O Amazonas e o Prata na mitogeografia da América

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes,Plínio Freire
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Topoi (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2001000200041
Resumo: Vários rios americanos intrigaram navegadores e cosmógrafos. Tal reação lança luz sobre um estrato cultural profundo ligado à simbologia dos grandes mananciais. Já na antiguidade clássica e nos primórdios do cristianismo, os rios estavam associados a um duplo significado: ora como obstáculo (limite natural de uma identidade coletiva) e ora como atalho (signo da possibilidade de romper fronteiras e permutar espaços). Preocupação constante nas estratégias européias de penetração e controle do território, o Amazonas e o Prata deram vida a um notável complexo mitológico. Suas margens serviram para ordenar uma série de referências fabulosas, tais como tribos de gigantes e pigmeus, o reino das amazonas, as montanhas resplandecentes do Parima, a província de Omagua, o El Dorado. O papel deste imaginário fluvial foi dar consistência ao desconhecido, ajudando a tornar o Novo Mundo uma realidade mais coerente e compreensível.
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