Fibrose cística : um estudo da apresentação fenotípica e genotípica do recém-nascido no estado do Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/201197 |
Resumo: | Introdução: A Fibrose Cística (FC) é uma doença monogênica, autossômica recessiva. É causada por mutações no gene CFTR, responsável por codificar a proteína CFTR, localizada principalmente na membrana apical de células epiteliais de diversos órgãos. As consequências da disfunção da proteína geralmente começam antes do nascimento do indivíduo com FC. As alterações do sistema gastrointestinal, do pâncreas e do sistema respiratório estão entre as primeiras manifestações clínicas. O objetivo deste trabalho foi descrever as características clínicas, genotípicas e laboratoriais mais frequentes em pacientes fibrocísticos do RS até o momento da primeira consulta. Metodologia: Estudo transversal e descritivo dos recém-nascidos diagnosticados com FC, triados pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal do Rio Grande do Sul (SRTN/RS), no período de 2012 à 2018, submetidos ao estudo molecular. Resultados: Entre os 61 pacientes incluídos neste estudo, 20% possuíam baixo peso ao nascimento e somente 9,8% eram assintomáticos na primeira consulta. Entre as manifestações clínicas mais frequentes, observou-se esteatorreia (31,1%) e tosse (29,5%). Íleo meconial manifestou-se em 24,6% dos recém-nascidos. O tripsinogênio imunorreativo (TIR) apresentou valores significativamente mais baixos em recém-nascidos com histórico de íleo meconial, e significativamente mais elevados em pacientes que possuíam a mutação p.Phe508del. Essa mutação foi observada em 66,7% do total de alelos estudados nos recém-nascidos fibrocísticos. Conclusão: A interpretação da relação genótipo-fenótipo ainda é um desafio, pois a análise genética isolada não é suficiente para predizer a gravidade da FC. A grande heterogeneidade fenotípica pode ser explicada devido a ação de influências ambientais e genes modificadores. Mais estudos devem ser realizados para o melhor entendimento do efeito do genótipo sobre o início e a evolução das manifestações clínicas do indivíduo com FC. |
id |
UFRGS-2_ffbabf3c80e7fedc34036e54b4c9a770 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/201197 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Rodrigues, Grazielle MottaCastro, Simone Martins deSerrano, Thaiane Rispoli2019-11-01T03:49:40Z2018http://hdl.handle.net/10183/201197001094669Introdução: A Fibrose Cística (FC) é uma doença monogênica, autossômica recessiva. É causada por mutações no gene CFTR, responsável por codificar a proteína CFTR, localizada principalmente na membrana apical de células epiteliais de diversos órgãos. As consequências da disfunção da proteína geralmente começam antes do nascimento do indivíduo com FC. As alterações do sistema gastrointestinal, do pâncreas e do sistema respiratório estão entre as primeiras manifestações clínicas. O objetivo deste trabalho foi descrever as características clínicas, genotípicas e laboratoriais mais frequentes em pacientes fibrocísticos do RS até o momento da primeira consulta. Metodologia: Estudo transversal e descritivo dos recém-nascidos diagnosticados com FC, triados pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal do Rio Grande do Sul (SRTN/RS), no período de 2012 à 2018, submetidos ao estudo molecular. Resultados: Entre os 61 pacientes incluídos neste estudo, 20% possuíam baixo peso ao nascimento e somente 9,8% eram assintomáticos na primeira consulta. Entre as manifestações clínicas mais frequentes, observou-se esteatorreia (31,1%) e tosse (29,5%). Íleo meconial manifestou-se em 24,6% dos recém-nascidos. O tripsinogênio imunorreativo (TIR) apresentou valores significativamente mais baixos em recém-nascidos com histórico de íleo meconial, e significativamente mais elevados em pacientes que possuíam a mutação p.Phe508del. Essa mutação foi observada em 66,7% do total de alelos estudados nos recém-nascidos fibrocísticos. Conclusão: A interpretação da relação genótipo-fenótipo ainda é um desafio, pois a análise genética isolada não é suficiente para predizer a gravidade da FC. A grande heterogeneidade fenotípica pode ser explicada devido a ação de influências ambientais e genes modificadores. Mais estudos devem ser realizados para o melhor entendimento do efeito do genótipo sobre o início e a evolução das manifestações clínicas do indivíduo com FC.application/pdfporFibrose císticaTriagem neonatalFibrose cística : um estudo da apresentação fenotípica e genotípica do recém-nascido no estado do Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPorto Alegre, BR-RS2018Farmáciagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001094669.pdf.txt001094669.pdf.txtExtracted Texttext/plain57428http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/201197/2/001094669.pdf.txt7c7ab60e563892fbe9beb618d8de9d41MD52ORIGINAL001094669.pdfTexto completoapplication/pdf432127http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/201197/1/001094669.pdfe7012d2c62aa5b7439a02b2c61cdf165MD5110183/2011972019-11-02 03:51:14.913271oai:www.lume.ufrgs.br:10183/201197Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-11-02T06:51:14Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Fibrose cística : um estudo da apresentação fenotípica e genotípica do recém-nascido no estado do Rio Grande do Sul |
title |
Fibrose cística : um estudo da apresentação fenotípica e genotípica do recém-nascido no estado do Rio Grande do Sul |
spellingShingle |
Fibrose cística : um estudo da apresentação fenotípica e genotípica do recém-nascido no estado do Rio Grande do Sul Rodrigues, Grazielle Motta Fibrose cística Triagem neonatal |
title_short |
Fibrose cística : um estudo da apresentação fenotípica e genotípica do recém-nascido no estado do Rio Grande do Sul |
title_full |
Fibrose cística : um estudo da apresentação fenotípica e genotípica do recém-nascido no estado do Rio Grande do Sul |
title_fullStr |
Fibrose cística : um estudo da apresentação fenotípica e genotípica do recém-nascido no estado do Rio Grande do Sul |
title_full_unstemmed |
Fibrose cística : um estudo da apresentação fenotípica e genotípica do recém-nascido no estado do Rio Grande do Sul |
title_sort |
Fibrose cística : um estudo da apresentação fenotípica e genotípica do recém-nascido no estado do Rio Grande do Sul |
author |
Rodrigues, Grazielle Motta |
author_facet |
Rodrigues, Grazielle Motta |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rodrigues, Grazielle Motta |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Castro, Simone Martins de |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Serrano, Thaiane Rispoli |
contributor_str_mv |
Castro, Simone Martins de Serrano, Thaiane Rispoli |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Fibrose cística Triagem neonatal |
topic |
Fibrose cística Triagem neonatal |
description |
Introdução: A Fibrose Cística (FC) é uma doença monogênica, autossômica recessiva. É causada por mutações no gene CFTR, responsável por codificar a proteína CFTR, localizada principalmente na membrana apical de células epiteliais de diversos órgãos. As consequências da disfunção da proteína geralmente começam antes do nascimento do indivíduo com FC. As alterações do sistema gastrointestinal, do pâncreas e do sistema respiratório estão entre as primeiras manifestações clínicas. O objetivo deste trabalho foi descrever as características clínicas, genotípicas e laboratoriais mais frequentes em pacientes fibrocísticos do RS até o momento da primeira consulta. Metodologia: Estudo transversal e descritivo dos recém-nascidos diagnosticados com FC, triados pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal do Rio Grande do Sul (SRTN/RS), no período de 2012 à 2018, submetidos ao estudo molecular. Resultados: Entre os 61 pacientes incluídos neste estudo, 20% possuíam baixo peso ao nascimento e somente 9,8% eram assintomáticos na primeira consulta. Entre as manifestações clínicas mais frequentes, observou-se esteatorreia (31,1%) e tosse (29,5%). Íleo meconial manifestou-se em 24,6% dos recém-nascidos. O tripsinogênio imunorreativo (TIR) apresentou valores significativamente mais baixos em recém-nascidos com histórico de íleo meconial, e significativamente mais elevados em pacientes que possuíam a mutação p.Phe508del. Essa mutação foi observada em 66,7% do total de alelos estudados nos recém-nascidos fibrocísticos. Conclusão: A interpretação da relação genótipo-fenótipo ainda é um desafio, pois a análise genética isolada não é suficiente para predizer a gravidade da FC. A grande heterogeneidade fenotípica pode ser explicada devido a ação de influências ambientais e genes modificadores. Mais estudos devem ser realizados para o melhor entendimento do efeito do genótipo sobre o início e a evolução das manifestações clínicas do indivíduo com FC. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-11-01T03:49:40Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/201197 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001094669 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/201197 |
identifier_str_mv |
001094669 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/201197/2/001094669.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/201197/1/001094669.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
7c7ab60e563892fbe9beb618d8de9d41 e7012d2c62aa5b7439a02b2c61cdf165 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447254737092608 |