Fatores associados à polifarmácia em idosos institucionalizados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232010000100006 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A polifarmácia é um problema importante no atendimento do idoso, sendo os pacientes em instituições de longa permanência (ILPs) aqueles com riscos aumentados, por apresentarem muitas doenças limitantes, fragilidade e baixa funcionalidade. Objetiva-se então, com o presente estudo, avaliar os fatores associados à presença de polifarmácia em pacientes idosos internados em instituição de longa permanência. METODOLOGIA: Realizado estudo transversal, retrospectivo, por meio de análise de prontuários de todos os pacientes acima de 60 anos institucionalizados em ILP pública de grande porte. Elaborou-se protocolo constituído de dados sócio-demográficos, número e tipos de doenças, número de medicamentos, grupos de fármacos, dependência funcional e tempo de institucionalização. Na análise estatística, esses fatores foram relacionados com a presença ou não de polifarmácia. RESULTADOS: A casuística final constituiu-se de 209 pacientes; 73,2% mulheres, idade média de 75,9 anos e tempo de institucionalização médio de 95,3 meses. Principais doenças encontradas: hipertensão arterial sistêmica (HAS) em 67,9% do total, síndromes demenciais em 36,8% e sequelas de trauma crânio-encefálico ou acidente vascular cerebral (TCE ou AVC) em 33,9%. No presente estudo, os fatores relacionados à polifarmácia em institucionalizados foram: ausência de déficit cognitivo (OR=3,61 - IC: 1,96-6,65); consumo de medicamentos cardiovasculares (OR=0,22 - IC: 0,11-0,44), uso de medicamentos gastrointestinais e metabolismo (OR=0,38 - IC: 0,21-0,67); número de diagnósticos acima de 5 (OR=1,90 - IC: 1,08-3,33); tempo de institucionalização entre 12 e 23 meses (OR:0,32 - IC: 0,11-0,91) e maior dependência funcional pela escala de Katz (OR: 1,90 - IC:1,07-3,22). Não houve relação com idade, sexo, uso de medicamentos psiquiátricos e diagnóstico de sequela de AVC ou TCE. CONCLUSÃO: Conclui-se que institucionalizados possuem aspectos diferentes de idosos ambulatoriais ou de comunidade, havendo maior importância de fatores relacionados à funcionalidade e ao tempo de institucionalização do que com idade e sexo. |
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Fatores associados à polifarmácia em idosos institucionalizadosSaúde do Idoso InstitucionalizadoAvaliação de MedicamentosInstituição de Longa Permanência para IdososDoença IatrogênicaEstudos TransversaisPolifarmáciaIatrogeniaINTRODUÇÃO: A polifarmácia é um problema importante no atendimento do idoso, sendo os pacientes em instituições de longa permanência (ILPs) aqueles com riscos aumentados, por apresentarem muitas doenças limitantes, fragilidade e baixa funcionalidade. Objetiva-se então, com o presente estudo, avaliar os fatores associados à presença de polifarmácia em pacientes idosos internados em instituição de longa permanência. METODOLOGIA: Realizado estudo transversal, retrospectivo, por meio de análise de prontuários de todos os pacientes acima de 60 anos institucionalizados em ILP pública de grande porte. Elaborou-se protocolo constituído de dados sócio-demográficos, número e tipos de doenças, número de medicamentos, grupos de fármacos, dependência funcional e tempo de institucionalização. Na análise estatística, esses fatores foram relacionados com a presença ou não de polifarmácia. RESULTADOS: A casuística final constituiu-se de 209 pacientes; 73,2% mulheres, idade média de 75,9 anos e tempo de institucionalização médio de 95,3 meses. Principais doenças encontradas: hipertensão arterial sistêmica (HAS) em 67,9% do total, síndromes demenciais em 36,8% e sequelas de trauma crânio-encefálico ou acidente vascular cerebral (TCE ou AVC) em 33,9%. No presente estudo, os fatores relacionados à polifarmácia em institucionalizados foram: ausência de déficit cognitivo (OR=3,61 - IC: 1,96-6,65); consumo de medicamentos cardiovasculares (OR=0,22 - IC: 0,11-0,44), uso de medicamentos gastrointestinais e metabolismo (OR=0,38 - IC: 0,21-0,67); número de diagnósticos acima de 5 (OR=1,90 - IC: 1,08-3,33); tempo de institucionalização entre 12 e 23 meses (OR:0,32 - IC: 0,11-0,91) e maior dependência funcional pela escala de Katz (OR: 1,90 - IC:1,07-3,22). Não houve relação com idade, sexo, uso de medicamentos psiquiátricos e diagnóstico de sequela de AVC ou TCE. CONCLUSÃO: Conclui-se que institucionalizados possuem aspectos diferentes de idosos ambulatoriais ou de comunidade, havendo maior importância de fatores relacionados à funcionalidade e ao tempo de institucionalização do que com idade e sexo.Universidade do Estado do Rio Janeiro2010-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232010000100006Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v.13 n.1 2010reponame:Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologiainstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UFRJ10.1590/S1809-98232010000100006info:eu-repo/semantics/openAccessLucchetti,GiancarloGranero,Alessandra LamasPires,Sueli LucianoGorzoni,Milton Luizpor2014-10-23T00:00:00Zoai:scielo:S1809-98232010000100006Revistahttp://revista.unati.uerj.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1809-9823&lng=pt&nrm=isohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revistabgg@gmail.com1981-22561809-9823opendoar:2014-10-23T00:00Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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