Sobre a Familiar 1.7 de Francesco Petrarca e a polêmica contra os velhos dialéticos
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Topoi (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2015000200403 |
Resumo: | RESUMO A epístola 1.7 das Familiares de Petrarca, dedicada ao vitupério dos "mestres dialéticos", nos remete às batalhas travadas ao longo de toda a sua obra. Como é amplamente conhecido, a prosa latina é o campo preferido pelo poeta para expressar seus argumentos contra o saber nos moldes escolásticos conforme praticado nas grandes universidades da época, como a de Paris e a de Oxford. O texto encena o embate entre duas concepções antagônicas de filosofia; entre duas imagens inconciliáveis de sapientia em suas respectivas práticas discursivas: de um lado, como objeto de vitupério, surgem os "dialéticos" ou os magistri artium, providos de técnicas refinadas de argumentação silogística instrumentalizadas em disputationes sem fim, de outro lado, desponta o ethos do sábio que Petrarca forja para si como preceptor de costumes à maneira de Sêneca, emulando uma noção de filosofia de caráter essencialmente moral e prático, como terapia ética contra as paixões e como itinerário para a tranquilidade da alma e para a beatitude eterna. |
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Sobre a Familiar 1.7 de Francesco Petrarca e a polêmica contra os velhos dialéticosPetrarcaSênecaDialéticaArtes liberais.RESUMO A epístola 1.7 das Familiares de Petrarca, dedicada ao vitupério dos "mestres dialéticos", nos remete às batalhas travadas ao longo de toda a sua obra. Como é amplamente conhecido, a prosa latina é o campo preferido pelo poeta para expressar seus argumentos contra o saber nos moldes escolásticos conforme praticado nas grandes universidades da época, como a de Paris e a de Oxford. O texto encena o embate entre duas concepções antagônicas de filosofia; entre duas imagens inconciliáveis de sapientia em suas respectivas práticas discursivas: de um lado, como objeto de vitupério, surgem os "dialéticos" ou os magistri artium, providos de técnicas refinadas de argumentação silogística instrumentalizadas em disputationes sem fim, de outro lado, desponta o ethos do sábio que Petrarca forja para si como preceptor de costumes à maneira de Sêneca, emulando uma noção de filosofia de caráter essencialmente moral e prático, como terapia ética contra as paixões e como itinerário para a tranquilidade da alma e para a beatitude eterna.Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro2015-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2015000200403Topoi (Rio de Janeiro) v.16 n.31 2015reponame:Topoi (Rio de Janeiro. Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ10.1590/2237-101X016031002info:eu-repo/semantics/openAccessAraújo,Sergio Xavier Gomes deMorganti,Bianca Fanellipor2016-02-04T00:00:00Zoai:scielo:S2237-101X2015000200403Revistahttp://www.revistatopoi.org/topoi.htmPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptopoi@historia.ufrj.br2237-101X2237-101Xopendoar:2016-02-04T00:00Topoi (Rio de Janeiro. Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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