Contexto da atenção à saúde mental: percepção de terapeutas ocupacionais sobre a avaliação / Context of mental health care: perceptions of occupational therapists about the evaluation

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Autor(a) principal: de Godoy, Mariana Felício
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Beraldo, Alline Souza, Amorim, Sulamita Gonzaga Silva, Ballarin, Maria Luisa Gazabim Simões
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revisbrato
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/9609
Resumo: A avaliação constitui etapa essencial no processo terapêutico ocupacional, entretanto, a produção de conhecimento sobre esta temática no cenário nacional é ainda escassa. Este trabalho tem por objetivo analisar a percepção de terapeutas ocupacionais sobre os processos de avaliação que realizam nos serviços que atuam na atenção à saúde mental de um município do interior de São Paulo, Brasil. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e de natureza qualitativa. Para tanto, foram analisados relatos pertinentes ao material coletado em campo, resultante da realização de 14 entrevistas semiestruturadas com os terapeutas ocupacionais, assim como a aplicação de questionário contendo perguntas abertas e fechadas. Os resultados obtidos evidenciaram que os terapeutas ocupacionais eram prioritariamente do sexo feminino, com média idade de 35 anos. Atuavam em diferentes serviços da Rede de Atenção Psicossocial do município - Centros de Atenção Psicossocial tipo, III, álcool e outras drogas, Serviço de Geração de Renda e Enfermaria de Psiquiatria em Hospital Geral. Constatou-se que os profissionais utilizavam diversas estratégias avaliativas, embora não utilizassem instrumentos padronizados e validados específicos da Terapia Ocupacional. Os entrevistados referiram avaliar os usuários em diferentes momentos (triagem, acolhimento e ao longo do processo de acompanhamento) e ressaltaram a importância da avaliação em outros contextos, no caso, o domicílio. As principais demandas dos usuários identificadas nos processos avaliativos relacionavam-se às dificuldades de realização nas atividades cotidianas. A análise dos resultados obtidos evidenciou a necessidade de que outros estudos possam ser desenvolvidos contribuindo assim para o oferecimento de um cuidado cada vez mais qualificado.Abstract The evaluation is an essential step in the occupational therapeutic process, however, the production of knowledge about this subject in the national scenario is still scarce. This study aims to analyze the perception of occupational therapist about the intervention process they perform in the mental health care services of a municipality in the interior of São Paulo, Brazil. This is an exploratory and descriptive study of a qualitative nature. In orderto do so, we analyzed pertinent reports on the material collected in the field, resulting from the accomplishment of 14 semi-structured interviews with the occupational therapists, as well as the application of a questionnaire containing open and closed questions. The results showed that occupational therapists were primarily female, with a mean age of 35 years. They worked in different services of the Psychosocial Attention Network of the city - Psychosocial Attention Centers type III, alcohol and other drugs, Income Generation Service and Psychiatric Nursing in General Hospital. It was found that professionals use several evaluative strategies, although they do not use standardized and validated instruments specific to occupational therapy. They refer to evaluating the users at different times (screening, reception and during the follow-up process) and emphasize the importance of evaluation in other contexts, in this case, the home. The main demands of the users identified in the evaluation processes related to the difficulties of accomplishment in daily activities. The analysis of the obtained results evidenced the need for other studies to be developed, thus contributing to the provision of increasingly qualified care.Key words: Evaluation; Mental health; Occupational therapy. Resumen El procedimiento de evaluación es un paso esencial en el proceso de terapia ocupacional, sin embargo, la producción de conocimiento sobre este tema en la escena nacional es todavía escasa. Así, este trabajo tiene por objetivo analizar la percipción de terapeutas ocupacionales sobre los procesos de evaluación que realizan en los servicios que actuán en la atención a la salud mental de un município del interior de São Paulo, Brasil. Se trata de un estudio exploratorio y descriptivo de naturaleza cualitativa. Por lo tanto, los informes se analizaron relevante para el material recogido en el campo, como resultado de la finalización de 14 entrevistas semiestructuradas con terapeutas ocupacionales, así como la aplicación de un cuestionario con preguntas abiertas y cerradas. Los resultados mostraron que los terapeutas ocupacionales eran principalmente mujeres, edad media 35 años. Se trabajó en diferentes departamentos de la Red de Atención Psicosocial del municipio - psicosocial tipo de centros de atención, III, alcohol y otras drogas, Servicio de Generación de Ingresos y Psiquiatría Ward en el Hospital General. Se encontró que los profesionales utilizan diversas estrategias de evaluación, pero no utilizan instrumentos estandarizados y validados terapia ocupacional específica. Refere evaluar usuarios en diferentes momentos (triaje, larecepción y todo el proceso de supervisión) y hacer hincapi é en la importancia de la evaluación en otros contextos, en este caso la casa. Las principales demandas de los usuarios identificados en los procesos de evaluación fueron relacionados con las dificultades de realización en las actividades diarias. El análisis de los resultados mostró la necesidad de realizar más estudios puede ser desarrollado que contribuye a ofrecer una atención cada vez más especializada.Palabras clave: Evaluación; Salud mental; Terapia ocupacional.
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El análisis de los resultados mostró la necesidad de realizar más estudios puede ser desarrollado que contribuye a ofrecer una atención cada vez más especializada.Palabras clave: Evaluación; Salud mental; Terapia ocupacional.Universidade Federal do Rio de JaneiroBolsa de iniciação FAPIC/Reitoria - PUC-Campinas.de Godoy, Mariana FelícioBeraldo, Alline SouzaAmorim, Sulamita Gonzaga SilvaBallarin, Maria Luisa Gazabim Simões2017-11-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/960910.47222/2526-3544.rbto9609Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional - REVISBRATO; v. 1, n. 5 (2017): (ISSN eletrônico 2526-3544); 634-6492526-3544reponame:Revisbratoinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/9609/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/downloadSuppFile/9609/2124https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/downloadSuppFile/9609/2125/*ref*/1. Creek J. Occupational Therapy and mental health. 3rd. London: Churchill Livingstone, 2002. 2. Neistad M; Crepeau E. Willard &Spackman. Terapia Ocupacional. 9ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2002. 3. Benetton MJ; Lancman S. Estudo de confiabilidade e validação da Entrevista da História do desempenho ocupacional. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo. 1998; 9(3):94-104. 4. Rocha SR; Dornelas LF; Magalhães LC. Instrumentos utilizados para avaliação do desenvolvimento de recém-nascidos pré-termo no Brasil: revisão da literatura. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. 2013; 21(1): 109-117, 2013 5. Chaves GFS; Oliveira AM; Forlenz AOV; Nunes PV. Escalas de avaliação para Terapia Ocupacional no Brasil. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo. 2010; 21 (3): 240-246. 6. Mângia EF; Muramoto MT. Redes sociais e construção de projetos terapêuticos: um estudo em serviço substitutivo em saúde mental. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo. 2007; 18 (2):54-62. 7. Boccardo ACS; Zane FC; Rodrigues S; Mângia EF. O projeto terapêutico singular como estratégia de organização do cuidado nos serviços de saúde mental. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo. 2011; 22 (1):85-92. 8. Minayo MCS (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 1995. 9. Manzini EJ. A entrevista na pesquisa social. Didática, São Paulo, 190/1991; 26/27:149-158, 1990/1991. 10. Minayo MCS. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. In: Minayo MCS (org). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro/Petrópolis, 29 ed. Vozes, 2010, p. 09-30. 11. Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: Diário Oficial da União, 2013. 12. Silva, NS; Esperidião E; Silva KKC; Souza ACS; Cavalcante ACG. Perfil Profissiográfico de trabalhadores de nível universitário em serviços de saúde mental. Rev. enferm. 2013; 21 (2):185-91. 13. Silva CR; Santos CN; Nogueira JN; Malfitano APS. Mapeamento da atuação do terapeuta ocupacional nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS ad) do interior do estado de São Paulo. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. 2015; 23(2): 321-334. 14. American Occupational Therapy Association - AOTA. Occupational therapy practice framework: Domain and process (3rd ed.). American Journal of Occupational Therapy, AJOT, 2014, 2014; 8(Suppl.1), S1--S48. 15. Benetton MJ; Marcolino TQ. As atividades no Método Terapia Ocupacional Dinâmica. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. 2013; 21 (3):645-652. 16. Marcolino TQ. Reflexões sobre a investigação do raciocínio clínico em terapia ocupacional em saúde mental: o caso do Método Terapia Ocupacional Dinâmica. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, São Carlos. 2014; 22 (3):635-642. 17. Dornerlas A; Galvão C. Avaliação das habilidades psicossociais. In: Cavalcanti A, Galvão C. Terapia ocupacional: fundamentação e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2007. p.102-105. 18. Tedesco AS; Citero VA; Nogueira-Martins LA; Iacoponi E. Tradução e validação para português brasileiro da Escala de Autoavaliação do Funcionamento Ocupacional. O Mundo da Saúde, São Paulo: 2010; 34 (2):230-237. 19. Gozzi APNF; Lussi IAO. A avaliação inicial no processo de trabalho do terapeuta ocupacional na rede de saúde mental. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. 2013; 21 (3):537-551. 20. Mângia EF. Contribuições da abordagem canadense "prática de Terapia Ocupacional centrada no cliente" e dos autores da desinstitucionalização italiana para a terapia ocupacional em saúde mental. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo. 2002; 13(3):127-34. 21. Henrique IFS et al. Validação da versão brasileira do teste de triagem do envolvimento com álcool, cigarro e outras substâncias (ASSIST). Rev. Assoc. Med. Bras. 2004; 50(2): 199-206. 22. Meneses-GayaIzilda IC; Zuardi AW; Loureiro SR; Crippa JAS. As propriedades psicométricas do Teste de Fagerstr¶m para Dependência de Nicotina. J. Bras. Pneumol. [Internet]. 2009 Jan [cited 2016 July 06] ; 35( 1 ): 73-82. http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132009000100011 23. Salles MM; Matsukura TS. Estudo de revisão sistemática sobre o uso do conceito de cotidiano no campo da terapia ocupacional no Brasil. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, São Carlos. 2013; 21 (2): 265-273. 24. Bezerra Jr B. Um apelo à clínica: nem o respaldo da norma, nem o extravio na dor. Cadernos de Saúde Mental. Organização: Ana Marta Labosque. Encontro Nacional de Saúde Mental, Belo Horizonte, 2006. Belo Horizonte: ESP-MG. 2007; (I): 21-33.Direitos autorais 2017 Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional - REVISBRATOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-03-09T20:19:29Zoai:www.revistas.ufrj.br:article/9609Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/indexPUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/oai||revisbrato@gmail.com2526-35442526-3544opendoar:2021-03-09T20:19:29Revisbrato - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
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The results showed that occupational therapists were primarily female, with a mean age of 35 years. They worked in different services of the Psychosocial Attention Network of the city - Psychosocial Attention Centers type III, alcohol and other drugs, Income Generation Service and Psychiatric Nursing in General Hospital. It was found that professionals use several evaluative strategies, although they do not use standardized and validated instruments specific to occupational therapy. They refer to evaluating the users at different times (screening, reception and during the follow-up process) and emphasize the importance of evaluation in other contexts, in this case, the home. The main demands of the users identified in the evaluation processes related to the difficulties of accomplishment in daily activities. The analysis of the obtained results evidenced the need for other studies to be developed, thus contributing to the provision of increasingly qualified care.Key words: Evaluation; Mental health; Occupational therapy. Resumen El procedimiento de evaluación es un paso esencial en el proceso de terapia ocupacional, sin embargo, la producción de conocimiento sobre este tema en la escena nacional es todavía escasa. Así, este trabajo tiene por objetivo analizar la percipción de terapeutas ocupacionales sobre los procesos de evaluación que realizan en los servicios que actuán en la atención a la salud mental de un município del interior de São Paulo, Brasil. Se trata de un estudio exploratorio y descriptivo de naturaleza cualitativa. Por lo tanto, los informes se analizaron relevante para el material recogido en el campo, como resultado de la finalización de 14 entrevistas semiestructuradas con terapeutas ocupacionales, así como la aplicación de un cuestionario con preguntas abiertas y cerradas. Los resultados mostraron que los terapeutas ocupacionales eran principalmente mujeres, edad media 35 años. Se trabajó en diferentes departamentos de la Red de Atención Psicosocial del municipio - psicosocial tipo de centros de atención, III, alcohol y otras drogas, Servicio de Generación de Ingresos y Psiquiatría Ward en el Hospital General. Se encontró que los profesionales utilizan diversas estrategias de evaluación, pero no utilizan instrumentos estandarizados y validados terapia ocupacional específica. Refere evaluar usuarios en diferentes momentos (triaje, larecepción y todo el proceso de supervisión) y hacer hincapi é en la importancia de la evaluación en otros contextos, en este caso la casa. 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