Um elefante numa loja de porcelanas: os “negócios do Brasil” nas Cortes vintistas e na imprensa portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira,João Pedro Rosa
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Topoi (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2022000300918
Resumo: RESUMO Este artigo tem por objeto os debates sobre a Independência do Brasil nas Cortes Constituintes de Lisboa em 1821-1822 e o seu tratamento na imprensa portuguesa da época e dos anos seguintes, analisando um conjunto de periódicos, tanto das diferentes tendências liberais como absolutistas e prestando atenção particular à abordagem do tema nos periódicos humorísticos. A saída da Corte portuguesa para o Brasil na sequência das invasões francesas, o fim do monopólio colonial com a abertura de portos brasileiros ao comércio internacional e a elevação ao estatuto de “Reino Unido” criaram as condições objetivas para a Independência do Brasil. A nova realidade foi percepcionada em Portugal como a transformação da metrópole na “colônia de uma colônia” e tornou-se um fator decisivo para a Revolução Liberal de 1820. As Cortes Constituintes tentaram reverter o irreversível processo de emancipação brasileiro e acabaram por contribuir para a Independência, quer pela forma politicamente desastrada como trataram os “negócios do Brasil”, quer pelo eco dessa estratégia junto da opinião pública através da imprensa, incluindo o recurso ao humor, particularmente ao sarcasmo, e até ao insulto, antes e depois da proclamação e do reconhecimento do novo império.
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