Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa Montana
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
DOI: | 10.11137/2018_2_85_94 |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/28223 |
Resumo: | Uma área de 180 ha na cabeceira da bacia hidrográfica do Paquequer, sistema de drenagem situado no município de Teresópolis, foi selecionada para avaliação do intemperismo químico a partir de amostras de água fluvial coletadas em fevereiro e agosto de 2013 em substrato granito-gnaissico e local livre de influência antrópica direta, por estar inserido no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. A área estudada possui cobertura de mata nativa, altitude variando de 1100 a 1900 m e precipitação média anual de 2800 mm. Os elementos dissolvidos (Na, Mg, Ca, K, Al, Si) foram determinados por espectrometrias atômicas com plasma indutivamente acoplado e os ânions Cl- e SO4 2-, por cromatografia iônica. Esses resultados, assim como os dados de concentração de compostos nitrogenados e fosfatados (Alvim, 2016), de deposição atmosférica local (Rodrigues, 2006) e de composição litogeoquímica (Zorita, 1979; Tupinambá, 1999; Tupinambá et al., 2012) foram usados para gerar o modelo de dissolução de minerais, empregando o software PHREEQC. O balanço de massa apontou o Na como principal espécie química produto de intemperismo. Os dados mineralógicos mostram plagioclásio, quartzo, k-feldspato e biotita como mais abundantes no substrato, dentre os quais, unicamente o plagioclásio possui sódio em sua composição. De acordo com a série de Goldich (estabilidade mineral ao intemperismo), o plagioclásio foi identificado como principal mineral intemperizado desta assembleia, sendo consumido em uma taxa de 649 mol ha-1 ano-1 formando os minerais caulinita e gibbsita, e contribuindo com a liberação de no mínimo 818 mol ha-1 ano-1 e no máximo 1490 mol ha-1 ano-1 de sílica dissolvida (valor medido). Considerando o plagioclásio como o principal mineral responsável pelo fluxo de Na, a partir de cálculos estequiométricos associados à proporção de Si, estimou-se que a partir do intemperismo apenas do mineral plagioclásio, o solo deveria ser composto por 14% de caulinita e 86% de gibbsita em percentual molar relativo às duas fases minerais, o que está de acordo com os valores determinados no solo por difração de raio X (7% caulinita e 93% gibbsita). |
id |
UFRJ-21_1aa335b16271fb41d0da059df5eb8e8a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.revistas.ufrj.br:article/28223 |
network_acronym_str |
UFRJ-21 |
network_name_str |
Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
spelling |
Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa MontanaHidrogeoquímica fluvial; Intemperismo químico; Caulinita; Gibbsita; Solos tropicaisUma área de 180 ha na cabeceira da bacia hidrográfica do Paquequer, sistema de drenagem situado no município de Teresópolis, foi selecionada para avaliação do intemperismo químico a partir de amostras de água fluvial coletadas em fevereiro e agosto de 2013 em substrato granito-gnaissico e local livre de influência antrópica direta, por estar inserido no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. A área estudada possui cobertura de mata nativa, altitude variando de 1100 a 1900 m e precipitação média anual de 2800 mm. Os elementos dissolvidos (Na, Mg, Ca, K, Al, Si) foram determinados por espectrometrias atômicas com plasma indutivamente acoplado e os ânions Cl- e SO4 2-, por cromatografia iônica. Esses resultados, assim como os dados de concentração de compostos nitrogenados e fosfatados (Alvim, 2016), de deposição atmosférica local (Rodrigues, 2006) e de composição litogeoquímica (Zorita, 1979; Tupinambá, 1999; Tupinambá et al., 2012) foram usados para gerar o modelo de dissolução de minerais, empregando o software PHREEQC. O balanço de massa apontou o Na como principal espécie química produto de intemperismo. Os dados mineralógicos mostram plagioclásio, quartzo, k-feldspato e biotita como mais abundantes no substrato, dentre os quais, unicamente o plagioclásio possui sódio em sua composição. De acordo com a série de Goldich (estabilidade mineral ao intemperismo), o plagioclásio foi identificado como principal mineral intemperizado desta assembleia, sendo consumido em uma taxa de 649 mol ha-1 ano-1 formando os minerais caulinita e gibbsita, e contribuindo com a liberação de no mínimo 818 mol ha-1 ano-1 e no máximo 1490 mol ha-1 ano-1 de sílica dissolvida (valor medido). Considerando o plagioclásio como o principal mineral responsável pelo fluxo de Na, a partir de cálculos estequiométricos associados à proporção de Si, estimou-se que a partir do intemperismo apenas do mineral plagioclásio, o solo deveria ser composto por 14% de caulinita e 86% de gibbsita em percentual molar relativo às duas fases minerais, o que está de acordo com os valores determinados no solo por difração de raio X (7% caulinita e 93% gibbsita).Universidade Federal do Rio de JaneiroCosta, Amanda Cristine Santos daSilveira, Carla SemiramisMello, William Zamboni deAlvim, Renata BarbosaPinto, Christiane Béatrice Duyck2019-09-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/2822310.11137/2018_2_85_94Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 2 (2018); 85-94Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 2 (2018); 85-941982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/28223/15448Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociênciashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-06T17:22:23Zoai:www.revistas.ufrj.br:article/28223Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/indexPUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/oaianuario@igeo.ufrj.br||1982-39080101-9759opendoar:2022-10-06T17:22:23Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa Montana |
title |
Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa Montana |
spellingShingle |
Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa Montana Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa Montana Costa, Amanda Cristine Santos da Hidrogeoquímica fluvial; Intemperismo químico; Caulinita; Gibbsita; Solos tropicais Costa, Amanda Cristine Santos da Hidrogeoquímica fluvial; Intemperismo químico; Caulinita; Gibbsita; Solos tropicais |
title_short |
Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa Montana |
title_full |
Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa Montana |
title_fullStr |
Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa Montana Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa Montana |
title_full_unstemmed |
Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa Montana Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa Montana |
title_sort |
Taxa de Dissolução do Plagioclásio em uma Bacia de Drenagem Granito-Gnáissica de uma Floresta Ombrófila Densa Montana |
author |
Costa, Amanda Cristine Santos da |
author_facet |
Costa, Amanda Cristine Santos da Costa, Amanda Cristine Santos da Silveira, Carla Semiramis Mello, William Zamboni de Alvim, Renata Barbosa Pinto, Christiane Béatrice Duyck Silveira, Carla Semiramis Mello, William Zamboni de Alvim, Renata Barbosa Pinto, Christiane Béatrice Duyck |
author_role |
author |
author2 |
Silveira, Carla Semiramis Mello, William Zamboni de Alvim, Renata Barbosa Pinto, Christiane Béatrice Duyck |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
|
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Costa, Amanda Cristine Santos da Silveira, Carla Semiramis Mello, William Zamboni de Alvim, Renata Barbosa Pinto, Christiane Béatrice Duyck |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Hidrogeoquímica fluvial; Intemperismo químico; Caulinita; Gibbsita; Solos tropicais |
topic |
Hidrogeoquímica fluvial; Intemperismo químico; Caulinita; Gibbsita; Solos tropicais |
description |
Uma área de 180 ha na cabeceira da bacia hidrográfica do Paquequer, sistema de drenagem situado no município de Teresópolis, foi selecionada para avaliação do intemperismo químico a partir de amostras de água fluvial coletadas em fevereiro e agosto de 2013 em substrato granito-gnaissico e local livre de influência antrópica direta, por estar inserido no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. A área estudada possui cobertura de mata nativa, altitude variando de 1100 a 1900 m e precipitação média anual de 2800 mm. Os elementos dissolvidos (Na, Mg, Ca, K, Al, Si) foram determinados por espectrometrias atômicas com plasma indutivamente acoplado e os ânions Cl- e SO4 2-, por cromatografia iônica. Esses resultados, assim como os dados de concentração de compostos nitrogenados e fosfatados (Alvim, 2016), de deposição atmosférica local (Rodrigues, 2006) e de composição litogeoquímica (Zorita, 1979; Tupinambá, 1999; Tupinambá et al., 2012) foram usados para gerar o modelo de dissolução de minerais, empregando o software PHREEQC. O balanço de massa apontou o Na como principal espécie química produto de intemperismo. Os dados mineralógicos mostram plagioclásio, quartzo, k-feldspato e biotita como mais abundantes no substrato, dentre os quais, unicamente o plagioclásio possui sódio em sua composição. De acordo com a série de Goldich (estabilidade mineral ao intemperismo), o plagioclásio foi identificado como principal mineral intemperizado desta assembleia, sendo consumido em uma taxa de 649 mol ha-1 ano-1 formando os minerais caulinita e gibbsita, e contribuindo com a liberação de no mínimo 818 mol ha-1 ano-1 e no máximo 1490 mol ha-1 ano-1 de sílica dissolvida (valor medido). Considerando o plagioclásio como o principal mineral responsável pelo fluxo de Na, a partir de cálculos estequiométricos associados à proporção de Si, estimou-se que a partir do intemperismo apenas do mineral plagioclásio, o solo deveria ser composto por 14% de caulinita e 86% de gibbsita em percentual molar relativo às duas fases minerais, o que está de acordo com os valores determinados no solo por difração de raio X (7% caulinita e 93% gibbsita). |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-09-09 |
dc.type.none.fl_str_mv |
|
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/28223 10.11137/2018_2_85_94 |
url |
https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/28223 |
identifier_str_mv |
10.11137/2018_2_85_94 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/28223/15448 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 2 (2018); 85-94 Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 2 (2018); 85-94 1982-3908 0101-9759 reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online) instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
collection |
Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
anuario@igeo.ufrj.br|| |
_version_ |
1822178672725983232 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.11137/2018_2_85_94 |