Relações da força muscular máxima com as razões isquiotibiais : quadríceps em atletas profissionais de futebol
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/279141 |
Resumo: | A razão de força máxima entre isquiotibiais e quadríceps (razão I:Q) tem sido usada para estimar o risco de lesões e a prontidão para retornar ao esporte no cenário do futebol. Notadamente, há divergências quanto à principal determinante das razões I:Q, sendo discutida se estas são predominantemente influenciada pela fraqueza muscular dos isquiotibiais ou por um possível "excesso" de força do quadríceps femoral. Ademais, o grau de relação da força máxima com a razão I:Q considerando os níveis de força máxima de atletas (i.e. atletas mais fracos ou mais fortes) não foi previamente contemplado na literatura. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo verificar a correlação global entre as razões I:Q convencional e funcional e os picos de torque (PT) concêntrico e excêntrico dos flexores (FLEX) e concêntrico dos extensores (EXT) do joelho em atletas profissionais de futebol. Adicionalmente, verificamos estas correlações após a estratificação dos atletas para os percentis 20 e 80 de razões I:Q e PT FLEX. Participaram deste estudo 135 atletas profissionais de futebol do sexo masculino (270 membros avaliados). A força muscular máxima foi medida em um dinamômetro isocinético a 60°/s. Correlações de Spearman (ρ) foram separadamente realizadas para a condição global e para os percentis 20 e 80. Adotou-se um nível de significância α < 0,05. Nas correlações globais (i.e. envolvendo 270 membros), as razões I:Q convencional e funcional demonstraram associações significativas com o PT FLEX concêntrico (ρ=0,53) e excêntrico (ρ=0,63), bem como o PT EXT (ρ=-0,28 e ρ=-0,34, respectivamente), sendo assim, maiores as correlações considerando-se o PT FLEX. Nas análises envolvendo os percentis 20 e 80 de razões I:Q, o PT FLEX concêntrico mostrou correlações com a razão I:Q convencional (ρ=0,43 e ρ=0,31, respectivamente), enquanto o PT EXT apresentou correlações significativas com a razão I:Q funcional nos percentis 20 e 80 (ρ=-0,35 e ρ=-0,42, respectivamente). Por fim, em membros com menores e maiores níveis de PT FLEX excêntrico, a razão I:Q funcional parece ser mais influenciada pelo desempenho do PT EXT, que apresentou correlações substanciais nos percentis 20 e 80 (ρ=-0,92 e ρ=-0,76, respectivamente). Em resumo, as análises globais indicam que a força máxima dos isquiotibiais desempenha um papel determinante em ambas as razões I:Q (convencional e funcional). Em contrapartida, as análises estratificadas revelam que tais associações podem ser influenciadas pelos níveis das razões I:Q e pelas condições específicas de força máxima excêntrica dos isquiotibiais. Por fim, em atletas com baixos níveis de força muscular excêntrica de FLEX, a razão I:Q funcional foi principalmente determinada pela força de extensores do joelho. |
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Fortes, Raphael PereiraPinto, Ronei SilveiraMachado, Carlos Leonardo Figueiredo2024-09-26T06:36:42Z2024http://hdl.handle.net/10183/279141001211343A razão de força máxima entre isquiotibiais e quadríceps (razão I:Q) tem sido usada para estimar o risco de lesões e a prontidão para retornar ao esporte no cenário do futebol. Notadamente, há divergências quanto à principal determinante das razões I:Q, sendo discutida se estas são predominantemente influenciada pela fraqueza muscular dos isquiotibiais ou por um possível "excesso" de força do quadríceps femoral. Ademais, o grau de relação da força máxima com a razão I:Q considerando os níveis de força máxima de atletas (i.e. atletas mais fracos ou mais fortes) não foi previamente contemplado na literatura. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo verificar a correlação global entre as razões I:Q convencional e funcional e os picos de torque (PT) concêntrico e excêntrico dos flexores (FLEX) e concêntrico dos extensores (EXT) do joelho em atletas profissionais de futebol. Adicionalmente, verificamos estas correlações após a estratificação dos atletas para os percentis 20 e 80 de razões I:Q e PT FLEX. Participaram deste estudo 135 atletas profissionais de futebol do sexo masculino (270 membros avaliados). A força muscular máxima foi medida em um dinamômetro isocinético a 60°/s. Correlações de Spearman (ρ) foram separadamente realizadas para a condição global e para os percentis 20 e 80. Adotou-se um nível de significância α < 0,05. Nas correlações globais (i.e. envolvendo 270 membros), as razões I:Q convencional e funcional demonstraram associações significativas com o PT FLEX concêntrico (ρ=0,53) e excêntrico (ρ=0,63), bem como o PT EXT (ρ=-0,28 e ρ=-0,34, respectivamente), sendo assim, maiores as correlações considerando-se o PT FLEX. Nas análises envolvendo os percentis 20 e 80 de razões I:Q, o PT FLEX concêntrico mostrou correlações com a razão I:Q convencional (ρ=0,43 e ρ=0,31, respectivamente), enquanto o PT EXT apresentou correlações significativas com a razão I:Q funcional nos percentis 20 e 80 (ρ=-0,35 e ρ=-0,42, respectivamente). Por fim, em membros com menores e maiores níveis de PT FLEX excêntrico, a razão I:Q funcional parece ser mais influenciada pelo desempenho do PT EXT, que apresentou correlações substanciais nos percentis 20 e 80 (ρ=-0,92 e ρ=-0,76, respectivamente). Em resumo, as análises globais indicam que a força máxima dos isquiotibiais desempenha um papel determinante em ambas as razões I:Q (convencional e funcional). Em contrapartida, as análises estratificadas revelam que tais associações podem ser influenciadas pelos níveis das razões I:Q e pelas condições específicas de força máxima excêntrica dos isquiotibiais. Por fim, em atletas com baixos níveis de força muscular excêntrica de FLEX, a razão I:Q funcional foi principalmente determinada pela força de extensores do joelho.The maximum strength ratio between hamstrings and quadriceps (H:Q ratio) has been used to estimate injury risk and readiness to return to sport in football. Notably, there are disagreements regarding the main determinant of the H:Q ratios, and it is debated whether it is predominantly influenced by muscle weakness in the hamstrings or by a possible "excess" strength in the quadriceps femoris. Furthermore, the degree of relationship between maximum strength and the I:Q ratio considering the maximum strength levels of athletes (i.e. weaker or stronger athletes) was not previously considered. Thus, the present study aimed to verify the global correlation between the conventional and functional H:Q ratios and the concentric and eccentric peak torque (PT) of the flexors (FLEX) and concentric of the extensors (EXT) of the knee in professional football athletes. Additionally, we verified these correlations after stratifying the athletes for the 20th and 80th percentiles of H:Q ratios and eccentric PT FLEX. 135 professional male football athletes (270 members evaluated) participated in this study. Maximum muscle strength was measured on an isokinetic dynamometer at 60°/s. Spearman correlations (ρ) were performed separately for the global condition and for the 20th and 80th percentiles. A significance level α < 0.05 was adopted. In global correlations (i.e. involving 270 limbs), conventional and functional H:Q ratios demonstrated significant associations with concentric (ρ=0.53) and eccentric (ρ=0.63) PT FLEX, as well as EXT PT (ρ =-0.28 and ρ=-0.34, respectively), thus, the correlations are higher considering PT FLEX. In analyzes involving the 20th and 80th percentiles of H:Q ratios, the concentric PT FLEX showed correlations with the conventional H:Q ratio (ρ=0.43 and ρ=0.31, respectively), while the PT EXT showed significant correlations with the functional H:Q ratio at the 20th and 80th percentiles (ρ=-0.35 and ρ=-0.42, respectively). Finally, in limbs with lower and higher levels of eccentric PT FLEX, the functional H:Q ratio seems to be more influenced by PT EXT performance, which showed substantial correlations in the 20th and 80th percentiles (ρ=-0.92 and ρ= -0.76, respectively). In summary, overall analyzes indicate that maximal hamstring strength plays a determining role in H:Q ratios. On the other hand, stratified analyzes reveal that such associations can be influenced by the levels of H:Q ratios and the specific conditions of maximum eccentric hamstring strength. Finally, in athletes with low levels of FLEX eccentric muscle strength, the functional H:Q ratio was mainly determined by knee extensor strength.application/pdfporMúsculos isquiotibiaisLesões muscularesForça muscularHamstring musclesMuscle injuriesMuscle strengthRelações da força muscular máxima com as razões isquiotibiais : quadríceps em atletas profissionais de futebolinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPorto Alegre, BR-RS2024Educação Física: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001211343.pdf.txt001211343.pdf.txtExtracted Texttext/plain74863http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/279141/2/001211343.pdf.txt9cbeb9a8d9847f449601647302dc06f3MD52ORIGINAL001211343.pdfTexto completoapplication/pdf684933http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/279141/1/001211343.pdf4e830a197958e357c49a89fcecddec74MD5110183/2791412024-09-27 06:34:21.174618oai:www.lume.ufrgs.br:10183/279141Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-09-27T09:34:21Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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