Revisão dos principais genes e proteínas associadas à demência frontotemporal tau-positiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Josviak,Nalini Drieli
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Batistela,Meire Silva, Simão-Silva,Daiane Priscila, Bono,Gleyse Freire, Furtado-Alle,Lupe, Souza,Ricardo Lehtonen Rodrigues de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232015000100201
Resumo: O objetivo desta revisão foi apresentar os genes APOE e MAPT e as proteínas ApoE e tau como marcadores genéticos que vêm sendo estudados na demência frontotemporal com inclusões tau-positivas, os quais poderão, futuramente, auxiliar no diagnóstico diferencial. A demência frontotemporal é um transtorno neurocognitivo marcado por disfunção dos lobos frontais e temporais, geralmente associada à atrofia dessas estruturas e relativa preservação das regiões cerebrais posteriores. Clinicamente, manifesta-se por volta dos 57 anos de idade, com igual incidência entre homens e mulheres. A demência frontotemporal tem início insidioso e caráter progressivo, com discreto comprometimento da memória episódica, mas com importantes alterações comportamentais, de personalidade e na linguagem. Devido às semelhanças possíveis entre as manifestações clínicas das demências inclusive a doença de Alzheimer, há grande dificuldade no diagnóstico diferencial, sendo necessário um exame clínico e neuropsicológico detalhado do indivíduo acometido, além de exames bioquímicos e de neuroimagem. O gene MAPT codifica a proteína tau e sua função principal é estabilizar os microtúbulos. Em células nervosas sadias, a proteína tau é normalmente encontrada nos axônios, ao contrário dos achados descritos nos transtornos neurocognitivos, em que a proteína se encontra distribuída no corpo celular e nos dendritos. A apolipoproteína E ApoE é uma glicoproteína polimórfica, codificada pelo gene APOE, que tem importante papel na absorção, transporte e redistribuição de colesterol, necessário ao reparo e manutenção do tecido nervoso. Com o aumento da expectativa de vida e controle da natalidade, o envelhecimento populacional tornou-se fato, trazendo consigo maior prevalência de doenças crônico-degenerativas, de modo que é de extrema importância conhecer melhor essas doenças, no sentido de buscar novas formas de tratamento, visto que as demências não dispõem ainda de cura. Sabe-se que o diagnóstico definitivo da maioria das síndromes demenciais depende do exame neuropatológico, mas conclui-se que, com o avanço tecnológico, bem como técnicas de biologia e genética molecular, novas perspectivas têm surgido para o diagnóstico diferencial e precoce das demências.
id UFRJ-10_f8164f19cff66736cd4d8bd222aa54f6
oai_identifier_str oai:scielo:S1809-98232015000100201
network_acronym_str UFRJ-10
network_name_str Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia
repository_id_str
spelling Revisão dos principais genes e proteínas associadas à demência frontotemporal tau-positivaDemênciaGenéticaDiagnósticoDemência FrontotemporalO objetivo desta revisão foi apresentar os genes APOE e MAPT e as proteínas ApoE e tau como marcadores genéticos que vêm sendo estudados na demência frontotemporal com inclusões tau-positivas, os quais poderão, futuramente, auxiliar no diagnóstico diferencial. A demência frontotemporal é um transtorno neurocognitivo marcado por disfunção dos lobos frontais e temporais, geralmente associada à atrofia dessas estruturas e relativa preservação das regiões cerebrais posteriores. Clinicamente, manifesta-se por volta dos 57 anos de idade, com igual incidência entre homens e mulheres. A demência frontotemporal tem início insidioso e caráter progressivo, com discreto comprometimento da memória episódica, mas com importantes alterações comportamentais, de personalidade e na linguagem. Devido às semelhanças possíveis entre as manifestações clínicas das demências inclusive a doença de Alzheimer, há grande dificuldade no diagnóstico diferencial, sendo necessário um exame clínico e neuropsicológico detalhado do indivíduo acometido, além de exames bioquímicos e de neuroimagem. O gene MAPT codifica a proteína tau e sua função principal é estabilizar os microtúbulos. Em células nervosas sadias, a proteína tau é normalmente encontrada nos axônios, ao contrário dos achados descritos nos transtornos neurocognitivos, em que a proteína se encontra distribuída no corpo celular e nos dendritos. A apolipoproteína E ApoE é uma glicoproteína polimórfica, codificada pelo gene APOE, que tem importante papel na absorção, transporte e redistribuição de colesterol, necessário ao reparo e manutenção do tecido nervoso. Com o aumento da expectativa de vida e controle da natalidade, o envelhecimento populacional tornou-se fato, trazendo consigo maior prevalência de doenças crônico-degenerativas, de modo que é de extrema importância conhecer melhor essas doenças, no sentido de buscar novas formas de tratamento, visto que as demências não dispõem ainda de cura. Sabe-se que o diagnóstico definitivo da maioria das síndromes demenciais depende do exame neuropatológico, mas conclui-se que, com o avanço tecnológico, bem como técnicas de biologia e genética molecular, novas perspectivas têm surgido para o diagnóstico diferencial e precoce das demências.Universidade do Estado do Rio Janeiro2015-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232015000100201Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v.18 n.1 2015reponame:Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologiainstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UFRJ10.1590/1809-9823.2015.13113info:eu-repo/semantics/openAccessJosviak,Nalini DrieliBatistela,Meire SilvaSimão-Silva,Daiane PriscilaBono,Gleyse FreireFurtado-Alle,LupeSouza,Ricardo Lehtonen Rodrigues depor2015-05-12T00:00:00Zoai:scielo:S1809-98232015000100201Revistahttp://revista.unati.uerj.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1809-9823&lng=pt&nrm=isohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revistabgg@gmail.com1981-22561809-9823opendoar:2015-05-12T00:00Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false
dc.title.none.fl_str_mv Revisão dos principais genes e proteínas associadas à demência frontotemporal tau-positiva
title Revisão dos principais genes e proteínas associadas à demência frontotemporal tau-positiva
spellingShingle Revisão dos principais genes e proteínas associadas à demência frontotemporal tau-positiva
Josviak,Nalini Drieli
Demência
Genética
Diagnóstico
Demência Frontotemporal
title_short Revisão dos principais genes e proteínas associadas à demência frontotemporal tau-positiva
title_full Revisão dos principais genes e proteínas associadas à demência frontotemporal tau-positiva
title_fullStr Revisão dos principais genes e proteínas associadas à demência frontotemporal tau-positiva
title_full_unstemmed Revisão dos principais genes e proteínas associadas à demência frontotemporal tau-positiva
title_sort Revisão dos principais genes e proteínas associadas à demência frontotemporal tau-positiva
author Josviak,Nalini Drieli
author_facet Josviak,Nalini Drieli
Batistela,Meire Silva
Simão-Silva,Daiane Priscila
Bono,Gleyse Freire
Furtado-Alle,Lupe
Souza,Ricardo Lehtonen Rodrigues de
author_role author
author2 Batistela,Meire Silva
Simão-Silva,Daiane Priscila
Bono,Gleyse Freire
Furtado-Alle,Lupe
Souza,Ricardo Lehtonen Rodrigues de
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Josviak,Nalini Drieli
Batistela,Meire Silva
Simão-Silva,Daiane Priscila
Bono,Gleyse Freire
Furtado-Alle,Lupe
Souza,Ricardo Lehtonen Rodrigues de
dc.subject.por.fl_str_mv Demência
Genética
Diagnóstico
Demência Frontotemporal
topic Demência
Genética
Diagnóstico
Demência Frontotemporal
description O objetivo desta revisão foi apresentar os genes APOE e MAPT e as proteínas ApoE e tau como marcadores genéticos que vêm sendo estudados na demência frontotemporal com inclusões tau-positivas, os quais poderão, futuramente, auxiliar no diagnóstico diferencial. A demência frontotemporal é um transtorno neurocognitivo marcado por disfunção dos lobos frontais e temporais, geralmente associada à atrofia dessas estruturas e relativa preservação das regiões cerebrais posteriores. Clinicamente, manifesta-se por volta dos 57 anos de idade, com igual incidência entre homens e mulheres. A demência frontotemporal tem início insidioso e caráter progressivo, com discreto comprometimento da memória episódica, mas com importantes alterações comportamentais, de personalidade e na linguagem. Devido às semelhanças possíveis entre as manifestações clínicas das demências inclusive a doença de Alzheimer, há grande dificuldade no diagnóstico diferencial, sendo necessário um exame clínico e neuropsicológico detalhado do indivíduo acometido, além de exames bioquímicos e de neuroimagem. O gene MAPT codifica a proteína tau e sua função principal é estabilizar os microtúbulos. Em células nervosas sadias, a proteína tau é normalmente encontrada nos axônios, ao contrário dos achados descritos nos transtornos neurocognitivos, em que a proteína se encontra distribuída no corpo celular e nos dendritos. A apolipoproteína E ApoE é uma glicoproteína polimórfica, codificada pelo gene APOE, que tem importante papel na absorção, transporte e redistribuição de colesterol, necessário ao reparo e manutenção do tecido nervoso. Com o aumento da expectativa de vida e controle da natalidade, o envelhecimento populacional tornou-se fato, trazendo consigo maior prevalência de doenças crônico-degenerativas, de modo que é de extrema importância conhecer melhor essas doenças, no sentido de buscar novas formas de tratamento, visto que as demências não dispõem ainda de cura. Sabe-se que o diagnóstico definitivo da maioria das síndromes demenciais depende do exame neuropatológico, mas conclui-se que, com o avanço tecnológico, bem como técnicas de biologia e genética molecular, novas perspectivas têm surgido para o diagnóstico diferencial e precoce das demências.
publishDate 2015
dc.date.none.fl_str_mv 2015-03-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232015000100201
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232015000100201
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/1809-9823.2015.13113
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade do Estado do Rio Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade do Estado do Rio Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v.18 n.1 2015
reponame:Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia
instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia
collection Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
repository.mail.fl_str_mv ||revistabgg@gmail.com
_version_ 1750128435440648192