Meio Século de Código Florestal e Implicações nas Áreas de Preservação Permanente de um Estuário Hipersalino no Semiárido Brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguiar, Leonlene de Sousa
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Amaro, Venerando Eustáquio, Araújo, Paulo Victor do Nascimento
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/28422
Resumo: O objetivo deste artigo foi avaliar a distribuição espacial e quantificar as Áreas de Preservação Permanente na foz estuarina do rio Apodi-Mossoró, no Rio Grande do Norte (Nordeste do Brasil), para os anos de 1965 e 2012 de acordo com a legislação ambiental vigente. Desta forma, foi possível comparar as mudanças de zoneamento projetadas sobre a cobertura e uso da terra, além de implicações para as áreas úmidas. A metodologia envolveu a reconstrução dos cenários com base nas normas e avaliação dos mapas temáticos gerados a partir de produtos de sensores remotos. Foram aplicadas técnicas de Processamento Digital de Imagens que permitiram mapear categorias de cobertura e uso da terra e identificar os limites das áreas protegidas em cada período. A maior modificação constatada indica a perda de 1.907,09 ha de áreas inundáveis da planície flúvio-marinha, quase totalmente ocupada por salinas. No ano de 1965 foi observada a ocorrência de três categorias de APP, contabilizando 455,17 ha, mas que por limitação da norma só seriam protegidos 83,45 ha. Em relação ao ano de 2012, foram constatadas seis categorias de APP, totalizando 1.051,96 ha, decorrente da ampliação das faixas de proteção, mas as áreas consolidadas anteriormente reduzem para 787,57 ha o quantitativo de áreas protegidas no último período. O ambiente estuarino brasileiro se destaca pela carência de legislação mais específica que melhor proteja as áreas úmidas. As áreas de preservação permanente não são suficientes para tal garantia na região costeira, ainda mais na área de estudo que apresenta riscos de inundação e teve seus ecossistemas amplamente degradados.
id UFRJ-21_8d582af88cd357fa03bdd1eec2cbf7d9
oai_identifier_str oai:www.revistas.ufrj.br:article/28422
network_acronym_str UFRJ-21
network_name_str Anuário do Instituto de Geociências (Online)
repository_id_str
spelling Meio Século de Código Florestal e Implicações nas Áreas de Preservação Permanente de um Estuário Hipersalino no Semiárido BrasileiroLegislação ambiental; APP; Manguezal; Cobertura e uso da terra; Zonas úmidasO objetivo deste artigo foi avaliar a distribuição espacial e quantificar as Áreas de Preservação Permanente na foz estuarina do rio Apodi-Mossoró, no Rio Grande do Norte (Nordeste do Brasil), para os anos de 1965 e 2012 de acordo com a legislação ambiental vigente. Desta forma, foi possível comparar as mudanças de zoneamento projetadas sobre a cobertura e uso da terra, além de implicações para as áreas úmidas. A metodologia envolveu a reconstrução dos cenários com base nas normas e avaliação dos mapas temáticos gerados a partir de produtos de sensores remotos. Foram aplicadas técnicas de Processamento Digital de Imagens que permitiram mapear categorias de cobertura e uso da terra e identificar os limites das áreas protegidas em cada período. A maior modificação constatada indica a perda de 1.907,09 ha de áreas inundáveis da planície flúvio-marinha, quase totalmente ocupada por salinas. No ano de 1965 foi observada a ocorrência de três categorias de APP, contabilizando 455,17 ha, mas que por limitação da norma só seriam protegidos 83,45 ha. Em relação ao ano de 2012, foram constatadas seis categorias de APP, totalizando 1.051,96 ha, decorrente da ampliação das faixas de proteção, mas as áreas consolidadas anteriormente reduzem para 787,57 ha o quantitativo de áreas protegidas no último período. O ambiente estuarino brasileiro se destaca pela carência de legislação mais específica que melhor proteja as áreas úmidas. As áreas de preservação permanente não são suficientes para tal garantia na região costeira, ainda mais na área de estudo que apresenta riscos de inundação e teve seus ecossistemas amplamente degradados.Universidade Federal do Rio de JaneiroAguiar, Leonlene de SousaAmaro, Venerando EustáquioAraújo, Paulo Victor do Nascimento2019-09-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/2842210.11137/2018_2_191_210Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 2 (2018); 191-210Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 2 (2018); 191-2101982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/28422/15489Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociênciashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-06T17:22:23Zoai:www.revistas.ufrj.br:article/28422Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/indexPUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/oaianuario@igeo.ufrj.br||1982-39080101-9759opendoar:2022-10-06T17:22:23Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.none.fl_str_mv Meio Século de Código Florestal e Implicações nas Áreas de Preservação Permanente de um Estuário Hipersalino no Semiárido Brasileiro
title Meio Século de Código Florestal e Implicações nas Áreas de Preservação Permanente de um Estuário Hipersalino no Semiárido Brasileiro
spellingShingle Meio Século de Código Florestal e Implicações nas Áreas de Preservação Permanente de um Estuário Hipersalino no Semiárido Brasileiro
Aguiar, Leonlene de Sousa
Legislação ambiental; APP; Manguezal; Cobertura e uso da terra; Zonas úmidas
title_short Meio Século de Código Florestal e Implicações nas Áreas de Preservação Permanente de um Estuário Hipersalino no Semiárido Brasileiro
title_full Meio Século de Código Florestal e Implicações nas Áreas de Preservação Permanente de um Estuário Hipersalino no Semiárido Brasileiro
title_fullStr Meio Século de Código Florestal e Implicações nas Áreas de Preservação Permanente de um Estuário Hipersalino no Semiárido Brasileiro
title_full_unstemmed Meio Século de Código Florestal e Implicações nas Áreas de Preservação Permanente de um Estuário Hipersalino no Semiárido Brasileiro
title_sort Meio Século de Código Florestal e Implicações nas Áreas de Preservação Permanente de um Estuário Hipersalino no Semiárido Brasileiro
author Aguiar, Leonlene de Sousa
author_facet Aguiar, Leonlene de Sousa
Amaro, Venerando Eustáquio
Araújo, Paulo Victor do Nascimento
author_role author
author2 Amaro, Venerando Eustáquio
Araújo, Paulo Victor do Nascimento
author2_role author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Aguiar, Leonlene de Sousa
Amaro, Venerando Eustáquio
Araújo, Paulo Victor do Nascimento
dc.subject.por.fl_str_mv Legislação ambiental; APP; Manguezal; Cobertura e uso da terra; Zonas úmidas
topic Legislação ambiental; APP; Manguezal; Cobertura e uso da terra; Zonas úmidas
description O objetivo deste artigo foi avaliar a distribuição espacial e quantificar as Áreas de Preservação Permanente na foz estuarina do rio Apodi-Mossoró, no Rio Grande do Norte (Nordeste do Brasil), para os anos de 1965 e 2012 de acordo com a legislação ambiental vigente. Desta forma, foi possível comparar as mudanças de zoneamento projetadas sobre a cobertura e uso da terra, além de implicações para as áreas úmidas. A metodologia envolveu a reconstrução dos cenários com base nas normas e avaliação dos mapas temáticos gerados a partir de produtos de sensores remotos. Foram aplicadas técnicas de Processamento Digital de Imagens que permitiram mapear categorias de cobertura e uso da terra e identificar os limites das áreas protegidas em cada período. A maior modificação constatada indica a perda de 1.907,09 ha de áreas inundáveis da planície flúvio-marinha, quase totalmente ocupada por salinas. No ano de 1965 foi observada a ocorrência de três categorias de APP, contabilizando 455,17 ha, mas que por limitação da norma só seriam protegidos 83,45 ha. Em relação ao ano de 2012, foram constatadas seis categorias de APP, totalizando 1.051,96 ha, decorrente da ampliação das faixas de proteção, mas as áreas consolidadas anteriormente reduzem para 787,57 ha o quantitativo de áreas protegidas no último período. O ambiente estuarino brasileiro se destaca pela carência de legislação mais específica que melhor proteja as áreas úmidas. As áreas de preservação permanente não são suficientes para tal garantia na região costeira, ainda mais na área de estudo que apresenta riscos de inundação e teve seus ecossistemas amplamente degradados.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-09-09
dc.type.none.fl_str_mv

dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/28422
10.11137/2018_2_191_210
url https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/28422
identifier_str_mv 10.11137/2018_2_191_210
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/28422/15489
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 2 (2018); 191-210
Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 2 (2018); 191-210
1982-3908
0101-9759
reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Anuário do Instituto de Geociências (Online)
collection Anuário do Instituto de Geociências (Online)
repository.name.fl_str_mv Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv anuario@igeo.ufrj.br||
_version_ 1797053540831592448