Significado Tectônico de Padrões de Lineamentos na Porção Emersa das Bacias Marginais do Sudeste do Brasil e Áreas de Embasamento Adjacentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brêda, Thaís Coelho
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Mello, Claudio Limeira, Moraes, Anderson
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/29728
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar, em escala 1:500.000, padrões de lineamentos em uma ampla área na margem continental emersa do Sudeste do Brasil, visando discutir o significado tectônico destas feições. Para o desenvolvimento do estudo, os lineamentos foram extraídos sobre hillshades gerados a partir de Modelo Digital de Elevação (MDE) SRTM/NASA, e classificados quanto à orientação e ao comprimento. Com base nesta classificação e na análise de densidade, foram definidos compartimentos estruturais, reunidos em dois domínios principais: o Domínio do Embasamento e o Domínio dos Depósitos Cenozoicos. As maiores densidades de lineamentos ocorrem no Domínio do Embasamento, em especial ao longo da região próxima ao limite com o Domínio dos Depósitos Cenozoicos, sugerindo tratar-se de uma zona de fraqueza relacionada às bordas elevadas das bacias marginais. Os lineamentos (especialmente as feições iguais ou maiores que 10 km) refletem, de uma forma geral, a configuração estrutural do embasamento proterozoico-eopaleozoico, com maior concentração de lineamentos NE-SW na porção sul da área, enquanto os lineamentos aproximadamente N-S ocorrem de forma mais expressiva na porção norte, associando-se à configuração estrutural respectivamente das faixas Ribeira e Araçuaí. Destacam-se também, na porção norte da área, feições associadas ao Feixe de Lineamentos Colatina. Os padrões de distribuição das feições menores que 10 km não apresentam a mesma influência da estruturação do embasamento, como pode ser interpretado pela alta concentração destes lineamentos com orientação NE-SW na porção norte da área de estudo e a presença de feixes de orientação aproximadamente N-S na porção sul da área. Estes padrões podem ser principalmente relacionados à evolução mesozoica da margem continental, à configuração do Rift Continental do Sudeste do Brasil e a reativações neotectônicas. Os lineamentos NW-SE e E-W ocorrem em conjuntos que atravessam a área de estudo de forma contínua, desde o Domínio do Embasamento até o Domínio dos Depósitos Cenozoicos, com forte representação sobre os depósitos da Formação Barreiras, sendo associados a estruturas neotectônicas.
id UFRJ-21_b653eec54535bd28b001e06b2d12462b
oai_identifier_str oai:www.revistas.ufrj.br:article/29728
network_acronym_str UFRJ-21
network_name_str Anuário do Instituto de Geociências (Online)
repository_id_str
spelling Significado Tectônico de Padrões de Lineamentos na Porção Emersa das Bacias Marginais do Sudeste do Brasil e Áreas de Embasamento AdjacentesLineamentos; Neotectônica; Sudeste do BrasilO presente trabalho tem como objetivo analisar, em escala 1:500.000, padrões de lineamentos em uma ampla área na margem continental emersa do Sudeste do Brasil, visando discutir o significado tectônico destas feições. Para o desenvolvimento do estudo, os lineamentos foram extraídos sobre hillshades gerados a partir de Modelo Digital de Elevação (MDE) SRTM/NASA, e classificados quanto à orientação e ao comprimento. Com base nesta classificação e na análise de densidade, foram definidos compartimentos estruturais, reunidos em dois domínios principais: o Domínio do Embasamento e o Domínio dos Depósitos Cenozoicos. As maiores densidades de lineamentos ocorrem no Domínio do Embasamento, em especial ao longo da região próxima ao limite com o Domínio dos Depósitos Cenozoicos, sugerindo tratar-se de uma zona de fraqueza relacionada às bordas elevadas das bacias marginais. Os lineamentos (especialmente as feições iguais ou maiores que 10 km) refletem, de uma forma geral, a configuração estrutural do embasamento proterozoico-eopaleozoico, com maior concentração de lineamentos NE-SW na porção sul da área, enquanto os lineamentos aproximadamente N-S ocorrem de forma mais expressiva na porção norte, associando-se à configuração estrutural respectivamente das faixas Ribeira e Araçuaí. Destacam-se também, na porção norte da área, feições associadas ao Feixe de Lineamentos Colatina. Os padrões de distribuição das feições menores que 10 km não apresentam a mesma influência da estruturação do embasamento, como pode ser interpretado pela alta concentração destes lineamentos com orientação NE-SW na porção norte da área de estudo e a presença de feixes de orientação aproximadamente N-S na porção sul da área. Estes padrões podem ser principalmente relacionados à evolução mesozoica da margem continental, à configuração do Rift Continental do Sudeste do Brasil e a reativações neotectônicas. Os lineamentos NW-SE e E-W ocorrem em conjuntos que atravessam a área de estudo de forma contínua, desde o Domínio do Embasamento até o Domínio dos Depósitos Cenozoicos, com forte representação sobre os depósitos da Formação Barreiras, sendo associados a estruturas neotectônicas.Universidade Federal do Rio de JaneiroBrêda, Thaís CoelhoMello, Claudio LimeiraMoraes, Anderson2019-10-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/2972810.11137/2018_3_305_318Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 3 (2018); 305-318Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 3 (2018); 305-3181982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/29728/16736Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociênciashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2020-08-12T18:46:40Zoai:www.revistas.ufrj.br:article/29728Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/indexPUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/oaianuario@igeo.ufrj.br||1982-39080101-9759opendoar:2020-08-12T18:46:40Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.none.fl_str_mv Significado Tectônico de Padrões de Lineamentos na Porção Emersa das Bacias Marginais do Sudeste do Brasil e Áreas de Embasamento Adjacentes
title Significado Tectônico de Padrões de Lineamentos na Porção Emersa das Bacias Marginais do Sudeste do Brasil e Áreas de Embasamento Adjacentes
spellingShingle Significado Tectônico de Padrões de Lineamentos na Porção Emersa das Bacias Marginais do Sudeste do Brasil e Áreas de Embasamento Adjacentes
Brêda, Thaís Coelho
Lineamentos; Neotectônica; Sudeste do Brasil
title_short Significado Tectônico de Padrões de Lineamentos na Porção Emersa das Bacias Marginais do Sudeste do Brasil e Áreas de Embasamento Adjacentes
title_full Significado Tectônico de Padrões de Lineamentos na Porção Emersa das Bacias Marginais do Sudeste do Brasil e Áreas de Embasamento Adjacentes
title_fullStr Significado Tectônico de Padrões de Lineamentos na Porção Emersa das Bacias Marginais do Sudeste do Brasil e Áreas de Embasamento Adjacentes
title_full_unstemmed Significado Tectônico de Padrões de Lineamentos na Porção Emersa das Bacias Marginais do Sudeste do Brasil e Áreas de Embasamento Adjacentes
title_sort Significado Tectônico de Padrões de Lineamentos na Porção Emersa das Bacias Marginais do Sudeste do Brasil e Áreas de Embasamento Adjacentes
author Brêda, Thaís Coelho
author_facet Brêda, Thaís Coelho
Mello, Claudio Limeira
Moraes, Anderson
author_role author
author2 Mello, Claudio Limeira
Moraes, Anderson
author2_role author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Brêda, Thaís Coelho
Mello, Claudio Limeira
Moraes, Anderson
dc.subject.por.fl_str_mv Lineamentos; Neotectônica; Sudeste do Brasil
topic Lineamentos; Neotectônica; Sudeste do Brasil
description O presente trabalho tem como objetivo analisar, em escala 1:500.000, padrões de lineamentos em uma ampla área na margem continental emersa do Sudeste do Brasil, visando discutir o significado tectônico destas feições. Para o desenvolvimento do estudo, os lineamentos foram extraídos sobre hillshades gerados a partir de Modelo Digital de Elevação (MDE) SRTM/NASA, e classificados quanto à orientação e ao comprimento. Com base nesta classificação e na análise de densidade, foram definidos compartimentos estruturais, reunidos em dois domínios principais: o Domínio do Embasamento e o Domínio dos Depósitos Cenozoicos. As maiores densidades de lineamentos ocorrem no Domínio do Embasamento, em especial ao longo da região próxima ao limite com o Domínio dos Depósitos Cenozoicos, sugerindo tratar-se de uma zona de fraqueza relacionada às bordas elevadas das bacias marginais. Os lineamentos (especialmente as feições iguais ou maiores que 10 km) refletem, de uma forma geral, a configuração estrutural do embasamento proterozoico-eopaleozoico, com maior concentração de lineamentos NE-SW na porção sul da área, enquanto os lineamentos aproximadamente N-S ocorrem de forma mais expressiva na porção norte, associando-se à configuração estrutural respectivamente das faixas Ribeira e Araçuaí. Destacam-se também, na porção norte da área, feições associadas ao Feixe de Lineamentos Colatina. Os padrões de distribuição das feições menores que 10 km não apresentam a mesma influência da estruturação do embasamento, como pode ser interpretado pela alta concentração destes lineamentos com orientação NE-SW na porção norte da área de estudo e a presença de feixes de orientação aproximadamente N-S na porção sul da área. Estes padrões podem ser principalmente relacionados à evolução mesozoica da margem continental, à configuração do Rift Continental do Sudeste do Brasil e a reativações neotectônicas. Os lineamentos NW-SE e E-W ocorrem em conjuntos que atravessam a área de estudo de forma contínua, desde o Domínio do Embasamento até o Domínio dos Depósitos Cenozoicos, com forte representação sobre os depósitos da Formação Barreiras, sendo associados a estruturas neotectônicas.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-10-16
dc.type.none.fl_str_mv

dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/29728
10.11137/2018_3_305_318
url https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/29728
identifier_str_mv 10.11137/2018_3_305_318
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/29728/16736
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 3 (2018); 305-318
Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 3 (2018); 305-318
1982-3908
0101-9759
reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Anuário do Instituto de Geociências (Online)
collection Anuário do Instituto de Geociências (Online)
repository.name.fl_str_mv Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv anuario@igeo.ufrj.br||
_version_ 1797053545595273216