Efeitos do indacaterol versus tiotrópio na tolerância ao exercício em pacientes com DPOC moderada : estudo cruzado randomizado piloto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Berton, Danilo Cortozi
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Santos, Álvaro Huber dos, Bohn Júnior, Ivo, Lima, Rodrigo Quevedo de, Breda, Vanderléia, Teixeira, Paulo Jose Zimermann
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/173652
Resumo: Comparar um β2-agonista de longa duração administrado uma vez por dia (indacaterol 150 μg) a um anticolinérgico de longa duração administrado uma vez por dia (tiotrópio 5 μg) quanto a seus efeitos na resistência ao exercício (limite de tolerância, Tlim) em pacientes com DPOC moderada. Os desfechos secundários foram seus efeitos na hiperinsuflação pulmonar, na dispneia causada pelo exercício e na dispneia na vida diária. Métodos: Estudo piloto randomizado cruzado e simples cego com 20 pacientes (média de idade: 60,9 ± 10,0 anos; média do VEF1: 69 ± 7% do previsto). Parâmetros espirométricos, pontuação no Transition Dyspnea Index, Tlim e dispneia aos esforços foram comparados após três semanas de cada tratamento (com uma semana de intervalo entre os tratamentos). Resultados: Dezenove pacientes completaram o estudo — um foi excluído por causa de exacerbação da DPOC. A melhora no Tlim tendeu a ser maior com tiotrópio do que com indacaterol (96 ± 163 s vs. 8 ± 82 s; p = 0,06). Em comparação com os valores basais, o Tlim melhorou significativamente com tiotrópio (aumentando de 396 ± 319 s para 493 ± 347 s; p = 0,010), mas não com indacaterol (aumentando de 393 ± 246 para 401 ± 254 s; p = 0,678). Não houve diferença entre os tratamentos quanto à melhora na pontuação na escala de dispneia de Borg e na insuflação pulmonar no “isotempo” e no pico do exercício. Também não houve diferenças significativas entre os tratamentos quanto à pontuação no Transition Dyspnea Index (1,5 ± 2,1 vs. 0,9 ± 2,3; p = 0,39). Conclusões: Em pacientes com DPOC moderada, o tiotrópio tende a melhorar o Tlim em comparação com o indacaterol. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos quanto a seus efeitos na insuflação pulmonar, na dispneia durante o exercício e na dispneia na vida diária. São necessários mais estudos, com um número maior de pacientes, para confirmar nossos achados e explorar explicações mecanicistas.
id UFRGS-2_f776eb3627a1d54367a740cc7046bfcc
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/173652
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Berton, Danilo CortoziSantos, Álvaro Huber dosBohn Júnior, IvoLima, Rodrigo Quevedo deBreda, VanderléiaTeixeira, Paulo Jose Zimermann2018-03-21T02:28:56Z20161806-3713http://hdl.handle.net/10183/173652001059007Comparar um β2-agonista de longa duração administrado uma vez por dia (indacaterol 150 μg) a um anticolinérgico de longa duração administrado uma vez por dia (tiotrópio 5 μg) quanto a seus efeitos na resistência ao exercício (limite de tolerância, Tlim) em pacientes com DPOC moderada. Os desfechos secundários foram seus efeitos na hiperinsuflação pulmonar, na dispneia causada pelo exercício e na dispneia na vida diária. Métodos: Estudo piloto randomizado cruzado e simples cego com 20 pacientes (média de idade: 60,9 ± 10,0 anos; média do VEF1: 69 ± 7% do previsto). Parâmetros espirométricos, pontuação no Transition Dyspnea Index, Tlim e dispneia aos esforços foram comparados após três semanas de cada tratamento (com uma semana de intervalo entre os tratamentos). Resultados: Dezenove pacientes completaram o estudo — um foi excluído por causa de exacerbação da DPOC. A melhora no Tlim tendeu a ser maior com tiotrópio do que com indacaterol (96 ± 163 s vs. 8 ± 82 s; p = 0,06). Em comparação com os valores basais, o Tlim melhorou significativamente com tiotrópio (aumentando de 396 ± 319 s para 493 ± 347 s; p = 0,010), mas não com indacaterol (aumentando de 393 ± 246 para 401 ± 254 s; p = 0,678). Não houve diferença entre os tratamentos quanto à melhora na pontuação na escala de dispneia de Borg e na insuflação pulmonar no “isotempo” e no pico do exercício. Também não houve diferenças significativas entre os tratamentos quanto à pontuação no Transition Dyspnea Index (1,5 ± 2,1 vs. 0,9 ± 2,3; p = 0,39). Conclusões: Em pacientes com DPOC moderada, o tiotrópio tende a melhorar o Tlim em comparação com o indacaterol. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos quanto a seus efeitos na insuflação pulmonar, na dispneia durante o exercício e na dispneia na vida diária. São necessários mais estudos, com um número maior de pacientes, para confirmar nossos achados e explorar explicações mecanicistas.application/pdfporJornal brasileiro de pneumologia. Brasília, DF. Vol. 42 no. 5 (set./out. 2016), p. 367-373Doença pulmonar obstrutiva crônicaBroncodilatadoresTeste de esforçoAtividades cotidianasVolume expiratório forçadoEfeitos do indacaterol versus tiotrópio na tolerância ao exercício em pacientes com DPOC moderada : estudo cruzado randomizado pilotoEffects of indacaterol versus tiotropium on exercise tolerance in patients with moderate COPD : a pilot randomized crossover studyinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001059007.pdf001059007.pdfTexto completoapplication/pdf408443http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173652/1/001059007.pdf614b777eb2aaa1af60b79500f5bc4552MD51TEXT001059007.pdf.txt001059007.pdf.txtExtracted Texttext/plain35261http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173652/2/001059007.pdf.txt15635e79974fa55d5e9946190a7c5da4MD5210183/1736522018-03-22 02:28:44.717897oai:www.lume.ufrgs.br:10183/173652Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-03-22T05:28:44Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Efeitos do indacaterol versus tiotrópio na tolerância ao exercício em pacientes com DPOC moderada : estudo cruzado randomizado piloto
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Effects of indacaterol versus tiotropium on exercise tolerance in patients with moderate COPD : a pilot randomized crossover study
title Efeitos do indacaterol versus tiotrópio na tolerância ao exercício em pacientes com DPOC moderada : estudo cruzado randomizado piloto
spellingShingle Efeitos do indacaterol versus tiotrópio na tolerância ao exercício em pacientes com DPOC moderada : estudo cruzado randomizado piloto
Berton, Danilo Cortozi
Doença pulmonar obstrutiva crônica
Broncodilatadores
Teste de esforço
Atividades cotidianas
Volume expiratório forçado
title_short Efeitos do indacaterol versus tiotrópio na tolerância ao exercício em pacientes com DPOC moderada : estudo cruzado randomizado piloto
title_full Efeitos do indacaterol versus tiotrópio na tolerância ao exercício em pacientes com DPOC moderada : estudo cruzado randomizado piloto
title_fullStr Efeitos do indacaterol versus tiotrópio na tolerância ao exercício em pacientes com DPOC moderada : estudo cruzado randomizado piloto
title_full_unstemmed Efeitos do indacaterol versus tiotrópio na tolerância ao exercício em pacientes com DPOC moderada : estudo cruzado randomizado piloto
title_sort Efeitos do indacaterol versus tiotrópio na tolerância ao exercício em pacientes com DPOC moderada : estudo cruzado randomizado piloto
author Berton, Danilo Cortozi
author_facet Berton, Danilo Cortozi
Santos, Álvaro Huber dos
Bohn Júnior, Ivo
Lima, Rodrigo Quevedo de
Breda, Vanderléia
Teixeira, Paulo Jose Zimermann
author_role author
author2 Santos, Álvaro Huber dos
Bohn Júnior, Ivo
Lima, Rodrigo Quevedo de
Breda, Vanderléia
Teixeira, Paulo Jose Zimermann
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Berton, Danilo Cortozi
Santos, Álvaro Huber dos
Bohn Júnior, Ivo
Lima, Rodrigo Quevedo de
Breda, Vanderléia
Teixeira, Paulo Jose Zimermann
dc.subject.por.fl_str_mv Doença pulmonar obstrutiva crônica
Broncodilatadores
Teste de esforço
Atividades cotidianas
Volume expiratório forçado
topic Doença pulmonar obstrutiva crônica
Broncodilatadores
Teste de esforço
Atividades cotidianas
Volume expiratório forçado
description Comparar um β2-agonista de longa duração administrado uma vez por dia (indacaterol 150 μg) a um anticolinérgico de longa duração administrado uma vez por dia (tiotrópio 5 μg) quanto a seus efeitos na resistência ao exercício (limite de tolerância, Tlim) em pacientes com DPOC moderada. Os desfechos secundários foram seus efeitos na hiperinsuflação pulmonar, na dispneia causada pelo exercício e na dispneia na vida diária. Métodos: Estudo piloto randomizado cruzado e simples cego com 20 pacientes (média de idade: 60,9 ± 10,0 anos; média do VEF1: 69 ± 7% do previsto). Parâmetros espirométricos, pontuação no Transition Dyspnea Index, Tlim e dispneia aos esforços foram comparados após três semanas de cada tratamento (com uma semana de intervalo entre os tratamentos). Resultados: Dezenove pacientes completaram o estudo — um foi excluído por causa de exacerbação da DPOC. A melhora no Tlim tendeu a ser maior com tiotrópio do que com indacaterol (96 ± 163 s vs. 8 ± 82 s; p = 0,06). Em comparação com os valores basais, o Tlim melhorou significativamente com tiotrópio (aumentando de 396 ± 319 s para 493 ± 347 s; p = 0,010), mas não com indacaterol (aumentando de 393 ± 246 para 401 ± 254 s; p = 0,678). Não houve diferença entre os tratamentos quanto à melhora na pontuação na escala de dispneia de Borg e na insuflação pulmonar no “isotempo” e no pico do exercício. Também não houve diferenças significativas entre os tratamentos quanto à pontuação no Transition Dyspnea Index (1,5 ± 2,1 vs. 0,9 ± 2,3; p = 0,39). Conclusões: Em pacientes com DPOC moderada, o tiotrópio tende a melhorar o Tlim em comparação com o indacaterol. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos quanto a seus efeitos na insuflação pulmonar, na dispneia durante o exercício e na dispneia na vida diária. São necessários mais estudos, com um número maior de pacientes, para confirmar nossos achados e explorar explicações mecanicistas.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-03-21T02:28:56Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/173652
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 1806-3713
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001059007
identifier_str_mv 1806-3713
001059007
url http://hdl.handle.net/10183/173652
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Jornal brasileiro de pneumologia. Brasília, DF. Vol. 42 no. 5 (set./out. 2016), p. 367-373
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173652/1/001059007.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173652/2/001059007.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 614b777eb2aaa1af60b79500f5bc4552
15635e79974fa55d5e9946190a7c5da4
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224940122275840