A estrutura primitiva da representação social do medo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2001 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722001000100005 |
Resumo: | O estudo aborda a questão metodológica que caracteriza a pesquisa na área das representações sociais. Em particular, aprofunda-se no problema da verificação empírica do consenso que uma representação possui por um determinado grupo social. Esta preocupação metodológica foi abordada em um estudo cujo objetivo era reconstruir a trama primitiva da representação social do medo em crianças de sete a dez anos de idade com experiências sócio-culturais diferentes (escola particular e orfanato). O interesse principal era analisar o papel da experiência na construção deste tipo de representação. Primeiramente, com um grupo de 30 crianças, foi coletada a informação da representação, entendida como meio de acesso ao campo das representações, através do método da associação livre (pedia-se para que as crianças expressassem de maneira livre o que pensavam com a evocação da palavra medo). A partir deste levantamento foram selecionadas 15 palavras entre as mais evocadas pelos dois grupos de crianças e em seguida, foi investigado o nível de consenso da representação social do medo através da técnica não-verbal de classificação. A um segundo grupo de 58 crianças, foi solicitado a pensar sobre as 15 palavras que estavam representadas em cartões e a ordená-las em grupos em função de estarem mais ou menos associadas com a sensação de medo. Os dados analisados através de métodos estatísticos multidimensionais apontaram para a existência de similaridades e diferenças no que se refere ao nível de consenso dos diferentes grupos de crianças comparados em relação à representação social do medo. Além do mais, foi possível reconstruir o significado e a atitude geral das crianças em relação ao medo. Estes resultados são discutidos focalizando, em particular, os problemas metodológicos no estudo das representações sociais, especificamente no que se refere ao estabelecimento objetivo do nível de consenso no estudo destas. |
id |
UFRGS-5_d5ba245157497881d6714cef9c4e8aba |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0102-79722001000100005 |
network_acronym_str |
UFRGS-5 |
network_name_str |
Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
A estrutura primitiva da representação social do medoMedorepresentação socialemoçãoculturatécnica não-verbal de classificaçãoO estudo aborda a questão metodológica que caracteriza a pesquisa na área das representações sociais. Em particular, aprofunda-se no problema da verificação empírica do consenso que uma representação possui por um determinado grupo social. Esta preocupação metodológica foi abordada em um estudo cujo objetivo era reconstruir a trama primitiva da representação social do medo em crianças de sete a dez anos de idade com experiências sócio-culturais diferentes (escola particular e orfanato). O interesse principal era analisar o papel da experiência na construção deste tipo de representação. Primeiramente, com um grupo de 30 crianças, foi coletada a informação da representação, entendida como meio de acesso ao campo das representações, através do método da associação livre (pedia-se para que as crianças expressassem de maneira livre o que pensavam com a evocação da palavra medo). A partir deste levantamento foram selecionadas 15 palavras entre as mais evocadas pelos dois grupos de crianças e em seguida, foi investigado o nível de consenso da representação social do medo através da técnica não-verbal de classificação. A um segundo grupo de 58 crianças, foi solicitado a pensar sobre as 15 palavras que estavam representadas em cartões e a ordená-las em grupos em função de estarem mais ou menos associadas com a sensação de medo. Os dados analisados através de métodos estatísticos multidimensionais apontaram para a existência de similaridades e diferenças no que se refere ao nível de consenso dos diferentes grupos de crianças comparados em relação à representação social do medo. Além do mais, foi possível reconstruir o significado e a atitude geral das crianças em relação ao medo. Estes resultados são discutidos focalizando, em particular, os problemas metodológicos no estudo das representações sociais, especificamente no que se refere ao estabelecimento objetivo do nível de consenso no estudo destas.Curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul2001-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722001000100005Psicologia: Reflexão e Crítica v.14 n.1 2001reponame:Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online)instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGS10.1590/S0102-79722001000100005info:eu-repo/semantics/openAccessRoazzi,AntonioFedericci,Fabiana C. B.Wilson,Margaretpor2001-08-16T00:00:00Zoai:scielo:S0102-79722001000100005Revistahttps://www.scielo.br/j/prc/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpprc@springeropen.com1678-71530102-7972opendoar:2001-08-16T00:00Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A estrutura primitiva da representação social do medo |
title |
A estrutura primitiva da representação social do medo |
spellingShingle |
A estrutura primitiva da representação social do medo Roazzi,Antonio Medo representação social emoção cultura técnica não-verbal de classificação |
title_short |
A estrutura primitiva da representação social do medo |
title_full |
A estrutura primitiva da representação social do medo |
title_fullStr |
A estrutura primitiva da representação social do medo |
title_full_unstemmed |
A estrutura primitiva da representação social do medo |
title_sort |
A estrutura primitiva da representação social do medo |
author |
Roazzi,Antonio |
author_facet |
Roazzi,Antonio Federicci,Fabiana C. B. Wilson,Margaret |
author_role |
author |
author2 |
Federicci,Fabiana C. B. Wilson,Margaret |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Roazzi,Antonio Federicci,Fabiana C. B. Wilson,Margaret |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Medo representação social emoção cultura técnica não-verbal de classificação |
topic |
Medo representação social emoção cultura técnica não-verbal de classificação |
description |
O estudo aborda a questão metodológica que caracteriza a pesquisa na área das representações sociais. Em particular, aprofunda-se no problema da verificação empírica do consenso que uma representação possui por um determinado grupo social. Esta preocupação metodológica foi abordada em um estudo cujo objetivo era reconstruir a trama primitiva da representação social do medo em crianças de sete a dez anos de idade com experiências sócio-culturais diferentes (escola particular e orfanato). O interesse principal era analisar o papel da experiência na construção deste tipo de representação. Primeiramente, com um grupo de 30 crianças, foi coletada a informação da representação, entendida como meio de acesso ao campo das representações, através do método da associação livre (pedia-se para que as crianças expressassem de maneira livre o que pensavam com a evocação da palavra medo). A partir deste levantamento foram selecionadas 15 palavras entre as mais evocadas pelos dois grupos de crianças e em seguida, foi investigado o nível de consenso da representação social do medo através da técnica não-verbal de classificação. A um segundo grupo de 58 crianças, foi solicitado a pensar sobre as 15 palavras que estavam representadas em cartões e a ordená-las em grupos em função de estarem mais ou menos associadas com a sensação de medo. Os dados analisados através de métodos estatísticos multidimensionais apontaram para a existência de similaridades e diferenças no que se refere ao nível de consenso dos diferentes grupos de crianças comparados em relação à representação social do medo. Além do mais, foi possível reconstruir o significado e a atitude geral das crianças em relação ao medo. Estes resultados são discutidos focalizando, em particular, os problemas metodológicos no estudo das representações sociais, especificamente no que se refere ao estabelecimento objetivo do nível de consenso no estudo destas. |
publishDate |
2001 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2001-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722001000100005 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722001000100005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0102-79722001000100005 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
publisher.none.fl_str_mv |
Curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
dc.source.none.fl_str_mv |
Psicologia: Reflexão e Crítica v.14 n.1 2001 reponame:Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) |
collection |
Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
prc@springeropen.com |
_version_ |
1750134861874593792 |