A Fauna da Formação Brejo Santo, Neojurássico da Bacia do Araripe, Brasil: Interpretações Paleoambientais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo, Bruno Gonçalves Vieira de
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Carvalho, Ismar Ismar de Souza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/27009
Resumo: A Bacia do Araripe teve sua origem e evolução relacionadas aos eventos tectônicos que culminaram com o rifteamento do Gondwana e abertura do oceano Atlântico Sul. Os depósitos do Neojurássico da bacia estão inseridos na Tectonossequência Pré-Rifte e compreendem a Formação Brejo Santo. Os macrofósseis e microfósseis incluem peixes Mawsonia gigas e Lepidotes sp., Crocodyliformes, Dinosauria, e invertebrados como ostracodes, conchostráceos, gastrópode, biválvio, além de icnofósseis. A associação fossilífera, aliada às observações sedimentológicas dos aloramentos, torna possível caracterizar o ambiente deposicional. O predomínio de camadas lutíticas vermelhas (red beds) evidencia a deposição em corpos d’água rasos, em condições oxidantes, de áreas alagadas da planície de inundação, em clima árido, associados a momentos esporádicos de inundação luvial. A ocorrência de níveis carbonáticos e a diversidade de ostracodes mixohalinos (citeráceos), sugerem que as áreas alagadas eram caracterizadas por águas salobras (salinidade entre 1 e 24,7 %), temperadas ou quentes e com pH alcalino. A ostracofauna permite concluir que os depósitos em análise pertencem ao andar local Dom João (Biozona NRT-001 da Petrobras) - Neojurássico.
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