela pressão do tempo, mas não para a sua revolução.The following paper aims at describing work and life in the liquid modern life. For that matter the Slow Movement is presented as an analysis reference. Advertised as a world movement towards a slower time, its proposition has spread and been recognized as it acknowledges the feeling of hopelessness brought up by the liquid life, as described by Bauman (2007). The objective is to understand if and how the Slow Movement leads to a different experimentation of time, as well as if it is an expression of resistance to the current ways of working and living. The analysis proposes that although the Slow Movement presents itself as a resistance to the current acceleration, it is still linked to a managerial ideology (Gaulejac, 2007). Thus, the movement contributes to peace the psychological damages caused by the pressures of time, although it doesn’t operate as a revolution.application/pdfporPsicologia & sociedade. São Paulo. Vol. 25, n. 1 (2013), p. 30-39TrabalhoEstilo de vidaTempoAceleraçãoResistênciaTimeAccelerationResistanceLife stylesWorkSlow movement : trabalho e experimentação do tempo na vida líquido-modernaSlow movement : work and time experimentation in the liquid-modern lifeinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000881735.pdf000881735.pdfTexto completoapplication/pdf324596http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/98945/1/000881735.pdf7410def36c2bc0aec2f19c594773eeebMD51TEXT000881735.pdf.txt000881735.pdf.txtExtracted Texttext/plain49163http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/98945/2/000881735.pdf.txt74ff27d99ed782fc3248fdd9321be826MD52THUMBNAIL000881735.pdf.jpg000881735.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2199http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/98945/3/000881735.pdf.jpgb470f02100aa079eb8bf017b1416e2a7MD5310183/989452023-03-03 03:26:04.94936oai:www.lume.ufrgs.br:10183/98945Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-03-03T06:26:04Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Slow movement : trabalho e experimentação do tempo na vida líquido-moderna |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Slow movement : work and time experimentation in the liquid-modern life |
title |
Slow movement : trabalho e experimentação do tempo na vida líquido-moderna |
spellingShingle |
Slow movement : trabalho e experimentação do tempo na vida líquido-moderna Batista, Mariana Klein Trabalho Estilo de vida Tempo Aceleração Resistência Time Acceleration Resistance Life styles Work |
title_short |
Slow movement : trabalho e experimentação do tempo na vida líquido-moderna |
title_full |
Slow movement : trabalho e experimentação do tempo na vida líquido-moderna |
title_fullStr |
Slow movement : trabalho e experimentação do tempo na vida líquido-moderna |
title_full_unstemmed |
Slow movement : trabalho e experimentação do tempo na vida líquido-moderna |
title_sort |
Slow movement : trabalho e experimentação do tempo na vida líquido-moderna |
author |
Batista, Mariana Klein |
author_facet |
Batista, Mariana Klein Grisci, Carmem Ligia Iochins Gallon, Shalimar Figueiredo, Marina Dantas de |
author_role |
author |
author2 |
Grisci, Carmem Ligia Iochins Gallon, Shalimar Figueiredo, Marina Dantas de |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Batista, Mariana Klein Grisci, Carmem Ligia Iochins Gallon, Shalimar Figueiredo, Marina Dantas de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Trabalho Estilo de vida Tempo Aceleração Resistência |
topic |
Trabalho Estilo de vida Tempo Aceleração Resistência Time Acceleration Resistance Life styles Work |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Time Acceleration Resistance Life styles Work |
description |
O presente artigo coloca em pauta uma reflexão cujo objetivo é discorrer sobre os modos de trabalhar e de viver na vida líquido-moderna. Para tanto, apresenta o Slow Movement como referência de análise. Divulgado como movimento mundial em prol da desaceleração, sua proposta difundiu-se e firmou-se ao acolher a sensação generalizada de esgotamento promovida pela vida líquida, conforme preconizada por Bauman (2007). Objetiva-se compreender se e como o Slow Movement possibilita uma outra experimentação do tempo, bem como se interpõe enquanto expressão da resistência aos atuais modos de trabalhar e de viver. A análise empreendida permite perceber que o Slow Movement, apesar de se apresentar como um modo de expressão da resistência frente à aceleração, mantém-se subordinado à ideologia gerencialista (Gaulejac, 2007) que caracteriza os atuais modos de trabalhar. Desse modo, o movimento contribui para apaziguar os sofrimentos psíquicos causados pela pressão do tempo, mas não para a sua revolução. |
publishDate |
2013 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2014-07-30T02:04:30Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/98945 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0102-7182 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000881735 |
identifier_str_mv |
0102-7182 000881735 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/98945 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Psicologia & sociedade. São Paulo. Vol. 25, n. 1 (2013), p. 30-39 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/98945/1/000881735.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/98945/2/000881735.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/98945/3/000881735.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
7410def36c2bc0aec2f19c594773eeeb 74ff27d99ed782fc3248fdd9321be826 b470f02100aa079eb8bf017b1416e2a7 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224842774577152 |