As percepções turcas acerca das relações com a Rússia entre 1991 e 2011

• Autor(a) principal: Hoppe, Fernando Luiz Gewehr
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/196108
• topic: Relações internacionais; Política externa; Rússia; Turquia; Turkey; Post Cold War; Bilateral Relations; Perceptions

As relações entre Rússia e Turquia apresentaram profundas transformações no período posterior à Guerra Fria. Historicamente, os dois países estiveram em lados opostos em diversos momentos da história, protagonizando inúmeros conflitos ao longo de séculos de relacionamento. Contudo, em seguida à desintegração da União Soviética, os dois países apresentaram padrões de comportamento diferentes do que o habitual nas suas relações bilaterais. Em fins do século XX, os dois países iniciaram uma grande dinâmica de cooperação nos mais diversos níveis. O trabalho pretende analisar essas transformações nas dinâmicas bilaterais a partir das perspectivas turcas sobre tal relacionamento. Parte-se do princípio de que as percepções de um dado ator são um elemento fundamental para a construção de processos de cooperação ou competição. Nesse sentido, o trabalho pretende analisar a imagem projetada pela Rússia no pós Guerra Fria e suas repercussões nas perspectivas turcas acerca de tais projeções. Entende-se que, além de fatores inerentes às dinâmicas bilaterais, elementos externos às relações, como mudanças na estrutura internacional ou apenas acontecimentos conjunturais, devem influenciar as percepções turcas. O trabalho aborda os principais tópicos envolvendo as relações bilaterais russo-turcas entre os anos de 1991 e 2011, relacionando-os com as percepções turcas e as suas transformações. Tais perspectivas foram, de fato, transformadas principalmente por fatores relacionados à mudança da política externa desenvolvida pela Rússia, pelo conflito interno resultante da guerra ao PKK, por crises domésticas, pela convergência de interesses a partir dos anos 2000 e pelo descontentamento em relação aos seus aliados Ocidentais.