A Influência dos Processos de Fundo sobre um Registro Fóssil de Cocolitoforídeos na Bacia de Pelotas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Juliana de Freitas
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Leonhardt, Adriana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/36784
Resumo: Baseado no registro de cocolitoforídeos do testemunho sedimentar SIS 188, recuperado do talude da Bacia de Pelotas, este trabalho buscou esclarecer a relação entre a deposição de carbonato e da matéria orgânica com a produtividade primária, assim como identificar os processos oceanográficos que a regula ao longo dos eventos climáticos marcantes do Quaternário tardio. O testemunho analisado contém os Estágios Isotópicos Marinhos 1, 2 e 3. As espécies Florisphaera profunda, habitante da zona fótica inferior, Emiliania huxleyi e Gephyrocapsa spp. dominam a associação ao longo de todo o intervalo. As ocorrências secundárias de Calcidiscus leptoporus e Helicosphaera spp. (as quais possuem afinidade com condições de ressurgência) e Umbilicosphaera spp. (que apresenta preferência por ambientes oligotróficos e coluna d´água estratificada) auxiliaram na interpretação da produtividade. Os cocolitoforídeos contribuíram para a transferência de carbonato e matéria orgânica para o fundo oceânico. Entretanto, especialmente durante o EIM 3, a deposição de carbono orgânico parece ser controlada principalmente pelas propriedades químicas das massas d’água de fundo. Durante o EIM 3, a associação de cocólitos também é influenciada pela velocidade da corrente de fundo, que os transporta juntamente com os sedimentos. As condições de fundo mudam durante o EIM 2, permitindo o acúmulo de cocólitos, CaCO3 e COT. No EIM 1, especialmente no Holoceno, todos os proxies apontam para um intervalo de maior produtividade.
id UFRJ-21_79de0f5b43df1a2c38db89f9f1e437cf
oai_identifier_str oai:www.revistas.ufrj.br:article/36784
network_acronym_str UFRJ-21
network_name_str Anuário do Instituto de Geociências (Online)
repository_id_str
spelling A Influência dos Processos de Fundo sobre um Registro Fóssil de Cocolitoforídeos na Bacia de PelotasPaleoceanografia; Geociências; Oceanografia GeológicaBaseado no registro de cocolitoforídeos do testemunho sedimentar SIS 188, recuperado do talude da Bacia de Pelotas, este trabalho buscou esclarecer a relação entre a deposição de carbonato e da matéria orgânica com a produtividade primária, assim como identificar os processos oceanográficos que a regula ao longo dos eventos climáticos marcantes do Quaternário tardio. O testemunho analisado contém os Estágios Isotópicos Marinhos 1, 2 e 3. As espécies Florisphaera profunda, habitante da zona fótica inferior, Emiliania huxleyi e Gephyrocapsa spp. dominam a associação ao longo de todo o intervalo. As ocorrências secundárias de Calcidiscus leptoporus e Helicosphaera spp. (as quais possuem afinidade com condições de ressurgência) e Umbilicosphaera spp. (que apresenta preferência por ambientes oligotróficos e coluna d´água estratificada) auxiliaram na interpretação da produtividade. Os cocolitoforídeos contribuíram para a transferência de carbonato e matéria orgânica para o fundo oceânico. Entretanto, especialmente durante o EIM 3, a deposição de carbono orgânico parece ser controlada principalmente pelas propriedades químicas das massas d’água de fundo. Durante o EIM 3, a associação de cocólitos também é influenciada pela velocidade da corrente de fundo, que os transporta juntamente com os sedimentos. As condições de fundo mudam durante o EIM 2, permitindo o acúmulo de cocólitos, CaCO3 e COT. No EIM 1, especialmente no Holoceno, todos os proxies apontam para um intervalo de maior produtividade.Universidade Federal do Rio de JaneiroCAPES, Universidade Federal do Rio GrandeGonçalves, Juliana de FreitasLeonhardt, Adriana2021-05-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/3678410.11137/1982-3908_2021_44_36784Anuário do Instituto de Geociências; Vol 44 (2021)Anuário do Instituto de Geociências; Vol 44 (2021)1982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/36784/pdf/*ref*/Adkins, J.F. 2013. The role of deep ocean circulation in setting glacial climates. Paleoceanography, 28:539–561. doi: 10.1002/palo.20046. Anderson, R.F.; Ali, S.; Bradtmiller, L.I.; Nielsen, S.H.H.; Fleisher, M.Q.; Anderson, B.E. & Burckle, L.H. 2009. Wind-Driven upwelling in theRise in Atmospheric CO2. Science, 323:1443–1448. doi: 10.1126/science.1167441. Antunes, R.L. 2007. Nanofósseis Calcários do Quaternario da Margem Continental Brasileira. Série Ciência Técnica Petróleo, 21: 76p. Baumann, K.H.; Saavedra-Pellitero; M.; Böckel, B. & Ott, C. 2016. Morphométrie, biogéographie et écologie des genres Calcidiscus et Umbilicosphaera dans l’Atlantique Sud. Revue de Micropaleontologie, 59: 239–251. doi: 10.1016/j.revmic.2016.03.001. Bigg, G.R. 2003. The oceans and climate. 2ª ed. Cambridge University Press, New York, 273p. Billard, C. & Inouye, I. 2004. What is nem in coccolithophore biology? In: THIERSTEIN, H.R. & YOUNG, J.R. (Eds.). Coccolithophores. From molecular processes to global impact. Berlim, Springer, p.1-29. Boeckel, B. & Baumann, K. 2006. Coccolith distribution patterns in South Atlantic and Southern Ocean surface sediments in relation to environmental gradients, Deep-Sea Research I, 53:1073–1099. doi: 10.1016/j.dsr.2005.11.006. Bohm, E.; Lippold, J.; Gutjahr, M.; Frank, M.; Blaser, P.; Antz, B., Fohlmeister J.; Frank, N.; Andersen, M.B. & Deininger, M. 2015. Strong and deep Atlantic meridional overturning circulation during the last glacial cycle. Nature, 517:73–76. doi: 10.1038/nature14059. Bréhéret, J.G. 1978. Formes nouvelles quaternaries et actualles de la famille des Gephyrocapsaceae (Cocolithophorides). Comptes Rendus Hebdomadaires des Séances de l'Académie des Sciences, Paris, Série D - Sciences Naturelles, 287: 447-449. Curry, W.B. & Oppo, D.W. 2005. Glacial water mass geometry and the distribution of δ 13 C of ƩCO 2 in the western Atlantic Ocean. Paleoceanography, 20:1–13. doi: 10.1029/2004PA001021. Flores, J.A.; Bárcena, M.A. & Sierro, F.J. 2000. Ocean-surface and wind dynamics in the Atlantic Ocean off Northwest Africa during the last 140 000 years. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, 161:459–478. doi: 10.1016/S0031-0182(00)00099-7. Flores, J.A.; Marino, M.; Sierro, F.J.; Hodell, D.A. & Charles, C.D. 2003. Calcareous plankton dissolution pattern and coccolithophore assemblages during the last 600 kyr at ODP Site 1089 (Cape Basin, South Atlantic): Paleoceanographic implications. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, 196:409–426. doi: 10.1016/S0031-0182(03)00467-X. Gonçalves, J.F. & Leonhardt, A. 2016. Contribuição dos cocolitoforídeos para o aporte de carbonato de cálcio durante o Último Máximo Glacial na Margem Continental Sul Brasileira. Quaternary and Environmental Geosciences, 07(1-2):1–5. doi: 10.5380/abequa.v7i1-2.45705. Hay, W.W; Mohler, H.P; Roth, P.H.; Schmidt, R.R. & Boudreaux, J.E. 1967. Calcareous nannoplankton zonation of the Cenozoic of the Gulf Coast and Caribbean-Antillean area, and transoceanic correlation. Transactions of the Gulf-Coast Association of Geological Societies, 17: 428-480. Hernández-Almeida, I.; Ausín, B.; Saavedra-Pellitero M.; Baumann, K.H. & Stoll, H.M. 2019. Quantitative reconstruction of primary productivity in low latitudes during the last glacial maximum and the mid-to-late Holocene from a global Florisphaera profunda calibration dataset. Quaternary Science Reviews, 205:166–181. doi: 10.1016/j.quascirev.2018.12.016. Hernández-Molina, F.J.; Soto, M.; Piola, A.R.; Tomasini, J.; Preu, B.; Thompson, P.; Badalini, G.; Creaser, A.; Violante, R.A.; Morales, E.; Paterlini, M. & De Santa Ana, H. 2016. A contourite depositional system along the Uruguayan continental margin: Sedimentary, oceanographic and paleoceanographic implications. Marine Geology, 378: 333–349. doi: 10.1016/j.margeo.2015.10.008. Horiba Instruments. 2016. A guidebook to particle size analysis. Horiba Scientific, 31 p. IBGE. 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em <https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases-cartograficas/malhas-digitais>. Acesso em 20 jul. 2020 e 25 ago. 2020. Kamptner, E. 1954. Untersuchungen über den Feinbau der Coccolithen. Archiv für Protistenkunde, 100: 1-90. Koch, C. & Young, J.R. 2007. A simple weighing and dilution technique for determining absolute abundances of coccoliths from sediment samples. Journal of Nannoplankton Research, 29: 67–69. Lisiecki, L.E. & Stern, J.V. 2016. Glacial Cycle. Paleoceanography, 31:1368–1394. doi: 10.1002/2016PA003002. Loeblich, A.R. & Tappan, H. 1978. The coccolithophorid genus Calcidiscus Kamptner and its synonyms. Journal of Paleontology, 52: 1390-1392. Lohmann, H. 1902. Die Coccolithophoridae, eine Monographie der Coccolithen bildenden Flagellaten, zugleich ein Beitrag zur Kenntnis des Mittelmeerauftriebs. Archiv für Protistenkunde, 1: 89-165. Loubere, P; Sidlecki, S.A. & Bradtmiller, L.I. 2007. Organic carbon and carbonate fluxes: link to climate change. Deep Sea Research Part II: Topical Studies in Oceanography, 54: 437-446. Mahiques, M.M.; Sousa, S.H.M.; Burone, L.; Nagai, R.H.; Silveira, I.C.A.; Figueira, R.C.L.; Soutelino, R.G.; Ponsoni, L. & Klein, D.A. 2011. Radiocarbon geochronology of the sediments of the São Paulo Bight (southern Brazilian upper margin). Anais da Academia Brasileira de Ciências, 83:817–834. doi: 10.1590/S0001-37652011005000028. Melguen, M. & Thiede, J. 1974. Facies distribution and dissolution depths of surface sediment components from the Vema Channel and the Rio Grande Rise (Southwest Atlantic Ocean). Marine Geology, 17: 341-353. Molfino, B. & Mcintyre, A. 1990. Precessional forcing of nutricline dynamics in the equatorial Atlantic. Science, 249:766–769. doi: 10.1126/science.249.4970.766. Mollenhauer, G.; Schneider, R.R.; Jennerjahn, T.; Müller, P.J. & Wefer, G. 2004. Organic carbon accumulation in the South Atlantic Ocean: Its modern, mid-Holocene and last glacial distribution. Global and Planetary Change, 40:249–266. doi: 10.1016/j.gloplacha.2003.08.002. Mollenhauer, G.; Schneider, R.R.; Müller, P.J.; Spieß, V. & Wefer, G. 2002. Glacial/interglacial variablity in the Benguela upwelling system: Spatial distribution and budgets of organic carbon accumulation. Global Biogeochemical Cycles, 16: 81-1-81–15. doi: 10.1029/2001gb001488. Molnia, B.F. 1974. A Rapid And Accurate Method For The Analysis Of Calcium Carbonate In Small Samples. Journal of Sedimentary Petrology, 44(2):589–590. Murray, G. & Blackman, V.H. 1898. On the nature of the Coccospheres and Rhabdospheres. Philosophical Transactions of the Royal Society of London B: Biological Sciences, 190(1): 427-441. Okada, H. & Honjo, S.1973. The distribution of oceanic coccolithophores in the Pacific. Deep Sea Research, 20: 355-374. Paillard, D.; Labeyrie, L. & Yiou, P. 1996. Macintosh program performs time-series analysis. EOS, Transactions American Geophysical Union, 77: 379. Pereira, L.S.; Arz, H.W.; Pätzold, J. & Portilho-Ramos, R.C. 2018. Productivity Evolution in the South Brazilian Bight During the Last 40,000 Years. Paleoceanography and Paleoclimatology, 33:1339–1356. doi: 10.1029/2018PA003406. Peterson, R.R. & Stramma, L. 1991. Upper-level circulation in the South Atlantic Ocean. Progrees in Oceanography, 26: 1–73. Petró, S.M.; Pivel, M.A.G. & Coimbra, J.C. 2016. Implicações da dissolução de carbonato de cálcio pelágico em reconstruções paleoceanográficas do Quaternário. Quaternary and Environmental Geosciences, 7:14-25. Pillar, V.D. 1997. Multivariate exploratory analysis and randomization testing with MULTIV. Coenoses, 12: 145-148. Ravelo, A.C. & Fairbanks, R.G. 1992. Oxygen Isotopic Composition of multiples species of planktonic foraminifera: records of the modern photic zone temperature gradient. Paleoceanography, 7(6): 815–831. Reimer, P.J; Bard, E.; Bayliss, A.; Beck, J.W.; Blackwell, P.G.; Ramsey, C.B.; Buck, C.E.; Cheng, H.; Edwards, R.L.; Friedrich, M.; Grootes, P.M.; Guilderson, T.P.; Haflidason, H.; Hajdas, I.; Hatté, C.; Heaton, T.J.; Hogg, A.G.; Hughen, K.A.; Kaiser, K.F.; Kromer, B.; Manning, S.W.; Niu, M.; Reimer, R.W.; Richards, D.A.; Scott, E.M.; Southon, J.R.; Turney, C.S.M. & Van der Plicht, J. 2013. IntCal13 and MARINE13 radiocarbon age calibration curves 0-50000 years calBP. Radiocarbon, 55: 1869–1887. doi: 10.2458/azu_js_rc.55.16947. Schmid, C.; Siedler, G. & Zenk, W. 2000. Dynamics of intermediate water circulation in the subtropical South Atlantic. Journal of Physical Oceanography, 30: 3191–3211. doi:10.1175/1520-0485(2000)030<3191:DOIWCI>2.0.CO;2. Silveira, I.C.A.; Scmidt, A.C.K.; Campos, E.J.D.; Godoi, S.S. & Ikeda, Y. 2000. A Corrente do Brasil ao largo da Costa Leste Brasileira. Revista Brasileira de Oceanografia, 48(2): 171-183. Stuiver, M. & Reimer, P.J. 1993. Extended 14C data base and revised Calib 3.0 14C age calibration program. Radiocarbon, 35: 215-230. Van Andel, T.H.; Thiede, J.; Sclater, J.G. & Hay, W.W. 1977. Depositional history of the South Atlantic Ocean during the last 125 million years. The Journal of geology, 85(6): 651-698. Young, J.R.; Bown P.R. & Lees J.A. 2020. Nannotax3 website. International Nannoplankton Association. Disponível em: <http://www.mikrotax.org/Nannotax3>. Acesso em 19 ago. 2020.Copyright (c) 2021 Anuário do Instituto de Geociênciashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2021-05-17T20:24:58Zoai:www.revistas.ufrj.br:article/36784Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/indexPUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/oaianuario@igeo.ufrj.br||1982-39080101-9759opendoar:2021-05-17T20:24:58Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.none.fl_str_mv A Influência dos Processos de Fundo sobre um Registro Fóssil de Cocolitoforídeos na Bacia de Pelotas
title A Influência dos Processos de Fundo sobre um Registro Fóssil de Cocolitoforídeos na Bacia de Pelotas
spellingShingle A Influência dos Processos de Fundo sobre um Registro Fóssil de Cocolitoforídeos na Bacia de Pelotas
Gonçalves, Juliana de Freitas
Paleoceanografia; Geociências; Oceanografia Geológica
title_short A Influência dos Processos de Fundo sobre um Registro Fóssil de Cocolitoforídeos na Bacia de Pelotas
title_full A Influência dos Processos de Fundo sobre um Registro Fóssil de Cocolitoforídeos na Bacia de Pelotas
title_fullStr A Influência dos Processos de Fundo sobre um Registro Fóssil de Cocolitoforídeos na Bacia de Pelotas
title_full_unstemmed A Influência dos Processos de Fundo sobre um Registro Fóssil de Cocolitoforídeos na Bacia de Pelotas
title_sort A Influência dos Processos de Fundo sobre um Registro Fóssil de Cocolitoforídeos na Bacia de Pelotas
author Gonçalves, Juliana de Freitas
author_facet Gonçalves, Juliana de Freitas
Leonhardt, Adriana
author_role author
author2 Leonhardt, Adriana
author2_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv CAPES, Universidade Federal do Rio Grande
dc.contributor.author.fl_str_mv Gonçalves, Juliana de Freitas
Leonhardt, Adriana
dc.subject.por.fl_str_mv Paleoceanografia; Geociências; Oceanografia Geológica
topic Paleoceanografia; Geociências; Oceanografia Geológica
description Baseado no registro de cocolitoforídeos do testemunho sedimentar SIS 188, recuperado do talude da Bacia de Pelotas, este trabalho buscou esclarecer a relação entre a deposição de carbonato e da matéria orgânica com a produtividade primária, assim como identificar os processos oceanográficos que a regula ao longo dos eventos climáticos marcantes do Quaternário tardio. O testemunho analisado contém os Estágios Isotópicos Marinhos 1, 2 e 3. As espécies Florisphaera profunda, habitante da zona fótica inferior, Emiliania huxleyi e Gephyrocapsa spp. dominam a associação ao longo de todo o intervalo. As ocorrências secundárias de Calcidiscus leptoporus e Helicosphaera spp. (as quais possuem afinidade com condições de ressurgência) e Umbilicosphaera spp. (que apresenta preferência por ambientes oligotróficos e coluna d´água estratificada) auxiliaram na interpretação da produtividade. Os cocolitoforídeos contribuíram para a transferência de carbonato e matéria orgânica para o fundo oceânico. Entretanto, especialmente durante o EIM 3, a deposição de carbono orgânico parece ser controlada principalmente pelas propriedades químicas das massas d’água de fundo. Durante o EIM 3, a associação de cocólitos também é influenciada pela velocidade da corrente de fundo, que os transporta juntamente com os sedimentos. As condições de fundo mudam durante o EIM 2, permitindo o acúmulo de cocólitos, CaCO3 e COT. No EIM 1, especialmente no Holoceno, todos os proxies apontam para um intervalo de maior produtividade.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-05-13
dc.type.none.fl_str_mv

dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/36784
10.11137/1982-3908_2021_44_36784
url https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/36784
identifier_str_mv 10.11137/1982-3908_2021_44_36784
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/36784/pdf
/*ref*/Adkins, J.F. 2013. The role of deep ocean circulation in setting glacial climates. Paleoceanography, 28:539–561. doi: 10.1002/palo.20046. Anderson, R.F.; Ali, S.; Bradtmiller, L.I.; Nielsen, S.H.H.; Fleisher, M.Q.; Anderson, B.E. & Burckle, L.H. 2009. Wind-Driven upwelling in theRise in Atmospheric CO2. Science, 323:1443–1448. doi: 10.1126/science.1167441. Antunes, R.L. 2007. Nanofósseis Calcários do Quaternario da Margem Continental Brasileira. Série Ciência Técnica Petróleo, 21: 76p. Baumann, K.H.; Saavedra-Pellitero; M.; Böckel, B. & Ott, C. 2016. Morphométrie, biogéographie et écologie des genres Calcidiscus et Umbilicosphaera dans l’Atlantique Sud. Revue de Micropaleontologie, 59: 239–251. doi: 10.1016/j.revmic.2016.03.001. Bigg, G.R. 2003. The oceans and climate. 2ª ed. Cambridge University Press, New York, 273p. Billard, C. & Inouye, I. 2004. What is nem in coccolithophore biology? In: THIERSTEIN, H.R. & YOUNG, J.R. (Eds.). Coccolithophores. From molecular processes to global impact. Berlim, Springer, p.1-29. Boeckel, B. & Baumann, K. 2006. Coccolith distribution patterns in South Atlantic and Southern Ocean surface sediments in relation to environmental gradients, Deep-Sea Research I, 53:1073–1099. doi: 10.1016/j.dsr.2005.11.006. Bohm, E.; Lippold, J.; Gutjahr, M.; Frank, M.; Blaser, P.; Antz, B., Fohlmeister J.; Frank, N.; Andersen, M.B. & Deininger, M. 2015. Strong and deep Atlantic meridional overturning circulation during the last glacial cycle. Nature, 517:73–76. doi: 10.1038/nature14059. Bréhéret, J.G. 1978. Formes nouvelles quaternaries et actualles de la famille des Gephyrocapsaceae (Cocolithophorides). Comptes Rendus Hebdomadaires des Séances de l'Académie des Sciences, Paris, Série D - Sciences Naturelles, 287: 447-449. Curry, W.B. & Oppo, D.W. 2005. Glacial water mass geometry and the distribution of δ 13 C of ƩCO 2 in the western Atlantic Ocean. Paleoceanography, 20:1–13. doi: 10.1029/2004PA001021. Flores, J.A.; Bárcena, M.A. & Sierro, F.J. 2000. Ocean-surface and wind dynamics in the Atlantic Ocean off Northwest Africa during the last 140 000 years. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, 161:459–478. doi: 10.1016/S0031-0182(00)00099-7. Flores, J.A.; Marino, M.; Sierro, F.J.; Hodell, D.A. & Charles, C.D. 2003. Calcareous plankton dissolution pattern and coccolithophore assemblages during the last 600 kyr at ODP Site 1089 (Cape Basin, South Atlantic): Paleoceanographic implications. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, 196:409–426. doi: 10.1016/S0031-0182(03)00467-X. Gonçalves, J.F. & Leonhardt, A. 2016. Contribuição dos cocolitoforídeos para o aporte de carbonato de cálcio durante o Último Máximo Glacial na Margem Continental Sul Brasileira. Quaternary and Environmental Geosciences, 07(1-2):1–5. doi: 10.5380/abequa.v7i1-2.45705. Hay, W.W; Mohler, H.P; Roth, P.H.; Schmidt, R.R. & Boudreaux, J.E. 1967. Calcareous nannoplankton zonation of the Cenozoic of the Gulf Coast and Caribbean-Antillean area, and transoceanic correlation. Transactions of the Gulf-Coast Association of Geological Societies, 17: 428-480. Hernández-Almeida, I.; Ausín, B.; Saavedra-Pellitero M.; Baumann, K.H. & Stoll, H.M. 2019. Quantitative reconstruction of primary productivity in low latitudes during the last glacial maximum and the mid-to-late Holocene from a global Florisphaera profunda calibration dataset. Quaternary Science Reviews, 205:166–181. doi: 10.1016/j.quascirev.2018.12.016. Hernández-Molina, F.J.; Soto, M.; Piola, A.R.; Tomasini, J.; Preu, B.; Thompson, P.; Badalini, G.; Creaser, A.; Violante, R.A.; Morales, E.; Paterlini, M. & De Santa Ana, H. 2016. A contourite depositional system along the Uruguayan continental margin: Sedimentary, oceanographic and paleoceanographic implications. Marine Geology, 378: 333–349. doi: 10.1016/j.margeo.2015.10.008. Horiba Instruments. 2016. A guidebook to particle size analysis. Horiba Scientific, 31 p. IBGE. 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em <https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases-cartograficas/malhas-digitais>. Acesso em 20 jul. 2020 e 25 ago. 2020. Kamptner, E. 1954. Untersuchungen über den Feinbau der Coccolithen. Archiv für Protistenkunde, 100: 1-90. Koch, C. & Young, J.R. 2007. A simple weighing and dilution technique for determining absolute abundances of coccoliths from sediment samples. Journal of Nannoplankton Research, 29: 67–69. Lisiecki, L.E. & Stern, J.V. 2016. Glacial Cycle. Paleoceanography, 31:1368–1394. doi: 10.1002/2016PA003002. Loeblich, A.R. & Tappan, H. 1978. The coccolithophorid genus Calcidiscus Kamptner and its synonyms. Journal of Paleontology, 52: 1390-1392. Lohmann, H. 1902. Die Coccolithophoridae, eine Monographie der Coccolithen bildenden Flagellaten, zugleich ein Beitrag zur Kenntnis des Mittelmeerauftriebs. Archiv für Protistenkunde, 1: 89-165. Loubere, P; Sidlecki, S.A. & Bradtmiller, L.I. 2007. Organic carbon and carbonate fluxes: link to climate change. Deep Sea Research Part II: Topical Studies in Oceanography, 54: 437-446. Mahiques, M.M.; Sousa, S.H.M.; Burone, L.; Nagai, R.H.; Silveira, I.C.A.; Figueira, R.C.L.; Soutelino, R.G.; Ponsoni, L. & Klein, D.A. 2011. Radiocarbon geochronology of the sediments of the São Paulo Bight (southern Brazilian upper margin). Anais da Academia Brasileira de Ciências, 83:817–834. doi: 10.1590/S0001-37652011005000028. Melguen, M. & Thiede, J. 1974. Facies distribution and dissolution depths of surface sediment components from the Vema Channel and the Rio Grande Rise (Southwest Atlantic Ocean). Marine Geology, 17: 341-353. Molfino, B. & Mcintyre, A. 1990. Precessional forcing of nutricline dynamics in the equatorial Atlantic. Science, 249:766–769. doi: 10.1126/science.249.4970.766. Mollenhauer, G.; Schneider, R.R.; Jennerjahn, T.; Müller, P.J. & Wefer, G. 2004. Organic carbon accumulation in the South Atlantic Ocean: Its modern, mid-Holocene and last glacial distribution. Global and Planetary Change, 40:249–266. doi: 10.1016/j.gloplacha.2003.08.002. Mollenhauer, G.; Schneider, R.R.; Müller, P.J.; Spieß, V. & Wefer, G. 2002. Glacial/interglacial variablity in the Benguela upwelling system: Spatial distribution and budgets of organic carbon accumulation. Global Biogeochemical Cycles, 16: 81-1-81–15. doi: 10.1029/2001gb001488. Molnia, B.F. 1974. A Rapid And Accurate Method For The Analysis Of Calcium Carbonate In Small Samples. Journal of Sedimentary Petrology, 44(2):589–590. Murray, G. & Blackman, V.H. 1898. On the nature of the Coccospheres and Rhabdospheres. Philosophical Transactions of the Royal Society of London B: Biological Sciences, 190(1): 427-441. Okada, H. & Honjo, S.1973. The distribution of oceanic coccolithophores in the Pacific. Deep Sea Research, 20: 355-374. Paillard, D.; Labeyrie, L. & Yiou, P. 1996. Macintosh program performs time-series analysis. EOS, Transactions American Geophysical Union, 77: 379. Pereira, L.S.; Arz, H.W.; Pätzold, J. & Portilho-Ramos, R.C. 2018. Productivity Evolution in the South Brazilian Bight During the Last 40,000 Years. Paleoceanography and Paleoclimatology, 33:1339–1356. doi: 10.1029/2018PA003406. Peterson, R.R. & Stramma, L. 1991. Upper-level circulation in the South Atlantic Ocean. Progrees in Oceanography, 26: 1–73. Petró, S.M.; Pivel, M.A.G. & Coimbra, J.C. 2016. Implicações da dissolução de carbonato de cálcio pelágico em reconstruções paleoceanográficas do Quaternário. Quaternary and Environmental Geosciences, 7:14-25. Pillar, V.D. 1997. Multivariate exploratory analysis and randomization testing with MULTIV. Coenoses, 12: 145-148. Ravelo, A.C. & Fairbanks, R.G. 1992. Oxygen Isotopic Composition of multiples species of planktonic foraminifera: records of the modern photic zone temperature gradient. Paleoceanography, 7(6): 815–831. Reimer, P.J; Bard, E.; Bayliss, A.; Beck, J.W.; Blackwell, P.G.; Ramsey, C.B.; Buck, C.E.; Cheng, H.; Edwards, R.L.; Friedrich, M.; Grootes, P.M.; Guilderson, T.P.; Haflidason, H.; Hajdas, I.; Hatté, C.; Heaton, T.J.; Hogg, A.G.; Hughen, K.A.; Kaiser, K.F.; Kromer, B.; Manning, S.W.; Niu, M.; Reimer, R.W.; Richards, D.A.; Scott, E.M.; Southon, J.R.; Turney, C.S.M. & Van der Plicht, J. 2013. IntCal13 and MARINE13 radiocarbon age calibration curves 0-50000 years calBP. Radiocarbon, 55: 1869–1887. doi: 10.2458/azu_js_rc.55.16947. Schmid, C.; Siedler, G. & Zenk, W. 2000. Dynamics of intermediate water circulation in the subtropical South Atlantic. Journal of Physical Oceanography, 30: 3191–3211. doi:10.1175/1520-0485(2000)030<3191:DOIWCI>2.0.CO;2. Silveira, I.C.A.; Scmidt, A.C.K.; Campos, E.J.D.; Godoi, S.S. & Ikeda, Y. 2000. A Corrente do Brasil ao largo da Costa Leste Brasileira. Revista Brasileira de Oceanografia, 48(2): 171-183. Stuiver, M. & Reimer, P.J. 1993. Extended 14C data base and revised Calib 3.0 14C age calibration program. Radiocarbon, 35: 215-230. Van Andel, T.H.; Thiede, J.; Sclater, J.G. & Hay, W.W. 1977. Depositional history of the South Atlantic Ocean during the last 125 million years. The Journal of geology, 85(6): 651-698. Young, J.R.; Bown P.R. & Lees J.A. 2020. Nannotax3 website. International Nannoplankton Association. Disponível em: <http://www.mikrotax.org/Nannotax3>. Acesso em 19 ago. 2020.
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 Anuário do Instituto de Geociências
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 Anuário do Instituto de Geociências
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Anuário do Instituto de Geociências; Vol 44 (2021)
Anuário do Instituto de Geociências; Vol 44 (2021)
1982-3908
0101-9759
reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Anuário do Instituto de Geociências (Online)
collection Anuário do Instituto de Geociências (Online)
repository.name.fl_str_mv Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv anuario@igeo.ufrj.br||
_version_ 1797053543401652224