Colapso de traqueia em cães : revisão de literatura e levantamento do perfil dos animais atendidos no setor de radiologia do HCV/UFRGS de 2017 a 2022

• Autor(a) principal: Reinaldo, Nathali
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/271830
• topic: Anatomia veterinaria; Doencas da traqueia; Radiografia; Cães; Trachea; X ray; Dog

A traqueia é um órgão circular do sistema respiratório formado por anéis de cartilagem rígidos em formato de C, os quais se ligam através de ligamentos anulares fibroelásticos. O colapso traqueal é uma doença progressiva multifatorial que acomete principalmente cães de meia idade, de raça toy e miniatura. Caracteriza-se pela degeneração dos anéis cartilaginosos da traqueia em função da diminuição de glicosaminoglicano e de sulfato de condroitina, causando o colapso da traqueia no sentido dorsoventral. Os sinais clínicos da doença dependem da gravidade do colapso traqueal, podendo variar de tosse seca alta semelhante a “grasnar de ganso” até estresse respiratório e dispneia. A radiografia é amplamente utilizada para seu diagnóstico, identificando local e severidade da lesão, a qual pode ocorrer tanto na região cervical quanto na torácica. Os cães com colapso traqueal podem apresentar a melhora clínica com mudanças de manejo, tratamento medicamentoso ou com tratamento cirúrgico. Foram selecionados cães com colapso traqueal, atendidos no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul entre os anos 2017 e 2022, para a análise da frequência de diagnósticos nos períodos anterior, durante e após a pandemia pelo COVID 19. Verificou-se nos laudos radiográficos a raça, idade, sexo e região do colapso traqueal dos cães afetados, sendo diagnosticados 60 animais nesse período. Todas as regiões da traqueia foram acometidas, tendo uma maior incidência na transição cervicotorácica. As raças prevalentes foram sem raça definida (SRD), yorkshire terrier e poodle. Não se identificou a predileção por sexo e as idades encontradas variaram entre um e 17 anos, com maior prevalência entre oito e 14 anos. Foi possível observar também que entre os anos de 2018 a 2020 houve uma queda nos diagnósticos, sendo em parte possivelmente causada pela pandemia.