A negociação coletiva de trabalho na sistemática da lei nº 13.467/2017

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mulazzani, Lucas Castro
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/184059
Resumo: O presente trabalho visa analisar a negociação coletiva de trabalho, a partir de seus elementos de formação, diante da Lei nº 13.467, de 2017, conhecida como reforma trabalhista. Inicialmente, analisam-se as premissas da negociação coletiva, com o seu reconhecimento constitucional, os seus requisitos e o sindicato, enquanto seu sujeito essencial, bem como os diplomas normativos em que a negociação coletiva se instrumentaliza. Após, diante das modificações colocadas pela reforma trabalhista, busca-se analisar os objetos da negociação coletiva, entendendo-se, aqui, as parcelas de direitos trabalhistas que podem ser transacionadas. Nesse ponto, sustenta-se que a reforma trabalhista não afasta o princípio da adequação setorial negociada, a fim de aferir a rigidez da indisponibilidade de direitos, sendo sujeitos à negociação coletiva apenas aqueles em que a indisponibilidade se apresenta de forma relativa. Passa-se, então, a analisar os direitos que o legislador reformista dispôs a título exemplificativo no novo artigo 611-A da CLT, sustentando-se a necessidade de uma interpretação sistemática que estabeleça os contornos do chamado “negociado sobre o legislado”. Adiante, analisam-se os limites que balizam a negociação coletiva e os seus diplomas normativos, desde a proteção à dignidade do trabalhador, no escopo de seus direitos fundamentais, passando aos limites impostos aos negócios jurídicos em geral, analisando a aplicação dos deveres anexos da boa-fé na fase de execução das normas negociadas, além da incidência, na seara trabalhista, da teoria civilista das nulidades. Por fim, verifica-se o limite imposto pelo prazo de vigência dos instrumentos coletivos de trabalho e da vedação de sua ultratividade. Na realização desse estudo, empregou-se, sobretudo, o método dedutivo, adotando-se a doutrina e a legislação como fontes de pesquisa. Assim, conclui-se que, ainda que a reforma trabalhista vença intacta a atual fase de disputa interpretativa, sobre a negociação coletiva seguem incidindo limites e restando mantidos os princípios fundamentais trabalhistas da proteção e da melhoria da condição social do trabalhador, ainda que ressignificados.
id UFRGS-2_fed28e4a0ae5dbe98907ed6ddc901f3b
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/184059
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Mulazzani, Lucas CastroDorneles, Leandro do Amaral Dorneles de2018-10-27T03:12:30Z2018http://hdl.handle.net/10183/184059001078633O presente trabalho visa analisar a negociação coletiva de trabalho, a partir de seus elementos de formação, diante da Lei nº 13.467, de 2017, conhecida como reforma trabalhista. Inicialmente, analisam-se as premissas da negociação coletiva, com o seu reconhecimento constitucional, os seus requisitos e o sindicato, enquanto seu sujeito essencial, bem como os diplomas normativos em que a negociação coletiva se instrumentaliza. Após, diante das modificações colocadas pela reforma trabalhista, busca-se analisar os objetos da negociação coletiva, entendendo-se, aqui, as parcelas de direitos trabalhistas que podem ser transacionadas. Nesse ponto, sustenta-se que a reforma trabalhista não afasta o princípio da adequação setorial negociada, a fim de aferir a rigidez da indisponibilidade de direitos, sendo sujeitos à negociação coletiva apenas aqueles em que a indisponibilidade se apresenta de forma relativa. Passa-se, então, a analisar os direitos que o legislador reformista dispôs a título exemplificativo no novo artigo 611-A da CLT, sustentando-se a necessidade de uma interpretação sistemática que estabeleça os contornos do chamado “negociado sobre o legislado”. Adiante, analisam-se os limites que balizam a negociação coletiva e os seus diplomas normativos, desde a proteção à dignidade do trabalhador, no escopo de seus direitos fundamentais, passando aos limites impostos aos negócios jurídicos em geral, analisando a aplicação dos deveres anexos da boa-fé na fase de execução das normas negociadas, além da incidência, na seara trabalhista, da teoria civilista das nulidades. Por fim, verifica-se o limite imposto pelo prazo de vigência dos instrumentos coletivos de trabalho e da vedação de sua ultratividade. Na realização desse estudo, empregou-se, sobretudo, o método dedutivo, adotando-se a doutrina e a legislação como fontes de pesquisa. Assim, conclui-se que, ainda que a reforma trabalhista vença intacta a atual fase de disputa interpretativa, sobre a negociação coletiva seguem incidindo limites e restando mantidos os princípios fundamentais trabalhistas da proteção e da melhoria da condição social do trabalhador, ainda que ressignificados.application/pdfporDireito coletivo do trabalhoReforma trabalhistaNegociação coletiva de trabalhoA negociação coletiva de trabalho na sistemática da lei nº 13.467/2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de DireitoPorto Alegre, BR-RS2018Ciências Jurídicas e Sociaisgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001078633.pdfTexto completoapplication/pdf810294http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184059/1/001078633.pdf00ca06da8fced2280ebbcb95ed5219e9MD51TEXT001078633.pdf.txt001078633.pdf.txtExtracted Texttext/plain244418http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184059/2/001078633.pdf.txt881fceac074c5ccdfeedc0761ad7bd28MD52THUMBNAIL001078633.pdf.jpg001078633.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg983http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184059/3/001078633.pdf.jpgbfde6900300ac8f5f5982c52c0a5d3a3MD5310183/1840592022-06-12 04:41:54.673459oai:www.lume.ufrgs.br:10183/184059Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-06-12T07:41:54Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A negociação coletiva de trabalho na sistemática da lei nº 13.467/2017
title A negociação coletiva de trabalho na sistemática da lei nº 13.467/2017
spellingShingle A negociação coletiva de trabalho na sistemática da lei nº 13.467/2017
Mulazzani, Lucas Castro
Direito coletivo do trabalho
Reforma trabalhista
Negociação coletiva de trabalho
title_short A negociação coletiva de trabalho na sistemática da lei nº 13.467/2017
title_full A negociação coletiva de trabalho na sistemática da lei nº 13.467/2017
title_fullStr A negociação coletiva de trabalho na sistemática da lei nº 13.467/2017
title_full_unstemmed A negociação coletiva de trabalho na sistemática da lei nº 13.467/2017
title_sort A negociação coletiva de trabalho na sistemática da lei nº 13.467/2017
author Mulazzani, Lucas Castro
author_facet Mulazzani, Lucas Castro
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Mulazzani, Lucas Castro
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Dorneles, Leandro do Amaral Dorneles de
contributor_str_mv Dorneles, Leandro do Amaral Dorneles de
dc.subject.por.fl_str_mv Direito coletivo do trabalho
Reforma trabalhista
Negociação coletiva de trabalho
topic Direito coletivo do trabalho
Reforma trabalhista
Negociação coletiva de trabalho
description O presente trabalho visa analisar a negociação coletiva de trabalho, a partir de seus elementos de formação, diante da Lei nº 13.467, de 2017, conhecida como reforma trabalhista. Inicialmente, analisam-se as premissas da negociação coletiva, com o seu reconhecimento constitucional, os seus requisitos e o sindicato, enquanto seu sujeito essencial, bem como os diplomas normativos em que a negociação coletiva se instrumentaliza. Após, diante das modificações colocadas pela reforma trabalhista, busca-se analisar os objetos da negociação coletiva, entendendo-se, aqui, as parcelas de direitos trabalhistas que podem ser transacionadas. Nesse ponto, sustenta-se que a reforma trabalhista não afasta o princípio da adequação setorial negociada, a fim de aferir a rigidez da indisponibilidade de direitos, sendo sujeitos à negociação coletiva apenas aqueles em que a indisponibilidade se apresenta de forma relativa. Passa-se, então, a analisar os direitos que o legislador reformista dispôs a título exemplificativo no novo artigo 611-A da CLT, sustentando-se a necessidade de uma interpretação sistemática que estabeleça os contornos do chamado “negociado sobre o legislado”. Adiante, analisam-se os limites que balizam a negociação coletiva e os seus diplomas normativos, desde a proteção à dignidade do trabalhador, no escopo de seus direitos fundamentais, passando aos limites impostos aos negócios jurídicos em geral, analisando a aplicação dos deveres anexos da boa-fé na fase de execução das normas negociadas, além da incidência, na seara trabalhista, da teoria civilista das nulidades. Por fim, verifica-se o limite imposto pelo prazo de vigência dos instrumentos coletivos de trabalho e da vedação de sua ultratividade. Na realização desse estudo, empregou-se, sobretudo, o método dedutivo, adotando-se a doutrina e a legislação como fontes de pesquisa. Assim, conclui-se que, ainda que a reforma trabalhista vença intacta a atual fase de disputa interpretativa, sobre a negociação coletiva seguem incidindo limites e restando mantidos os princípios fundamentais trabalhistas da proteção e da melhoria da condição social do trabalhador, ainda que ressignificados.
publishDate 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-10-27T03:12:30Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/184059
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001078633
url http://hdl.handle.net/10183/184059
identifier_str_mv 001078633
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184059/1/001078633.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184059/2/001078633.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184059/3/001078633.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 00ca06da8fced2280ebbcb95ed5219e9
881fceac074c5ccdfeedc0761ad7bd28
bfde6900300ac8f5f5982c52c0a5d3a3
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224561722654720