Deus está morto. Viva o autômato!
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/181909 |
Resumo: | O artigo propõe-se a pensar algo do pathos da Modernidade – a paixão pelo autômato –, à luz do conceito nietzschiano Morte de Deus. Nesse sentido, toma como matéria de análise dois clássicos do cinema de ficção científica: 2001: uma odisseia no espaço, de Stanley Kubrick, e Blade runner, de Ridley Scott. Se a paixão pelo autômato consiste em uma forma do sujeito moderno denegar a finitude, nos filmes em debate tal condição é elaborada de um modo muito singular. 2001 e Blade runner oferecem ao espectador a possibilidade de resistir à assunção dessa inclinação da subjetividade moderna. Em 2001, o autômato é demasiado humano e uma narrativa trágica promove outro modo de enfrentar a finitude. Em Blade runner, o autômato é o portador das angústias fundamentais do sujeito moderno – origem e finitude – e a identificação a ele permite ao espectador ir além do homem. |
id |
UFRGS-2_fb01ac86745185c41610d9f055531c96 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/181909 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Weinmann, Amadeu de OliveiraMedeiros, Roberto Henrique Amorim deMano, Gustavo Caetano de Mattos2018-09-13T02:31:39Z20171808-4281http://hdl.handle.net/10183/181909001074593O artigo propõe-se a pensar algo do pathos da Modernidade – a paixão pelo autômato –, à luz do conceito nietzschiano Morte de Deus. Nesse sentido, toma como matéria de análise dois clássicos do cinema de ficção científica: 2001: uma odisseia no espaço, de Stanley Kubrick, e Blade runner, de Ridley Scott. Se a paixão pelo autômato consiste em uma forma do sujeito moderno denegar a finitude, nos filmes em debate tal condição é elaborada de um modo muito singular. 2001 e Blade runner oferecem ao espectador a possibilidade de resistir à assunção dessa inclinação da subjetividade moderna. Em 2001, o autômato é demasiado humano e uma narrativa trágica promove outro modo de enfrentar a finitude. Em Blade runner, o autômato é o portador das angústias fundamentais do sujeito moderno – origem e finitude – e a identificação a ele permite ao espectador ir além do homem.The article proposes to address an issue from Modernity pathos – the passion for the automaton –, in the light of Nietzschian Death of God concept. In this sense, it analyses two science fiction classic movies: 2001: a space odyssey, by Stanley Kubrick, and Blade runner, by Ridley Scott. If passion for the automaton consists in a form of the modern subject to deny finitude, in the films here discussed such condition is elaborated in a very peculiar way. 2001 and Blade runner offer the spectator the possibility of resisting the assumption of such tendency of modern subjectivity. In 2001, the automaton is too human and a tragic narrative promotes another way of tackling finitude. In Blade runner, the automaton is the bearer of fundamental anguishes of the modern subject – origin and finitude – and by identifying with him the viewer is allowed to go beyond man.El artículo se propone a pensar algo respecto al pathos de la Modernidad – la pasión por lo autómata – bajo el concepto de Nietzsche Muerte de Dios. En este sentido, el análisis toma como materia dos clásicos del cine de ciencia ficción: 2001: una odisea del espacio, de Stanley Kubrick, y Blade runner, de Ridley Scott. Si la pasión por lo autómata consiste en una forma del sujeto moderno denegar la finitud, en esas películas tal condición es elaborada de una manera muy singular. 2001 y Blade runner ofrecen al espectador la posibilidad de resistir a la asunción de tal inclinación de la subjetividad moderna. En 2001, el autómata es demasiado humano y una narrativa trágica promueve otro modo de enfrentar la finitud. En Blade runner, el autómata es el portador de las angustias fundamentales del sujeto moderno – de origen y finitud – y la identificación a él le permite al espectador ir más allá del hombre.application/pdfporEstudos e Pesquisas em Psicologia. Rio de Janeiro. Vol. 17, n. 1 (2017), p. 225-237FinitudeSubjetividadePsicanálise e cinemaPsychoanalysisCinemaDeath of GodFinitudeAutomatonPsicoanálisisCineMuerte de DiosFinitudAutómataDeus está morto. Viva o autômato!God is dead. Long live the automaton! Dios ha muerto. ¡Viva el autómata! info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001074593.pdfTexto completoapplication/pdf142487http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181909/1/001074593.pdf630725a0524891c0d17174c570d01710MD51TEXT001074593.pdf.txt001074593.pdf.txtExtracted Texttext/plain36167http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181909/2/001074593.pdf.txtb467bac514addcdbe023e538417e13bdMD52THUMBNAIL001074593.pdf.jpg001074593.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1771http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181909/3/001074593.pdf.jpgb9dbbffb9023bb2106dae195da1c225cMD5310183/1819092023-09-27 03:34:45.747286oai:www.lume.ufrgs.br:10183/181909Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-09-27T06:34:45Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Deus está morto. Viva o autômato! |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
God is dead. Long live the automaton! |
dc.title.alternative.es.fl_str_mv |
Dios ha muerto. ¡Viva el autómata! |
title |
Deus está morto. Viva o autômato! |
spellingShingle |
Deus está morto. Viva o autômato! Weinmann, Amadeu de Oliveira Finitude Subjetividade Psicanálise e cinema Psychoanalysis Cinema Death of God Finitude Automaton Psicoanálisis Cine Muerte de Dios Finitud Autómata |
title_short |
Deus está morto. Viva o autômato! |
title_full |
Deus está morto. Viva o autômato! |
title_fullStr |
Deus está morto. Viva o autômato! |
title_full_unstemmed |
Deus está morto. Viva o autômato! |
title_sort |
Deus está morto. Viva o autômato! |
author |
Weinmann, Amadeu de Oliveira |
author_facet |
Weinmann, Amadeu de Oliveira Medeiros, Roberto Henrique Amorim de Mano, Gustavo Caetano de Mattos |
author_role |
author |
author2 |
Medeiros, Roberto Henrique Amorim de Mano, Gustavo Caetano de Mattos |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Weinmann, Amadeu de Oliveira Medeiros, Roberto Henrique Amorim de Mano, Gustavo Caetano de Mattos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Finitude Subjetividade Psicanálise e cinema |
topic |
Finitude Subjetividade Psicanálise e cinema Psychoanalysis Cinema Death of God Finitude Automaton Psicoanálisis Cine Muerte de Dios Finitud Autómata |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Psychoanalysis Cinema Death of God Finitude Automaton |
dc.subject.spa.fl_str_mv |
Psicoanálisis Cine Muerte de Dios Finitud Autómata |
description |
O artigo propõe-se a pensar algo do pathos da Modernidade – a paixão pelo autômato –, à luz do conceito nietzschiano Morte de Deus. Nesse sentido, toma como matéria de análise dois clássicos do cinema de ficção científica: 2001: uma odisseia no espaço, de Stanley Kubrick, e Blade runner, de Ridley Scott. Se a paixão pelo autômato consiste em uma forma do sujeito moderno denegar a finitude, nos filmes em debate tal condição é elaborada de um modo muito singular. 2001 e Blade runner oferecem ao espectador a possibilidade de resistir à assunção dessa inclinação da subjetividade moderna. Em 2001, o autômato é demasiado humano e uma narrativa trágica promove outro modo de enfrentar a finitude. Em Blade runner, o autômato é o portador das angústias fundamentais do sujeito moderno – origem e finitude – e a identificação a ele permite ao espectador ir além do homem. |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-09-13T02:31:39Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/181909 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
1808-4281 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001074593 |
identifier_str_mv |
1808-4281 001074593 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/181909 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Estudos e Pesquisas em Psicologia. Rio de Janeiro. Vol. 17, n. 1 (2017), p. 225-237 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181909/1/001074593.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181909/2/001074593.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181909/3/001074593.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
630725a0524891c0d17174c570d01710 b467bac514addcdbe023e538417e13bd b9dbbffb9023bb2106dae195da1c225c |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447667883376640 |