Efeitos do indacaterol versus tiotrópio na tolerância ao exercício em pacientes com DPOC moderada : estudo cruzado randomizado piloto
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/173652 |
Resumo: | Comparar um β2-agonista de longa duração administrado uma vez por dia (indacaterol 150 μg) a um anticolinérgico de longa duração administrado uma vez por dia (tiotrópio 5 μg) quanto a seus efeitos na resistência ao exercício (limite de tolerância, Tlim) em pacientes com DPOC moderada. Os desfechos secundários foram seus efeitos na hiperinsuflação pulmonar, na dispneia causada pelo exercício e na dispneia na vida diária. Métodos: Estudo piloto randomizado cruzado e simples cego com 20 pacientes (média de idade: 60,9 ± 10,0 anos; média do VEF1: 69 ± 7% do previsto). Parâmetros espirométricos, pontuação no Transition Dyspnea Index, Tlim e dispneia aos esforços foram comparados após três semanas de cada tratamento (com uma semana de intervalo entre os tratamentos). Resultados: Dezenove pacientes completaram o estudo — um foi excluído por causa de exacerbação da DPOC. A melhora no Tlim tendeu a ser maior com tiotrópio do que com indacaterol (96 ± 163 s vs. 8 ± 82 s; p = 0,06). Em comparação com os valores basais, o Tlim melhorou significativamente com tiotrópio (aumentando de 396 ± 319 s para 493 ± 347 s; p = 0,010), mas não com indacaterol (aumentando de 393 ± 246 para 401 ± 254 s; p = 0,678). Não houve diferença entre os tratamentos quanto à melhora na pontuação na escala de dispneia de Borg e na insuflação pulmonar no “isotempo” e no pico do exercício. Também não houve diferenças significativas entre os tratamentos quanto à pontuação no Transition Dyspnea Index (1,5 ± 2,1 vs. 0,9 ± 2,3; p = 0,39). Conclusões: Em pacientes com DPOC moderada, o tiotrópio tende a melhorar o Tlim em comparação com o indacaterol. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos quanto a seus efeitos na insuflação pulmonar, na dispneia durante o exercício e na dispneia na vida diária. São necessários mais estudos, com um número maior de pacientes, para confirmar nossos achados e explorar explicações mecanicistas. |
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Berton, Danilo CortoziSantos, Álvaro Huber dosBohn Júnior, IvoLima, Rodrigo Quevedo deBreda, VanderléiaTeixeira, Paulo Jose Zimermann2018-03-21T02:28:56Z20161806-3713http://hdl.handle.net/10183/173652001059007Comparar um β2-agonista de longa duração administrado uma vez por dia (indacaterol 150 μg) a um anticolinérgico de longa duração administrado uma vez por dia (tiotrópio 5 μg) quanto a seus efeitos na resistência ao exercício (limite de tolerância, Tlim) em pacientes com DPOC moderada. Os desfechos secundários foram seus efeitos na hiperinsuflação pulmonar, na dispneia causada pelo exercício e na dispneia na vida diária. Métodos: Estudo piloto randomizado cruzado e simples cego com 20 pacientes (média de idade: 60,9 ± 10,0 anos; média do VEF1: 69 ± 7% do previsto). Parâmetros espirométricos, pontuação no Transition Dyspnea Index, Tlim e dispneia aos esforços foram comparados após três semanas de cada tratamento (com uma semana de intervalo entre os tratamentos). Resultados: Dezenove pacientes completaram o estudo — um foi excluído por causa de exacerbação da DPOC. A melhora no Tlim tendeu a ser maior com tiotrópio do que com indacaterol (96 ± 163 s vs. 8 ± 82 s; p = 0,06). Em comparação com os valores basais, o Tlim melhorou significativamente com tiotrópio (aumentando de 396 ± 319 s para 493 ± 347 s; p = 0,010), mas não com indacaterol (aumentando de 393 ± 246 para 401 ± 254 s; p = 0,678). Não houve diferença entre os tratamentos quanto à melhora na pontuação na escala de dispneia de Borg e na insuflação pulmonar no “isotempo” e no pico do exercício. Também não houve diferenças significativas entre os tratamentos quanto à pontuação no Transition Dyspnea Index (1,5 ± 2,1 vs. 0,9 ± 2,3; p = 0,39). Conclusões: Em pacientes com DPOC moderada, o tiotrópio tende a melhorar o Tlim em comparação com o indacaterol. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos quanto a seus efeitos na insuflação pulmonar, na dispneia durante o exercício e na dispneia na vida diária. São necessários mais estudos, com um número maior de pacientes, para confirmar nossos achados e explorar explicações mecanicistas.application/pdfporJornal brasileiro de pneumologia. Brasília, DF. Vol. 42 no. 5 (set./out. 2016), p. 367-373Doença pulmonar obstrutiva crônicaBroncodilatadoresTeste de esforçoAtividades cotidianasVolume expiratório forçadoEfeitos do indacaterol versus tiotrópio na tolerância ao exercício em pacientes com DPOC moderada : estudo cruzado randomizado pilotoEffects of indacaterol versus tiotropium on exercise tolerance in patients with moderate COPD : a pilot randomized crossover studyinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001059007.pdf001059007.pdfTexto completoapplication/pdf408443http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173652/1/001059007.pdf614b777eb2aaa1af60b79500f5bc4552MD51TEXT001059007.pdf.txt001059007.pdf.txtExtracted Texttext/plain35261http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173652/2/001059007.pdf.txt15635e79974fa55d5e9946190a7c5da4MD5210183/1736522018-03-22 02:28:44.717897oai:www.lume.ufrgs.br:10183/173652Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-03-22T05:28:44Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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