Potencial antitumoral de alcalóides de Amaryllidaceae : uma revisão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/199337 |
Resumo: | O câncer é uma doença com elevados índices de mortalidade em todo mundo, e um dos maiores obstáculos no seu tratamento é a inespecificidade das drogas. A maioria dos quimioterápicos disponíveis, atualmente, é tóxica tanto para célula cancerosa como para a célula não cancerosa. Para contornar esse problema, vários pesquisadores se esforçam na busca de novos compostos com atividade citotóxica seletiva contra células malignas, com o objetivo de melhorar a terapia já existente. Esse trabalho trata-se de uma revisão integrativa sobre a atividade citotóxica dos alcalóides extraídos e isolados de espécies da família Amaryllidaceae contra células de câncer. Essa família de plantas possui um grupo de alcalóides isoquinolínicos derivados de um precursor universal: a norbeladina. Tais compostos bioativos foram relatados em diversos estudos por possuírem uma notável atividade citotóxica contra linhagens celulares de câncer. A seletividade desses alcalóides também está sendo extensivamente discutida em trabalhos que comparam a sua citotoxicidade contra células tumorais versus células não tumorais, e os resultados são promissores. Para analisar detalhadamente o efeito citotóxico dos alcalóides de Amaryllidaceae, possíveis mecanismos de ação estão sendo sugeridos e seu farmacóforo essencial aos poucos está sendo elucidado. Pancratistatina, narciclasina e licorina são exemplos de alcalóides que apresentaram atividade promissora contra células de câncer tanto in vitro como in vivo. A especificidade desses compostos e a capacidade de inibir a proliferação e a migração das células malignas são algumas de suas características. A capacidade de indução à morte celular por apoptose foi demonstrada em diversos estudos e parece ser o alvo da maioria desses compostos. Outros mecanismos de ação estão sendo discutidos, uma vez que foi demonstrado que as linhagens celulares de câncer resistentes ao mecanismo de apoptose também exibiram inibição de sua proliferação na presença desses alcalóides. |
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Ferrari, PatríciaZuanazzi, Jose Angelo SilveiraGiordani, Raquel Brandt2019-09-14T03:54:25Z2011http://hdl.handle.net/10183/199337000823522O câncer é uma doença com elevados índices de mortalidade em todo mundo, e um dos maiores obstáculos no seu tratamento é a inespecificidade das drogas. A maioria dos quimioterápicos disponíveis, atualmente, é tóxica tanto para célula cancerosa como para a célula não cancerosa. Para contornar esse problema, vários pesquisadores se esforçam na busca de novos compostos com atividade citotóxica seletiva contra células malignas, com o objetivo de melhorar a terapia já existente. Esse trabalho trata-se de uma revisão integrativa sobre a atividade citotóxica dos alcalóides extraídos e isolados de espécies da família Amaryllidaceae contra células de câncer. Essa família de plantas possui um grupo de alcalóides isoquinolínicos derivados de um precursor universal: a norbeladina. Tais compostos bioativos foram relatados em diversos estudos por possuírem uma notável atividade citotóxica contra linhagens celulares de câncer. A seletividade desses alcalóides também está sendo extensivamente discutida em trabalhos que comparam a sua citotoxicidade contra células tumorais versus células não tumorais, e os resultados são promissores. Para analisar detalhadamente o efeito citotóxico dos alcalóides de Amaryllidaceae, possíveis mecanismos de ação estão sendo sugeridos e seu farmacóforo essencial aos poucos está sendo elucidado. Pancratistatina, narciclasina e licorina são exemplos de alcalóides que apresentaram atividade promissora contra células de câncer tanto in vitro como in vivo. A especificidade desses compostos e a capacidade de inibir a proliferação e a migração das células malignas são algumas de suas características. A capacidade de indução à morte celular por apoptose foi demonstrada em diversos estudos e parece ser o alvo da maioria desses compostos. Outros mecanismos de ação estão sendo discutidos, uma vez que foi demonstrado que as linhagens celulares de câncer resistentes ao mecanismo de apoptose também exibiram inibição de sua proliferação na presença desses alcalóides.Cancer is a disease with high mortality rates worldwide, and one of the biggest obstacles in their treatment is the non-specificity of drugs. Most chemotherapeutic drugs currently available are toxic both to cancerous cell and to noncancerous cell. To circumvent this problem, many researchers strive to the search for new compounds with selective cytotoxic activity against malignant cells, aiming to improve the existing therapy. This work is an integrative review about the cytotoxic activity of alkaloids extracted and isolated from species of Amaryllidaceae against cancer cells. This family of plants has a group of isoquinoline alkaloids derived from a precursor universal: norbelladine. These bioactive compounds have been reported in several studies to have a remarkable cytotoxic activity against cancer cell lines. The selectivity of these alkaloids is also being extensively discussed in studies comparing the its cytotoxicity against tumor cells versus non-tumor cells, and the results are promising. For a detailed analysis of the cytotoxic effects of Amaryllidaceae alkaloids, possible mechanisms of action are being suggested and its essential pharmacophore gradually being elucidated. Pancratistatin, narciclasin and lycorine are examples of alkaloids that showed promising activity against cancer cells both in vitro and in vivo. The specificity of these compounds and their ability to inhibit proliferation and migration of malignant cells are some of their characteristics. The ability to induce cell death by apoptosis was demonstrated in several studies and seems to be the target of most of these compounds. Other mechanisms of action are being discussed, since it was shown that cancer cell lines resistant to the mechanism of apoptosis also exhibited inhibition of proliferation in the presence of these alkaloids.application/pdfporAmaryllidaceaeAlcalóidesAtividade antitumoralAmaryllidaceae alkaloidsCytotoxicityCancerPotencial antitumoral de alcalóides de Amaryllidaceae : uma revisãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPorto Alegre, BR-RS2011Farmáciagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000823522.pdf.txt000823522.pdf.txtExtracted Texttext/plain93688http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/199337/2/000823522.pdf.txt6aa296ea394e3d402182fd322f3a6058MD52ORIGINAL000823522.pdfTexto completoapplication/pdf1322400http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/199337/1/000823522.pdf17bd57f747d34656f8e4a4dc3d8aebe2MD5110183/1993372019-09-15 03:44:07.960411oai:www.lume.ufrgs.br:10183/199337Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-09-15T06:44:07Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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