A PRÁXIS DO TROTE: BREVE ETNOGRAFIA HISTÓRICA DOS RITUAIS ESTUDANTIS DE COIMBRA
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Data de Publicação: | 2017 |
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Título da fonte: | Sociologia & Antropologia |
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Resumo: | Resumo O artigo procede inicialmente a uma breve contextualização histórica da Universidade de Coimbra, retratando alguns dos contornos das tradições acadêmicas, dentre os quais se destacam: a violência associada aos rituais iniciáticos da chamada praxe e a conflitualidade que, ao longo dos séculos, marcou as relações entre a elite estudantil e a comunidade local. Em seguida, explora possíveis conexões entre as praxes e os múltiplos movimentos culturais e sociopolíticos, incluindo a questão da subalternização da mulher e a resistência estudantil ao regime ditatorial de Salazar-Caetano. Por fim, analisa as tendências mais recentes que o fenômeno vem adquirindo em Portugal, muitas vezes resvalando para abuso, humilhação e violência. A cultura de submissão perante o poder que a maioria das praxes promove parece exprimir tendência larvar na sociedade, em que o individualismo consumista se combina de forma perversa com mecanismos de evasão e de entrega incondicional a lógicas disciplinares de teor despótico. |
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A PRÁXIS DO TROTE: BREVE ETNOGRAFIA HISTÓRICA DOS RITUAIS ESTUDANTIS DE COIMBRAPraxe/trotetradição acadêmicamovimento estudantilUniversidade de CoimbraPortugalResumo O artigo procede inicialmente a uma breve contextualização histórica da Universidade de Coimbra, retratando alguns dos contornos das tradições acadêmicas, dentre os quais se destacam: a violência associada aos rituais iniciáticos da chamada praxe e a conflitualidade que, ao longo dos séculos, marcou as relações entre a elite estudantil e a comunidade local. Em seguida, explora possíveis conexões entre as praxes e os múltiplos movimentos culturais e sociopolíticos, incluindo a questão da subalternização da mulher e a resistência estudantil ao regime ditatorial de Salazar-Caetano. Por fim, analisa as tendências mais recentes que o fenômeno vem adquirindo em Portugal, muitas vezes resvalando para abuso, humilhação e violência. A cultura de submissão perante o poder que a maioria das praxes promove parece exprimir tendência larvar na sociedade, em que o individualismo consumista se combina de forma perversa com mecanismos de evasão e de entrega incondicional a lógicas disciplinares de teor despótico.Universidade Federal do Rio de Janeiro2017-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2238-38752017000200429Sociologia & Antropologia v.7 n.2 2017reponame:Sociologia & Antropologiainstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ10.1590/2238-38752017v725info:eu-repo/semantics/openAccessEstanque,Elísiopor2017-10-06T00:00:00Zoai:scielo:S2238-38752017000200429Revistahttp://www.revistappgsa.ifcs.ufrj.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevistappgsa@gmail.com2238-38752236-7527opendoar:2017-10-06T00:00Sociologia & Antropologia - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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