AS CARACTERÍSTICAS DE SAÚDE DE OCTOGENÁRIOS RECRUTADOS EM DIFERENTES CONTEXTOS EVIDENCIAM A HETEROGENEIDADE DO ENVELHECIMENTO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neri, Anita Liberalesso
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Borim, Flávia Silva Arbex, Assumpção, Daniela de, Yassuda, Mônica Sanches, Portella , Marilene Rodrigues, Doring, Marlene, Alves , Vicente Paulo, Oliveira, Lucy Gomes de, Vilaça, Karla Helena Coelho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/view/132938
Resumo: Objetivo: comparar subamostras de idosos octogenários recrutados em domicílios familiares (n=323), instituições (n=232), e ambulatório de Geriatria (n=196), quanto à distribuição e às probabilidades de associação de variáveis demográficas e de saúde, capacidade funcional e cognição. Métodos: foram levantados e descritos dados sobre sexo, idade, raça, índice de massa corporal, quedas, doenças crônicas, consumo de medicamentos, depressão, independência funcional e déficit cognitivo. As probabilidades de associação foram estimadas por meio de regressão logística multinominal. Resultados: idosos do sexo feminino, de raça branca e com 85 anos ou mais foram mais frequentes nas instituições; os de 80 a 84, nos domicílios; idosos com doenças crônicas e homens, no ambulatório. Houve maior proporção de artrite/reumatismo (33,6%) entre idosos domiciliares; de acidente vascular cerebral (18,5%), depressão (37,8%) e incontinência urinária (69,9%) entre os institucionalizados; de hipertensão arterial (81,7%), câncer (19,0%), doença pulmonar (15,5%) e osteoporose (43,3%) entre os ambulatoriais. Os idosos institucionalizados apresentaram maiores chances de polifarmácia (OR=4,38), dependência funcional (OR=3,73) e déficit cognitivo (OR=2,42), e menor chance de terem três ou mais doenças crônicas (OR=0,37) e de não serem brancos (OR=0,10). A chance de déficit cognitivo foi 2,79 vezes maior entre os ambulatoriais do que entre os recrutados em domicílio. Conclusão: os octogenários recrutados nos domicílios apresentaram menos condições físicas e cognitivas incapacitantes do que os recrutados no ambulatório e nas instituições, mas entre estes havia mais idosos de 80 anos ou mais do que nos domicílios e nos ambulatórios, sugerindo que os cuidados institucionais teriam beneficiado a sua longevidade.
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