Análise de Microbiofácies das Esteiras Microbianas da Lagoa Pitanguinha (Região dos Lagos, RJ, Brasil)
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Data de Publicação: | 2018 |
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Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/18244 |
Resumo: | O termo ‘microbiofácies' possui, mais comumente, uma conotação petrográfica sobre estudos faciológicos de rochas carbonáticas com grãos fósseis em microescala, para o que talvez fosse mais adequado o termo ‘biomicrofácies'; todavia esse termo é aqui empregado com uma conotação de biofácies de natureza microbianas. A ocorrência de microbialitos em diversas das lagoas (lagunas) fluminenses vem se revelando extremamente importante para o estudo de processos e fácies carbonáticas de origem microbiana, as quais ganharam evidência depois das descobertas de petróleo na “camada Présal”, dessa possível natureza. Dentre tais lagunas, a Lagoa Pitanguinha apresenta não só esteiras microbianas contendo partículas carbonáticas, aqui estudadas, mas também estromatólitos, trombólitos e oncoides. O estudo caracteriza esteiras microbianas (microbialitos) em termos biossedimentológicos, tanto morfologicamente, em campo, quanto em termos de suas texturas e microestruturas presentes, através de microscopia (microscópio petrográfico), com a finalidade de se estabelecer um esquema de classificação de microbiofácies. A Lagoa Pitanguinha formou-se durante o Holoceno, como resultado de uma regressão marinha, que a isolou do mar por um conjunto de cordões praiais estreito, tendo ela desenvolvido condições de hipersalinidade em suas águas devido a condições de aridez local e influxo da cunha salina marinha. Nesse contexto, identificaram-se quatro microbiofácies (MBF-C, Coloforme; MBF-Po, Poligonal; MBF-Pu, Pustular; MBF-O e Oncoidal) em observações de campo em janeiro de 2014, sob condições de nível alto da laguna (ano chuvoso), porém hipersalino, e em janeiro de 2015, sob condições de grande aridez e maior hipersalinidade. As microbiofácies mostram-se controladas peculiarmente pelo aumento da hipersalinidade, à medida em que o nível d'água rebaixa, expondo progressivamente as suas margens, durante o período de forte estiagem. Aponta-se a desidratação da esteira em ambiente subaquoso que se hipersaliniza como mecanismo precursor de fendilhamentos (gretas de sinérese) observados, que se ampliam ou remodelam quando da eventual exposição e desidratação subaérea |
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Análise de Microbiofácies das Esteiras Microbianas da Lagoa Pitanguinha (Região dos Lagos, RJ, Brasil)Microbialito; Esteira Microbiana; Estromatólito; Lagoa PitanguinhaO termo ‘microbiofácies' possui, mais comumente, uma conotação petrográfica sobre estudos faciológicos de rochas carbonáticas com grãos fósseis em microescala, para o que talvez fosse mais adequado o termo ‘biomicrofácies'; todavia esse termo é aqui empregado com uma conotação de biofácies de natureza microbianas. A ocorrência de microbialitos em diversas das lagoas (lagunas) fluminenses vem se revelando extremamente importante para o estudo de processos e fácies carbonáticas de origem microbiana, as quais ganharam evidência depois das descobertas de petróleo na “camada Présal”, dessa possível natureza. Dentre tais lagunas, a Lagoa Pitanguinha apresenta não só esteiras microbianas contendo partículas carbonáticas, aqui estudadas, mas também estromatólitos, trombólitos e oncoides. O estudo caracteriza esteiras microbianas (microbialitos) em termos biossedimentológicos, tanto morfologicamente, em campo, quanto em termos de suas texturas e microestruturas presentes, através de microscopia (microscópio petrográfico), com a finalidade de se estabelecer um esquema de classificação de microbiofácies. A Lagoa Pitanguinha formou-se durante o Holoceno, como resultado de uma regressão marinha, que a isolou do mar por um conjunto de cordões praiais estreito, tendo ela desenvolvido condições de hipersalinidade em suas águas devido a condições de aridez local e influxo da cunha salina marinha. Nesse contexto, identificaram-se quatro microbiofácies (MBF-C, Coloforme; MBF-Po, Poligonal; MBF-Pu, Pustular; MBF-O e Oncoidal) em observações de campo em janeiro de 2014, sob condições de nível alto da laguna (ano chuvoso), porém hipersalino, e em janeiro de 2015, sob condições de grande aridez e maior hipersalinidade. As microbiofácies mostram-se controladas peculiarmente pelo aumento da hipersalinidade, à medida em que o nível d'água rebaixa, expondo progressivamente as suas margens, durante o período de forte estiagem. Aponta-se a desidratação da esteira em ambiente subaquoso que se hipersaliniza como mecanismo precursor de fendilhamentos (gretas de sinérese) observados, que se ampliam ou remodelam quando da eventual exposição e desidratação subaéreaUniversidade Federal do Rio de JaneiroC--PIBIC/PR2-UFRJUFRJLagesed -- Laboratório de Geologia SedimentarRocha, LucasBorghi, Leonardo2018-07-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/1824410.11137/2017_1_191_205Anuário do Instituto de Geociências; Vol 40, No 1 (2017); 191-205Anuário do Instituto de Geociências; Vol 40, No 1 (2017); 191-2051982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/18244/10916/*ref*/Alves, S.A.P.M. 2007. 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O termo ‘microbiofácies' possui, mais comumente, uma conotação petrográfica sobre estudos faciológicos de rochas carbonáticas com grãos fósseis em microescala, para o que talvez fosse mais adequado o termo ‘biomicrofácies'; todavia esse termo é aqui empregado com uma conotação de biofácies de natureza microbianas. A ocorrência de microbialitos em diversas das lagoas (lagunas) fluminenses vem se revelando extremamente importante para o estudo de processos e fácies carbonáticas de origem microbiana, as quais ganharam evidência depois das descobertas de petróleo na “camada Présal”, dessa possível natureza. Dentre tais lagunas, a Lagoa Pitanguinha apresenta não só esteiras microbianas contendo partículas carbonáticas, aqui estudadas, mas também estromatólitos, trombólitos e oncoides. O estudo caracteriza esteiras microbianas (microbialitos) em termos biossedimentológicos, tanto morfologicamente, em campo, quanto em termos de suas texturas e microestruturas presentes, através de microscopia (microscópio petrográfico), com a finalidade de se estabelecer um esquema de classificação de microbiofácies. A Lagoa Pitanguinha formou-se durante o Holoceno, como resultado de uma regressão marinha, que a isolou do mar por um conjunto de cordões praiais estreito, tendo ela desenvolvido condições de hipersalinidade em suas águas devido a condições de aridez local e influxo da cunha salina marinha. Nesse contexto, identificaram-se quatro microbiofácies (MBF-C, Coloforme; MBF-Po, Poligonal; MBF-Pu, Pustular; MBF-O e Oncoidal) em observações de campo em janeiro de 2014, sob condições de nível alto da laguna (ano chuvoso), porém hipersalino, e em janeiro de 2015, sob condições de grande aridez e maior hipersalinidade. As microbiofácies mostram-se controladas peculiarmente pelo aumento da hipersalinidade, à medida em que o nível d'água rebaixa, expondo progressivamente as suas margens, durante o período de forte estiagem. Aponta-se a desidratação da esteira em ambiente subaquoso que se hipersaliniza como mecanismo precursor de fendilhamentos (gretas de sinérese) observados, que se ampliam ou remodelam quando da eventual exposição e desidratação subaérea |
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