Diretrizes para Aquisição e Processamento de Dados Geofísicos Magnetotelúricos: O Caso do Fragmento Cratônico São Luís/Ma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Uchoa, Elenilton Bezerra
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Magini, Christiano, Castelo Branco, Raimundo Mariano Gomes, Vieira Silva, Nilton Cesar, Silva, Fabiano Mota da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/41469
Resumo: A partir da década de 1950 o método magnetotelúrico (MT) tem sido amplamente utilizado em prospecções minerais e petrolíferas (bacias sedimentares), regiões cratônicas e reconhecimento de descontinuidades geológicas de porte crustal. O método geofísico MT consiste em uma técnica passiva que visa investigar as características geoelétricas do subsolo através da interação entre as correntes telúricas e os materiais de subsuperfície. O objetivo do trabalho é exibir um guia de uma campanha MT através da aquisição de 15 estações MT em uma área que abrange o fragmento cratônico São Luís/MA com o intuito da divulgação científica e formação de equipes especializadas. O método de trabalho engloba as seguintes etapas com base nos princípios do método MT: instrumentação MT, coleta do dado, processamento dos dados e produtos de saída (modelo geofísico e psedoseções). Foram adquiridas 15 estações MT com uma equidistância de 12 km e um comprimento de perfil NNW-SSE de 180 km. Todas as frequências de cada sondagem MT foram submetidas ao filtro Notch FIR para subtração da contribuição da rede elétrica. Os 15 tensores de impedâncias calculados são visualizados em resistividade aparente (ρ) e fase (Ф). Os valores de resistividade tiveram uma variação de 0,027 (MT-08) a 10.530 (MT-12) ohm-m. Para um prognóstico das características geoelétricas de subsuperfície foram gerados três produtos de saída: modelo geofísico inicial, pseudoseções modo TE e TM. O presente trabalho apresenta um guia elucidativo para aquisição de dados geofísicos magnetotelúricos no nordeste do Brasil, com o propósito de contribuir com a formação de novas equipes em levantamentos MT servindo como referência para estudantes e/ou profissionais das geociências na iniciação ao método MT.
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O método de trabalho engloba as seguintes etapas com base nos princípios do método MT: instrumentação MT, coleta do dado, processamento dos dados e produtos de saída (modelo geofísico e psedoseções). Foram adquiridas 15 estações MT com uma equidistância de 12 km e um comprimento de perfil NNW-SSE de 180 km. Todas as frequências de cada sondagem MT foram submetidas ao filtro Notch FIR para subtração da contribuição da rede elétrica. Os 15 tensores de impedâncias calculados são visualizados em resistividade aparente (ρ) e fase (Ф). Os valores de resistividade tiveram uma variação de 0,027 (MT-08) a 10.530 (MT-12) ohm-m. Para um prognóstico das características geoelétricas de subsuperfície foram gerados três produtos de saída: modelo geofísico inicial, pseudoseções modo TE e TM. O presente trabalho apresenta um guia elucidativo para aquisição de dados geofísicos magnetotelúricos no nordeste do Brasil, com o propósito de contribuir com a formação de novas equipes em levantamentos MT servindo como referência para estudantes e/ou profissionais das geociências na iniciação ao método MT.Universidade Federal do Rio de JaneiroCAPES, INCTUchoa, Elenilton BezerraMagini, ChristianoCastelo Branco, Raimundo Mariano GomesVieira Silva, Nilton CesarSilva, Fabiano Mota da2021-02-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/4146910.11137/1982-3908_2021_44_41469Anuário do Instituto de Geociências; Vol 44 (2021)Anuário do Instituto de Geociências; Vol 44 (2021)1982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/41469/pdf/*ref*/Borah, U.K.; Prasanta, K.P. & Vaddeboina, S. 2015. 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