NIETZSCHE, SÓCRATES E A NOÇÃO DE "VONTADE" EM O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Trágica |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/24018 |
Resumo: | A figura de Sócrates é, como se sabe, alvo constante das reflexões de Nietzsche, em todos os convencionados períodos de sua produção. O filósofo grego é o protagonista da primeira publicação do autor, O nascimento da tragédia. Nesta Sócrates é descrito como aquele que, em ação combinada com Eurípides, subestima o valor da música grega antiga, substrato da tragédia, levando esta ao seu declínio. A junção entre as duas pulsões artísticas da natureza, o apolíneo e o dionisíaco, se vê dissolvida diante da aliança entre Eurípides e Sócrates. Esse fenômeno ocorre, segundo a visão nietzschiana, devido ao fato de que Sócrates desejava “corrigir a existência” por meio de uma divindade distinta daquelas formadoras da tragédia grega antiga, a saber, a razão. Essa visão acerca de Sócrates e de Eurípides, bastante difundida na literatura secundária sobre Nietzsche, parece ser a única que o autor mantém ao longo de sua produção e, particularmente, na obra inaugural de seu pensamento. Trata-se de um equívoco, no nosso ponto de vista, defender que Nietzsche mantenha apenas essa visão negativa acerca da figura de Sócrates, como aquela figura degenerativa da tragédia. Não acreditamos que ela seja incorreta, mas parcial, incompleta. |
id |
UFRJ-24_32bb492e757e2805393845b854195b2f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/24018 |
network_acronym_str |
UFRJ-24 |
network_name_str |
Revista Trágica |
repository_id_str |
|
spelling |
NIETZSCHE, SÓCRATES E A NOÇÃO DE "VONTADE" EM O NASCIMENTO DA TRAGÉDIANietzscheSócratesSocratismoA figura de Sócrates é, como se sabe, alvo constante das reflexões de Nietzsche, em todos os convencionados períodos de sua produção. O filósofo grego é o protagonista da primeira publicação do autor, O nascimento da tragédia. Nesta Sócrates é descrito como aquele que, em ação combinada com Eurípides, subestima o valor da música grega antiga, substrato da tragédia, levando esta ao seu declínio. A junção entre as duas pulsões artísticas da natureza, o apolíneo e o dionisíaco, se vê dissolvida diante da aliança entre Eurípides e Sócrates. Esse fenômeno ocorre, segundo a visão nietzschiana, devido ao fato de que Sócrates desejava “corrigir a existência” por meio de uma divindade distinta daquelas formadoras da tragédia grega antiga, a saber, a razão. Essa visão acerca de Sócrates e de Eurípides, bastante difundida na literatura secundária sobre Nietzsche, parece ser a única que o autor mantém ao longo de sua produção e, particularmente, na obra inaugural de seu pensamento. Trata-se de um equívoco, no nosso ponto de vista, defender que Nietzsche mantenha apenas essa visão negativa acerca da figura de Sócrates, como aquela figura degenerativa da tragédia. Não acreditamos que ela seja incorreta, mas parcial, incompleta.Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro2019-03-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/2401810.59488/tragica.v2i1.24018TRÁGICA: Estudos de Filosofia da Imanência; v. 2 n. 1 (2009): Estudos sobre Nietzsche1982-58701982-587010.59488/tragica.v2i1reponame:Revista Trágicainstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/24018/13307Copyright (c) 2019 Wander Andrade de Paulainfo:eu-repo/semantics/openAccessde Paula, Wander Andrade2023-06-02T15:51:09Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/24018Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/PUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/oairevistatragica@yahoo.com.br1982-58701982-5870opendoar:2023-06-02T15:51:09Revista Trágica - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
NIETZSCHE, SÓCRATES E A NOÇÃO DE "VONTADE" EM O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA |
title |
NIETZSCHE, SÓCRATES E A NOÇÃO DE "VONTADE" EM O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA |
spellingShingle |
NIETZSCHE, SÓCRATES E A NOÇÃO DE "VONTADE" EM O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA de Paula, Wander Andrade Nietzsche Sócrates Socratismo |
title_short |
NIETZSCHE, SÓCRATES E A NOÇÃO DE "VONTADE" EM O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA |
title_full |
NIETZSCHE, SÓCRATES E A NOÇÃO DE "VONTADE" EM O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA |
title_fullStr |
NIETZSCHE, SÓCRATES E A NOÇÃO DE "VONTADE" EM O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA |
title_full_unstemmed |
NIETZSCHE, SÓCRATES E A NOÇÃO DE "VONTADE" EM O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA |
title_sort |
NIETZSCHE, SÓCRATES E A NOÇÃO DE "VONTADE" EM O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA |
author |
de Paula, Wander Andrade |
author_facet |
de Paula, Wander Andrade |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
de Paula, Wander Andrade |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Nietzsche Sócrates Socratismo |
topic |
Nietzsche Sócrates Socratismo |
description |
A figura de Sócrates é, como se sabe, alvo constante das reflexões de Nietzsche, em todos os convencionados períodos de sua produção. O filósofo grego é o protagonista da primeira publicação do autor, O nascimento da tragédia. Nesta Sócrates é descrito como aquele que, em ação combinada com Eurípides, subestima o valor da música grega antiga, substrato da tragédia, levando esta ao seu declínio. A junção entre as duas pulsões artísticas da natureza, o apolíneo e o dionisíaco, se vê dissolvida diante da aliança entre Eurípides e Sócrates. Esse fenômeno ocorre, segundo a visão nietzschiana, devido ao fato de que Sócrates desejava “corrigir a existência” por meio de uma divindade distinta daquelas formadoras da tragédia grega antiga, a saber, a razão. Essa visão acerca de Sócrates e de Eurípides, bastante difundida na literatura secundária sobre Nietzsche, parece ser a única que o autor mantém ao longo de sua produção e, particularmente, na obra inaugural de seu pensamento. Trata-se de um equívoco, no nosso ponto de vista, defender que Nietzsche mantenha apenas essa visão negativa acerca da figura de Sócrates, como aquela figura degenerativa da tragédia. Não acreditamos que ela seja incorreta, mas parcial, incompleta. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-03-23 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado pelos Pares |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/24018 10.59488/tragica.v2i1.24018 |
url |
https://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/24018 |
identifier_str_mv |
10.59488/tragica.v2i1.24018 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/24018/13307 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Wander Andrade de Paula info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Wander Andrade de Paula |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
TRÁGICA: Estudos de Filosofia da Imanência; v. 2 n. 1 (2009): Estudos sobre Nietzsche 1982-5870 1982-5870 10.59488/tragica.v2i1 reponame:Revista Trágica instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Revista Trágica |
collection |
Revista Trágica |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Trágica - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
revistatragica@yahoo.com.br |
_version_ |
1806551326386028544 |