Infâncias patologizadas: um estudo epidemiológico sobre o fenômeno da medicalização infantil em Centros de Atenção Psicossocial de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freire, Bruna Myrla Ribeiro
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Dantas, Jurema Barros
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Desidades
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/desidades/article/view/43450
Resumo: Marcada por procedimentos diagnósticos, constantes atualizações de sintomatologia e avanços do uso da medicação como forma prevalente de intervenção terapêutica, a contemporaneidade tem sido palco de uma notória transformação no modo de compreender o sofrimento psíquico. O fenômeno da medicalização tem protagonizado uma mudança no modo de vivenciar as vicissitudes da vida, sendo a infância, questão atual deste estudo, também atravessada por essas questões. Objetiva-se compreender o fenômeno da medicalização da infância e seus possíveis processos de patologização de ser criança na atualidade, discutindo acerca da biologização de fenômenos sociais e da despotencialização do sofrimento enquanto experiência. Caracteriza-se como uma pesquisa descritiva quantitativa que contou com a análise de 205 prontuários de usuários dos Centros de Atenção Psicossocial da cidade de Fortaleza – CE, Brasil no ano de 2017. Enunciou-se a prevalência de práticas de cuidado voltadas aos aspectos nosológicos e às respostas medicamentosas em contextos de sofrimento psíquico infantil.
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