QUANDO AS CIDADES ADOECIAM? A PÓLIS NOSOÛSA NA GRÉCIA CLÁSSICA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Phoînix (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/58786 |
Resumo: | Após propor que a metáfora da pólis nosoûsa assimila a cidade grega antiga não a um corpo (concebido como organismo), mas a uma pessoa, este artigo discute as principais passagens em que ocorre a imagem da cidade adoecida, no intuito de sugerir que ela aponta para um nível extremo de distúrbios políticos, que ameaça a existência da própria comunidade. A metáfora convida, portanto, a pensar o conflito e o consenso como termos opostos – com uma gama de possibilidades indo de um ao outro – em vez de contraditórios. E, uma vez que nas cidades gregas antigas o conflito político frequentemente se associa com a philotimía, ‘busca de honras’, o artigo conclui observando que a metáfora da cidade adoecida segue o mesmo princípio operante nas narrativas de injustiças punidas por doenças enviadas por divindades: a manutenção do equilíbrio social pelo compartilhamento justo das timaí. |
id |
UFRJ-23_1fa68c76906be259361658439f81b53e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/58786 |
network_acronym_str |
UFRJ-23 |
network_name_str |
Phoînix (Rio de Janeiro. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
QUANDO AS CIDADES ADOECIAM? A PÓLIS NOSOÛSA NA GRÉCIA CLÁSSICApólis nosoûsasômatimécrise políticaGrécia clássica.Após propor que a metáfora da pólis nosoûsa assimila a cidade grega antiga não a um corpo (concebido como organismo), mas a uma pessoa, este artigo discute as principais passagens em que ocorre a imagem da cidade adoecida, no intuito de sugerir que ela aponta para um nível extremo de distúrbios políticos, que ameaça a existência da própria comunidade. A metáfora convida, portanto, a pensar o conflito e o consenso como termos opostos – com uma gama de possibilidades indo de um ao outro – em vez de contraditórios. E, uma vez que nas cidades gregas antigas o conflito político frequentemente se associa com a philotimía, ‘busca de honras’, o artigo conclui observando que a metáfora da cidade adoecida segue o mesmo princípio operante nas narrativas de injustiças punidas por doenças enviadas por divindades: a manutenção do equilíbrio social pelo compartilhamento justo das timaí. Mauad X2023-05-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/5878610.26770/phoinix.v29.n1agathaPHOÎNIX; v. 29 n. 1 (29): PHOÎNIX | Dossiê Dor & Morte; 59-782527-225X1413-5787reponame:Phoînix (Rio de Janeiro. Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/58786/31860Copyright (c) 2023 Agatha Bacelarinfo:eu-repo/semantics/openAccessBacelar, Agatha2023-11-21T00:05:11Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/58786Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/PUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/oairevistaphoinix@gmail.com2527-225X1413-5787opendoar:2023-11-21T00:05:11Phoînix (Rio de Janeiro. Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
QUANDO AS CIDADES ADOECIAM? A PÓLIS NOSOÛSA NA GRÉCIA CLÁSSICA |
title |
QUANDO AS CIDADES ADOECIAM? A PÓLIS NOSOÛSA NA GRÉCIA CLÁSSICA |
spellingShingle |
QUANDO AS CIDADES ADOECIAM? A PÓLIS NOSOÛSA NA GRÉCIA CLÁSSICA Bacelar, Agatha pólis nosoûsa sôma timé crise política Grécia clássica. |
title_short |
QUANDO AS CIDADES ADOECIAM? A PÓLIS NOSOÛSA NA GRÉCIA CLÁSSICA |
title_full |
QUANDO AS CIDADES ADOECIAM? A PÓLIS NOSOÛSA NA GRÉCIA CLÁSSICA |
title_fullStr |
QUANDO AS CIDADES ADOECIAM? A PÓLIS NOSOÛSA NA GRÉCIA CLÁSSICA |
title_full_unstemmed |
QUANDO AS CIDADES ADOECIAM? A PÓLIS NOSOÛSA NA GRÉCIA CLÁSSICA |
title_sort |
QUANDO AS CIDADES ADOECIAM? A PÓLIS NOSOÛSA NA GRÉCIA CLÁSSICA |
author |
Bacelar, Agatha |
author_facet |
Bacelar, Agatha |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bacelar, Agatha |
dc.subject.por.fl_str_mv |
pólis nosoûsa sôma timé crise política Grécia clássica. |
topic |
pólis nosoûsa sôma timé crise política Grécia clássica. |
description |
Após propor que a metáfora da pólis nosoûsa assimila a cidade grega antiga não a um corpo (concebido como organismo), mas a uma pessoa, este artigo discute as principais passagens em que ocorre a imagem da cidade adoecida, no intuito de sugerir que ela aponta para um nível extremo de distúrbios políticos, que ameaça a existência da própria comunidade. A metáfora convida, portanto, a pensar o conflito e o consenso como termos opostos – com uma gama de possibilidades indo de um ao outro – em vez de contraditórios. E, uma vez que nas cidades gregas antigas o conflito político frequentemente se associa com a philotimía, ‘busca de honras’, o artigo conclui observando que a metáfora da cidade adoecida segue o mesmo princípio operante nas narrativas de injustiças punidas por doenças enviadas por divindades: a manutenção do equilíbrio social pelo compartilhamento justo das timaí. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-05-17 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/58786 10.26770/phoinix.v29.n1agatha |
url |
https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/58786 |
identifier_str_mv |
10.26770/phoinix.v29.n1agatha |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/58786/31860 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2023 Agatha Bacelar info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2023 Agatha Bacelar |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Mauad X |
publisher.none.fl_str_mv |
Mauad X |
dc.source.none.fl_str_mv |
PHOÎNIX; v. 29 n. 1 (29): PHOÎNIX | Dossiê Dor & Morte; 59-78 2527-225X 1413-5787 reponame:Phoînix (Rio de Janeiro. Online) instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Phoînix (Rio de Janeiro. Online) |
collection |
Phoînix (Rio de Janeiro. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Phoînix (Rio de Janeiro. Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
revistaphoinix@gmail.com |
_version_ |
1803387684095262720 |