DOENÇA DE ALZHEIMER: O CUIDADO COMO POTENCIAL PARTILHA DE SOFRIMENTO
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento |
Texto Completo: | https://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/view/72427 |
Resumo: | O trabalho tem o objetivo de adensar etnograficamente o que se entende por sofrimento quando se fala em Alzheimer e como esse é tratado e cuidado. Para tanto, discute-se três temas principais: o tortuoso diagnóstico, o itinerário de cuidado cotidiano confinado às relações familiares e a difícil partilha das experiências de morte e mortificações. A reflexão se dá a partir do encontro entre sujeitos esquecidos, familiares e profissionais de saúde de um serviço especializado no Brasil. A metodologia é a pesquisa etnográfica, são comparados os dados de dois momentos de um trabalho de campo no Centro de Referência para portadores da doença de Alzheimer do Hospital Universitário de Brasília. O primeiro momento ocorreu em 2012 nos espaços de grupos terapêuticos para pessoas diagnosticadas e suas cuidadoras e teve duração de seis meses; o segundo ocorreu entre setembro de 2016 a junho de 2017 e centrou-se em consultas médicas de avaliação e acompanhamento e prontuários. Entre os resultados, busca-se dar carne a experiências de cuidadoras e pessoas com Alzheimer, apostando no potencial de contrastá-las a uma narrativa hegemônica e suas decorrentes propostas terapêuticas. A principal conclusão do trabalho é a de que tratar o Alzheimer é cuidar, ou ao menos depende do cuidado; e que legislações e prescrições de formas e modos de cuidar entram em conflito, por vezes, com possibilidades, demandas de auxílio, a complexidade e isolamento do cuidado cotidiano. Intenta-se, assim, uma reflexão sobre o paradigma terapêutico brasileiro a partir do conceito de partilha do sofrimento, cunhado por Donna Haraway. |
id |
UFRGS-4_1610e6740d2188fb6b103abfc8353159 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:seer.ufrgs.br:article/72427 |
network_acronym_str |
UFRGS-4 |
network_name_str |
Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento |
repository_id_str |
|
spelling |
DOENÇA DE ALZHEIMER: O CUIDADO COMO POTENCIAL PARTILHA DE SOFRIMENTOEnvelhecimentoDoença de AzheimerCuidadoTerapêuticaDoença de AlzheimerO trabalho tem o objetivo de adensar etnograficamente o que se entende por sofrimento quando se fala em Alzheimer e como esse é tratado e cuidado. Para tanto, discute-se três temas principais: o tortuoso diagnóstico, o itinerário de cuidado cotidiano confinado às relações familiares e a difícil partilha das experiências de morte e mortificações. A reflexão se dá a partir do encontro entre sujeitos esquecidos, familiares e profissionais de saúde de um serviço especializado no Brasil. A metodologia é a pesquisa etnográfica, são comparados os dados de dois momentos de um trabalho de campo no Centro de Referência para portadores da doença de Alzheimer do Hospital Universitário de Brasília. O primeiro momento ocorreu em 2012 nos espaços de grupos terapêuticos para pessoas diagnosticadas e suas cuidadoras e teve duração de seis meses; o segundo ocorreu entre setembro de 2016 a junho de 2017 e centrou-se em consultas médicas de avaliação e acompanhamento e prontuários. Entre os resultados, busca-se dar carne a experiências de cuidadoras e pessoas com Alzheimer, apostando no potencial de contrastá-las a uma narrativa hegemônica e suas decorrentes propostas terapêuticas. A principal conclusão do trabalho é a de que tratar o Alzheimer é cuidar, ou ao menos depende do cuidado; e que legislações e prescrições de formas e modos de cuidar entram em conflito, por vezes, com possibilidades, demandas de auxílio, a complexidade e isolamento do cuidado cotidiano. Intenta-se, assim, uma reflexão sobre o paradigma terapêutico brasileiro a partir do conceito de partilha do sofrimento, cunhado por Donna Haraway.Universidade Federal do Rio Grande do Sul2017-09-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado pelos paresapplication/pdfhttps://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/view/7242710.22456/2316-2171.72427Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento; v. 22 n. 3 (2017)2316-21711517-2473reponame:Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimentoinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSporhttps://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/view/72427/49687Copyright (c) 2018 Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimentoinfo:eu-repo/semantics/openAccessEngel, Cíntia Liara2021-01-06T17:56:54Zoai:seer.ufrgs.br:article/72427Revistahttps://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecerONGhttps://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/oai3idade@ufrgs.br||sacarlos@ufrgs.br|| adriane.teixeira@gmail.com2316-21711517-2473opendoar:2021-01-06T17:56:54Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
DOENÇA DE ALZHEIMER: O CUIDADO COMO POTENCIAL PARTILHA DE SOFRIMENTO |
title |
DOENÇA DE ALZHEIMER: O CUIDADO COMO POTENCIAL PARTILHA DE SOFRIMENTO |
spellingShingle |
DOENÇA DE ALZHEIMER: O CUIDADO COMO POTENCIAL PARTILHA DE SOFRIMENTO Engel, Cíntia Liara Envelhecimento Doença de Azheimer Cuidado Terapêutica Doença de Alzheimer |
title_short |
DOENÇA DE ALZHEIMER: O CUIDADO COMO POTENCIAL PARTILHA DE SOFRIMENTO |
title_full |
DOENÇA DE ALZHEIMER: O CUIDADO COMO POTENCIAL PARTILHA DE SOFRIMENTO |
title_fullStr |
DOENÇA DE ALZHEIMER: O CUIDADO COMO POTENCIAL PARTILHA DE SOFRIMENTO |
title_full_unstemmed |
DOENÇA DE ALZHEIMER: O CUIDADO COMO POTENCIAL PARTILHA DE SOFRIMENTO |
title_sort |
DOENÇA DE ALZHEIMER: O CUIDADO COMO POTENCIAL PARTILHA DE SOFRIMENTO |
author |
Engel, Cíntia Liara |
author_facet |
Engel, Cíntia Liara |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Engel, Cíntia Liara |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Envelhecimento Doença de Azheimer Cuidado Terapêutica Doença de Alzheimer |
topic |
Envelhecimento Doença de Azheimer Cuidado Terapêutica Doença de Alzheimer |
description |
O trabalho tem o objetivo de adensar etnograficamente o que se entende por sofrimento quando se fala em Alzheimer e como esse é tratado e cuidado. Para tanto, discute-se três temas principais: o tortuoso diagnóstico, o itinerário de cuidado cotidiano confinado às relações familiares e a difícil partilha das experiências de morte e mortificações. A reflexão se dá a partir do encontro entre sujeitos esquecidos, familiares e profissionais de saúde de um serviço especializado no Brasil. A metodologia é a pesquisa etnográfica, são comparados os dados de dois momentos de um trabalho de campo no Centro de Referência para portadores da doença de Alzheimer do Hospital Universitário de Brasília. O primeiro momento ocorreu em 2012 nos espaços de grupos terapêuticos para pessoas diagnosticadas e suas cuidadoras e teve duração de seis meses; o segundo ocorreu entre setembro de 2016 a junho de 2017 e centrou-se em consultas médicas de avaliação e acompanhamento e prontuários. Entre os resultados, busca-se dar carne a experiências de cuidadoras e pessoas com Alzheimer, apostando no potencial de contrastá-las a uma narrativa hegemônica e suas decorrentes propostas terapêuticas. A principal conclusão do trabalho é a de que tratar o Alzheimer é cuidar, ou ao menos depende do cuidado; e que legislações e prescrições de formas e modos de cuidar entram em conflito, por vezes, com possibilidades, demandas de auxílio, a complexidade e isolamento do cuidado cotidiano. Intenta-se, assim, uma reflexão sobre o paradigma terapêutico brasileiro a partir do conceito de partilha do sofrimento, cunhado por Donna Haraway. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-09-05 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Avaliado pelos pares |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/view/72427 10.22456/2316-2171.72427 |
url |
https://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/view/72427 |
identifier_str_mv |
10.22456/2316-2171.72427 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/view/72427/49687 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2018 Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2018 Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
dc.source.none.fl_str_mv |
Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento; v. 22 n. 3 (2017) 2316-2171 1517-2473 reponame:Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento |
collection |
Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento |
repository.name.fl_str_mv |
Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
3idade@ufrgs.br||sacarlos@ufrgs.br|| adriane.teixeira@gmail.com |
_version_ |
1799766094772174848 |