Intervenções Antrópicas na Geomorfologia do Estuário do Rio Capibaribe e seus Reflexos na Sedimentação Recente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Xavier, Diego de Arruda
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Schettini, Carlos Augusto França, Figueira, Rubens César Lopes, França, Elvis Joacir, Barcellos, Roberto Lima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/29745
Resumo: O artigo tem como objetivo analisar como a intervenção antrópica na geomorfologia do estuário do rio Capibaribe, com a evolução da cidade do Recife, causou possíveis modificações no padrão de sedimentação recente no baixo e médio estuário do rio Capibaribe-PE. Foram realizados levantamentos de mapas históricos da cidade do Recife junto ao Museu Nacional do Rio de Janeiro, Museu da Prefeitura do Recife, CONDEPE/FIDEM e imagens de satélite do Google Earth. Para identificar as possíveis mudanças no padrão sedimentar foram amostrados dois testemunhos localizados nas regiões do baixo (T2) e médio estuário (T5), no qual, foram submetidas à determinação da taxa de sedimentação pelo método do 210Pb e análises sedimentológicas. O testemunho T2 (158 cm) registrou taxa de sedimentação de 0,45 cm.ano-1 e três fácies sedimentares com características diferentes. A Unidade 1 (anterior a 1812 a 1856) indicou eventos ocorridos antes da primeira grande intervenção antrópica para o baixo estuário. A Unidade 2 (1856-1972) registrou o início das obras de ampliação do Porto do Recife, com incrementos nas porcentagens da fração areia e decréscimos nas porcentagens de lama. Por fim, a Unidade 3 (1972-2012) apresentou a influência antrópica no estuário, com alta sedimentação da fração fina do sedimento. O testemunho do médio estuário (178 cm) registrou taxa de sedimentação de 0,52 cm.ano-1 e quatro unidades com características sedimentares diferentes. A Unidade 1 (anterior a 1812) apresentou características de manguezal. A Unidade 2 (1812-1937) apresentou um leve incremento nas porcentagens de areia, possivelmente associada aos processos de expansão urbana e da monocultura da cana de açúcar. A Unidade 3 (1937-2004) apresentou as maiores porcentagens de areia, reflexo da intensificação dos processos de expansão urbana da cidade. A Unidade 4 (2004-2012) apresentou incrementos na sedimentação de finos, provavelmente consequência dos projetos de reflorestamento de manguezais no estuário realizado pela Prefeitura do Recife. A intervenção antrópica no estuário do rio Capibaribe foi o principal fator que influenciou no registro de diferentes unidades sedimentares no sistema estuarino.
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