“Isso não é um livro de história”: Michel Foucault e a publicação de documentos de arquivos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Topoi (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2019000100229 |
Resumo: | RESUMO Entre 1973 e 1982, Michel Foucault dedicou-se à publicação de documentos de arquivo. Em 1973, publicou o memorial de Rivière; em 1977, os extratos do livro de um libertino inglês; em 1978, as lembranças de uma jovem hermafrodita; e em 1982 uma seleta de documentos judiciários. Dividido em duas partes, este artigo busca compreender o que esteve em jogo nesse gesto arquivístico-editorial. Na primeira parte, analisarei as relações existentes entre os textos que compõem esse corpus e como se inserem no quadro, então, de suas pesquisas. Depois, estudarei os deslocamentos existentes entre o projeto de publicação de uma coletânea de arquivos da infâmia e a publicação do livro com documentos da Bastilha. Na segunda parte, apresentarei duas hipóteses sobre os problemas ligados a esse projeto editorial: 1) Mostrarei que se tratava de um estudo das condições extraliterárias da constituição da literatura como saber; 2) Mostrarei como seu empenho em publicar documentos não pretendia apenas dar a palavra aos sem-história, mas assinalar que havia um pensamento em suas falas. Esse empenho chocava-se com um dos principais dogmas historiográficos contemporâneos. |
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“Isso não é um livro de história”: Michel Foucault e a publicação de documentos de arquivoshistoriografia francesateoria da históriaarquivologiabiblioteconomiasaberes literáriosRESUMO Entre 1973 e 1982, Michel Foucault dedicou-se à publicação de documentos de arquivo. Em 1973, publicou o memorial de Rivière; em 1977, os extratos do livro de um libertino inglês; em 1978, as lembranças de uma jovem hermafrodita; e em 1982 uma seleta de documentos judiciários. Dividido em duas partes, este artigo busca compreender o que esteve em jogo nesse gesto arquivístico-editorial. Na primeira parte, analisarei as relações existentes entre os textos que compõem esse corpus e como se inserem no quadro, então, de suas pesquisas. Depois, estudarei os deslocamentos existentes entre o projeto de publicação de uma coletânea de arquivos da infâmia e a publicação do livro com documentos da Bastilha. Na segunda parte, apresentarei duas hipóteses sobre os problemas ligados a esse projeto editorial: 1) Mostrarei que se tratava de um estudo das condições extraliterárias da constituição da literatura como saber; 2) Mostrarei como seu empenho em publicar documentos não pretendia apenas dar a palavra aos sem-história, mas assinalar que havia um pensamento em suas falas. Esse empenho chocava-se com um dos principais dogmas historiográficos contemporâneos.Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro2019-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2019000100229Topoi (Rio de Janeiro) v.20 n.40 2019reponame:Topoi (Rio de Janeiro. Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ10.1590/2237-101x020040011info:eu-repo/semantics/openAccessSalomon,Marlonpor2019-03-08T00:00:00Zoai:scielo:S2237-101X2019000100229Revistahttp://www.revistatopoi.org/topoi.htmPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptopoi@historia.ufrj.br2237-101X2237-101Xopendoar:2019-03-08T00:00Topoi (Rio de Janeiro. Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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