Prática médica frente às demências nos municípios polos de residência em saúde da família em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nobre,Nicolle Cardoso
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Novais,Thalita Silveira, Santos,Pedro Arthur Carvalho Lima dos, Lima,Erica Costa, Malta,Ellen Mara Reis, Pinho,Lucinéia de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232020000500208
Resumo: Resumo Objetivo Analisar a prática de profissionais médicos da Atenção Primária à Saúde (APS) de municípios polos de Residência em Saúde da Família e Comunidade em Minas Gerais (MG), Brasil. Método Trata-se de um estudo transversal e analítico, realizado de março a outubro de 2018 com médicos e médicos residentes que atuavam nas equipes de Estratégia Saúde da Família de oito municípios de MG. Avaliou-se as características sociodemográficas, a participação em capacitações específicas para demência e as práticas dos médicos no cuidado da pessoa idosa com demência. Resultados Dentre os profissionais, a maioria eram do sexo feminino (63,4%), possuíam até 30 anos de idade (57,7%) e não participaram de capacitação em demência (60%). Observou-se que a maior parte dos médicos diagnosticaram a patologia no estágio moderado a grave (67,5%). Entre as dificuldades para identificar casos de demências, destacaram-se: a baixa utilidade dos exames complementares (26,8%) e a dificuldade em diferenciar sinais e sintomas das demências de seus principais diagnósticos diferenciais (50%). A participação em capacitação influenciou nas dificuldades de identificação de casos (p=0,019), diferenciação de sinais e sintomas (p=0,018), confiança sobre o diagnóstico (p<0,001), responsabilização do diagnóstico pelo serviço especializado (p=0,019) e baixa disponibilidade de tempo dos profissionais (p=0,015). Conclusão O ensino prático direcionado à demência fornecido aos profissionais de saúde durante a formação médica ainda é incipiente e exige aperfeiçoamento, sendo necessárias intervenções educativas junto à equipe da APS e o aprimoramento dos protocolos voltados ao diagnóstico precoce e ao manejo das demências.
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