Geocronologia U-Pb em Rochas Subsaturadas em Sílica – da Descoberta da Badeleíta ao seu uso Potencial como Geocronômetro no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Huttner, Mauricio Brito
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Rios, Débora Correia, Carvalho, Cristina Maria Burgos de, Rosa, Maria de Lourdes da Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/31219
Resumo: A geocronologia U-Pb revolucionou a geologia com idades precisas e altamente confiáveis. O método, amplamente difundido, utiliza o zircão como o principal mineral datável por favorecer a substituição do Zr por U, mas impedir a entrada do Pb na sua estrutura, permitindo datar a cristalização de rochas ígneas e metamórficas e obter idade de proveniência de sedimentos. Contudo, o zircão apresenta uma limitação marcante: é raro ou ausente em rochas sub-saturadas em sílica. Em sua ausência outros minerais são utilizados na datação, tais como apatita, monazita e perovskita, mas é a badeleíta o mineral que mais se destaca na datação de rochas sub-saturadas. A badeleíta possui as mesmas vantagens de substituição química do Zr pelo U-Th-Pb do zircão, mas apresenta algumas dificuldades no seu uso: tamanho geralmente diminuto e hábito placóide, que dificulta a sua concentração pelos métodos convencionais. Em 2002 uma metodologia específica para concentrar badeleíta revolucionou o seu uso como geocronômetro, mas eram poucos os laboratórios que dominavam a técnica, denominada “Söderlund”, e em geral restritos à América do Norte, Europa e Austrália. Desde 2017 a Superintendência Regional de Salvador do Serviço Geológico do Brasil concentra badeleíta através de uma adaptação da metodologia utilizando a mesa concentradora do tipo “Wilfley Table”, para a realidade brasileira. Este trabalho apresenta em detalhes a rotina de concentração que, além de badeleíta, consegue concentrar zircão em rochas nas quais o método clássico não se mostrou eficiente.
id UFRJ-21_f02ee5cde3f500e3902a7836d2acd574
oai_identifier_str oai:www.revistas.ufrj.br:article/31219
network_acronym_str UFRJ-21
network_name_str Anuário do Instituto de Geociências (Online)
repository_id_str
spelling Geocronologia U-Pb em Rochas Subsaturadas em Sílica – da Descoberta da Badeleíta ao seu uso Potencial como Geocronômetro no BrasilBadeleíta; Método de “Söderlund”; Wilfley TableA geocronologia U-Pb revolucionou a geologia com idades precisas e altamente confiáveis. O método, amplamente difundido, utiliza o zircão como o principal mineral datável por favorecer a substituição do Zr por U, mas impedir a entrada do Pb na sua estrutura, permitindo datar a cristalização de rochas ígneas e metamórficas e obter idade de proveniência de sedimentos. Contudo, o zircão apresenta uma limitação marcante: é raro ou ausente em rochas sub-saturadas em sílica. Em sua ausência outros minerais são utilizados na datação, tais como apatita, monazita e perovskita, mas é a badeleíta o mineral que mais se destaca na datação de rochas sub-saturadas. A badeleíta possui as mesmas vantagens de substituição química do Zr pelo U-Th-Pb do zircão, mas apresenta algumas dificuldades no seu uso: tamanho geralmente diminuto e hábito placóide, que dificulta a sua concentração pelos métodos convencionais. Em 2002 uma metodologia específica para concentrar badeleíta revolucionou o seu uso como geocronômetro, mas eram poucos os laboratórios que dominavam a técnica, denominada “Söderlund”, e em geral restritos à América do Norte, Europa e Austrália. Desde 2017 a Superintendência Regional de Salvador do Serviço Geológico do Brasil concentra badeleíta através de uma adaptação da metodologia utilizando a mesa concentradora do tipo “Wilfley Table”, para a realidade brasileira. Este trabalho apresenta em detalhes a rotina de concentração que, além de badeleíta, consegue concentrar zircão em rochas nas quais o método clássico não se mostrou eficiente.Universidade Federal do Rio de JaneiroHuttner, Mauricio BritoRios, Débora CorreiaCarvalho, Cristina Maria Burgos deRosa, Maria de Lourdes da Silva2019-12-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/3121910.11137/2019_3_361_370Anuário do Instituto de Geociências; Vol 42, No 3 (2019); 361-370Anuário do Instituto de Geociências; Vol 42, No 3 (2019); 361-3701982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/31219/17689Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociênciashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-10T01:39:31Zoai:www.revistas.ufrj.br:article/31219Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/indexPUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/oaianuario@igeo.ufrj.br||1982-39080101-9759opendoar:2020-07-10T01:39:31Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.none.fl_str_mv Geocronologia U-Pb em Rochas Subsaturadas em Sílica – da Descoberta da Badeleíta ao seu uso Potencial como Geocronômetro no Brasil
title Geocronologia U-Pb em Rochas Subsaturadas em Sílica – da Descoberta da Badeleíta ao seu uso Potencial como Geocronômetro no Brasil
spellingShingle Geocronologia U-Pb em Rochas Subsaturadas em Sílica – da Descoberta da Badeleíta ao seu uso Potencial como Geocronômetro no Brasil
Huttner, Mauricio Brito
Badeleíta; Método de “Söderlund”; Wilfley Table
title_short Geocronologia U-Pb em Rochas Subsaturadas em Sílica – da Descoberta da Badeleíta ao seu uso Potencial como Geocronômetro no Brasil
title_full Geocronologia U-Pb em Rochas Subsaturadas em Sílica – da Descoberta da Badeleíta ao seu uso Potencial como Geocronômetro no Brasil
title_fullStr Geocronologia U-Pb em Rochas Subsaturadas em Sílica – da Descoberta da Badeleíta ao seu uso Potencial como Geocronômetro no Brasil
title_full_unstemmed Geocronologia U-Pb em Rochas Subsaturadas em Sílica – da Descoberta da Badeleíta ao seu uso Potencial como Geocronômetro no Brasil
title_sort Geocronologia U-Pb em Rochas Subsaturadas em Sílica – da Descoberta da Badeleíta ao seu uso Potencial como Geocronômetro no Brasil
author Huttner, Mauricio Brito
author_facet Huttner, Mauricio Brito
Rios, Débora Correia
Carvalho, Cristina Maria Burgos de
Rosa, Maria de Lourdes da Silva
author_role author
author2 Rios, Débora Correia
Carvalho, Cristina Maria Burgos de
Rosa, Maria de Lourdes da Silva
author2_role author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Huttner, Mauricio Brito
Rios, Débora Correia
Carvalho, Cristina Maria Burgos de
Rosa, Maria de Lourdes da Silva
dc.subject.por.fl_str_mv Badeleíta; Método de “Söderlund”; Wilfley Table
topic Badeleíta; Método de “Söderlund”; Wilfley Table
description A geocronologia U-Pb revolucionou a geologia com idades precisas e altamente confiáveis. O método, amplamente difundido, utiliza o zircão como o principal mineral datável por favorecer a substituição do Zr por U, mas impedir a entrada do Pb na sua estrutura, permitindo datar a cristalização de rochas ígneas e metamórficas e obter idade de proveniência de sedimentos. Contudo, o zircão apresenta uma limitação marcante: é raro ou ausente em rochas sub-saturadas em sílica. Em sua ausência outros minerais são utilizados na datação, tais como apatita, monazita e perovskita, mas é a badeleíta o mineral que mais se destaca na datação de rochas sub-saturadas. A badeleíta possui as mesmas vantagens de substituição química do Zr pelo U-Th-Pb do zircão, mas apresenta algumas dificuldades no seu uso: tamanho geralmente diminuto e hábito placóide, que dificulta a sua concentração pelos métodos convencionais. Em 2002 uma metodologia específica para concentrar badeleíta revolucionou o seu uso como geocronômetro, mas eram poucos os laboratórios que dominavam a técnica, denominada “Söderlund”, e em geral restritos à América do Norte, Europa e Austrália. Desde 2017 a Superintendência Regional de Salvador do Serviço Geológico do Brasil concentra badeleíta através de uma adaptação da metodologia utilizando a mesa concentradora do tipo “Wilfley Table”, para a realidade brasileira. Este trabalho apresenta em detalhes a rotina de concentração que, além de badeleíta, consegue concentrar zircão em rochas nas quais o método clássico não se mostrou eficiente.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-12-21
dc.type.none.fl_str_mv

dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/31219
10.11137/2019_3_361_370
url https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/31219
identifier_str_mv 10.11137/2019_3_361_370
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/31219/17689
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Anuário do Instituto de Geociências; Vol 42, No 3 (2019); 361-370
Anuário do Instituto de Geociências; Vol 42, No 3 (2019); 361-370
1982-3908
0101-9759
reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Anuário do Instituto de Geociências (Online)
collection Anuário do Instituto de Geociências (Online)
repository.name.fl_str_mv Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv anuario@igeo.ufrj.br||
_version_ 1797053541862342656