Programa de pós-graduação em geografia teses defendidas: doutorado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maia, Luiz Francisco Pires Guimarães
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/6299
Resumo: As estimativas de aumento de demanda operacional do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão para os cenários futuros, acompanhando o crescimento da aviação comercial mundial, trazem um toque de preocupação, consoante o correspondente aumento do número de operações aéreas, o que significa dizer um aumento substancial nas emissões de poluentes atmosféricos na Bacia Aérea III da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que congrega os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Japerí, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, Rio de Janeiro e São João de Meriti. A questão-chave passa a ser a avaliação dos impactos na qualidade do ar decorrentes desse crescimento.Para avaliá-los, foi estabelecido, inicialmente, o cenário atual de emissões das aeronaves que operam no Aeroporto do Galeão, a partir do levantamento de movimentação de pousos e decolagens de vôos domésticos e internacionais e aplicação de metodologia recomendada pela Organização de Aviação Civil Internacional para cálculo da carga de emissões atmosféricas. Os resultados evidenciaram as emissões anuais de 339 toneladas de óxidos de nitrogênio (NOx), 293 toneladas de monóxido de carbono (CO) e 27 toneladas de hidrocarbonetos (HC). A esses valores aplicou-se um fator de proporcionalidade, em função das estimativas de demanda para os anos 2008, 2013 e 2023, elaboradas pelo Instituto de Aviação Civil, permitindo estimar os seguintes quantitativos de emissões (em toneladas), por poluente, respectivamente, para os cenários futuros: NOx: 382, 475 e 732;  HC: 31, 38 e 59; CO: 331, 411 e 635.Em seguida, aplicou-se o modelo de dispersão de poluentes ATMOS, apoiado no modelo ISC3 da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, considerando as emissões das aeronaves em operação em todas as fases do Ciclo de Pouso e Decolagem (LTO – Landing and Takeoff Cycle), abaixo de 3.000 pés (aproximadamente 1.000m). Os resultados evidenciaram um aumento nas concentrações máximas de CO de 394 μg/m³ (cenário atual) para 469 μg/m³ (2008), 583 μg/m³ (2013) até 899 μg/m³ (2023). Para os HC, as maiores contribuições se deram na fase de taxiamento, com concentrações associadas de 26,5 μg/m³ no cenário atual, 33 μg/m³ em 2008, 41 μg/m³ em 2013 e 64 μg/m³ em 2023. Em relação às concentrações de NOx, que tem suas maiores emissões nas fases de decolagem e ascensão, a evolução temporal parte do cenário atual de 320 μg/m³ a 348 μg/m³ em 2008, 432 μg/m³ em 2013 e 666 μg/m³ em 2023. No cenário atual, entretanto, o padrão secundário de 190 μg/m³ já estaria seria ultrapassado.
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