Geoquímica Orgânica de Folhelhos da Formação Pojuca, Bacia do Recôncavo, Brasil

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Autor(a) principal: Miranda, Flávia Lima e Cima
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Cerqueira, José Roberto, Amaral, Diego Nery do, Abreu, Neila Caldas, Góes, Vitória Costa Meirelles, Silva, Ayana Souza da, Dino, Rodolfo, Antonioli, Luzia, Queiroz, Antônio Fernando de Souza, Santos, Luiz Carlos Lobato dos, Garcia, Karina Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/40847
Resumo: A bacia sedimentar do Recôncavo, localizada no estado da Bahia, desde a descoberta de petróleo, no final dos anos 30 em Lobato, tem sido intensamente explorada. Atualmente, após 80 anos de exploração ininterrupta é considerada como uma bacia madura. Contudo, ainda é objeto de pesquisas exploratórias e de estudos de cunho acadêmico. Constitui parte integrante do sistema de riftes intracontinentais Recôncavo-Tucano-Jatobá, e seus sistemas petrolíferos possuem em comum a Formação Candeias como rocha geradora principal, depositada na sequência sin-rifte, de idade eocretácea (Berriasiano). Entretanto, avalia-se que a Bacia do Recôncavo é portadora de outros níveis de folhelhos com potencial gerador de hidrocarbonetos; sendo que a própria ANP considera que a Formação Pojuca também apresenta alto potencial gerador, ponderando que a mesma ocorre, em boa parte da bacia, fora da janela de geração. Assim, este trabalho objetiva avaliar a potencialidade para geração de hidrocarbonetos, o estágio de maturação térmica, e o paleoambiente deposicional dos folhelhos da Formação Pojuca, depositadas também na fase sin-rifte, porém de idade relativamente mais jovem (Hauteriviano-Barremiano) que a Formação Candeias. Foram coletadas 48 amostras de folhelhos de um testemunho cortado pelo poço 9-FBA-79-BA, próximo à cidade de Aramari, no estado da Bahia. Os teores de carbono orgânico total (COT) variaram de 1,24 a 4,85 % e os resultados da pirólise Rock-Eval indicam querogênio predominantemente dos tipos I/II, potencial gerador de hidrocarbonetos (S2) variando de pobre a excelente (1,26 a 26,56 mg HC/g rocha), baixa a boa concentração de hidrocarbonetos livres (S1) e temperatura máxima (Tmax) da pirólise Rock-Eval que sugere imaturidade termal das amostras (440oC). Através da análise de isótopos estáveis de carbono (-33,83‰ a -21,54‰), foi possível inferir que o paleoambiente deposicional da Formação Pojuca foi lacustre com variações na salinidade da água.
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Entretanto, avalia-se que a Bacia do Recôncavo é portadora de outros níveis de folhelhos com potencial gerador de hidrocarbonetos; sendo que a própria ANP considera que a Formação Pojuca também apresenta alto potencial gerador, ponderando que a mesma ocorre, em boa parte da bacia, fora da janela de geração. Assim, este trabalho objetiva avaliar a potencialidade para geração de hidrocarbonetos, o estágio de maturação térmica, e o paleoambiente deposicional dos folhelhos da Formação Pojuca, depositadas também na fase sin-rifte, porém de idade relativamente mais jovem (Hauteriviano-Barremiano) que a Formação Candeias. Foram coletadas 48 amostras de folhelhos de um testemunho cortado pelo poço 9-FBA-79-BA, próximo à cidade de Aramari, no estado da Bahia. Os teores de carbono orgânico total (COT) variaram de 1,24 a 4,85 % e os resultados da pirólise Rock-Eval indicam querogênio predominantemente dos tipos I/II, potencial gerador de hidrocarbonetos (S2) variando de pobre a excelente (1,26 a 26,56 mg HC/g rocha), baixa a boa concentração de hidrocarbonetos livres (S1) e temperatura máxima (Tmax) da pirólise Rock-Eval que sugere imaturidade termal das amostras (440oC). Através da análise de isótopos estáveis de carbono (-33,83‰ a -21,54‰), foi possível inferir que o paleoambiente deposicional da Formação Pojuca foi lacustre com variações na salinidade da água.Universidade Federal do Rio de JaneiroUFBAShellANPMiranda, Flávia Lima e CimaCerqueira, José RobertoAmaral, Diego Nery doAbreu, Neila CaldasGóes, Vitória Costa MeirellesSilva, Ayana Souza daDino, RodolfoAntonioli, LuziaQueiroz, Antônio Fernando de SouzaSantos, Luiz Carlos Lobato dosGarcia, Karina Santos2021-11-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/4084710.11137/1982-3908_2021_44_40847Anuário do Instituto de Geociências; Vol 44 (2021)Anuário do Instituto de Geociências; Vol 44 (2021)1982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/40847/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/downloadSuppFile/40847/15380https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/downloadSuppFile/40847/16058/*ref*/Amaral, D.N., Cerqueira, J.R., Andrade, C.L.N., Ribeiro, H.J.P.S., Garcia, K.S., Miranda, F.L.C., Oliveira, O.M., Queiroz, A.F. & Santos, L.C.L. 2020, ‘Paleoenvironmental characterization of a Lower Cretaceous section of the Recôncavo Basin, Bahia, Brazil’, Brazilian Journal of Geology, vol. 50, no. 3, pp. 1-11. https://doi.org/10.1590/2317-4889202020190058 Balbinot, M. & Kalkreuth, W. 2010, ‘Organic geochemistry and petrology of the Gomo Member, Recôncavo Basin’, Brazil. 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