Teatro e política na filosofia de Gilles Deleuze: subtração, crueldade, esgotamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Mariana de Toledo
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Abreu, Ovídio, Oneto, Paulo Domenech
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Trágica
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/36404
Resumo: A relação de Gilles Deleuze com as artes é inseparável de seu projeto filosófico mais amplo, marcado pela crítica à representação e pela liberação da dimensão das forças como aquela em que o pensamento é criado. O modelo da representação reúne uma série de pressupostos implícitos da filosofia ocidental e consolida uma moral interna ao pensamento, que oblitera a dimensão genética das forças. A política do pensamento deleuziana rompe com este modelo, em benefício do pensamento compreendido como criação. Filósofos e artistas pensam, criam, e isto permite ao filósofo se aproximar de procedimentos artísticos que se afinam com os seus. Deleuze se encontra com o teatro justamente na crítica à representação e na dramatização compreendida como experimentação de forças puras. Não à toa destacam-se em seus escritos Antonin Artaud, Carmelo Bene e Samuel Beckett. A relação entre teatro e política está presente nos procedimentos dos três: subtração em Bene, crueldade em Artaud e esgotamento em Beckett – estratégias necessárias para que o teatro se libere da representação, de sua moral interna para atingir a dimensão das forças na qual a criação pode emergir. 
id UFRJ-24_b3bffdc1218eaaa0b8821578257f1673
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/36404
network_acronym_str UFRJ-24
network_name_str Revista Trágica
repository_id_str
spelling Teatro e política na filosofia de Gilles Deleuze: subtração, crueldade, esgotamentoTeatropolíticaGilles DeleuzeA relação de Gilles Deleuze com as artes é inseparável de seu projeto filosófico mais amplo, marcado pela crítica à representação e pela liberação da dimensão das forças como aquela em que o pensamento é criado. O modelo da representação reúne uma série de pressupostos implícitos da filosofia ocidental e consolida uma moral interna ao pensamento, que oblitera a dimensão genética das forças. A política do pensamento deleuziana rompe com este modelo, em benefício do pensamento compreendido como criação. Filósofos e artistas pensam, criam, e isto permite ao filósofo se aproximar de procedimentos artísticos que se afinam com os seus. Deleuze se encontra com o teatro justamente na crítica à representação e na dramatização compreendida como experimentação de forças puras. Não à toa destacam-se em seus escritos Antonin Artaud, Carmelo Bene e Samuel Beckett. A relação entre teatro e política está presente nos procedimentos dos três: subtração em Bene, crueldade em Artaud e esgotamento em Beckett – estratégias necessárias para que o teatro se libere da representação, de sua moral interna para atingir a dimensão das forças na qual a criação pode emergir. Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro2021-05-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/3640410.59488/tragica.v14i1.36404TRÁGICA: Estudos de Filosofia da Imanência; v. 14 n. 1 (2021): Deleuze & Guattari: a criação do novo I1982-58701982-587010.59488/tragica.v14i1reponame:Revista Trágicainstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/36404/pdf_2Copyright (c) 2021 Mariana de Toledo Barbosa, Ovídio Abreu, Paulo Domenech Onetoinfo:eu-repo/semantics/openAccessBarbosa, Mariana de ToledoAbreu, OvídioOneto, Paulo Domenech2023-06-02T15:49:31Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/36404Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/PUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/oairevistatragica@yahoo.com.br1982-58701982-5870opendoar:2023-06-02T15:49:31Revista Trágica - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.none.fl_str_mv Teatro e política na filosofia de Gilles Deleuze: subtração, crueldade, esgotamento
title Teatro e política na filosofia de Gilles Deleuze: subtração, crueldade, esgotamento
spellingShingle Teatro e política na filosofia de Gilles Deleuze: subtração, crueldade, esgotamento
Barbosa, Mariana de Toledo
Teatro
política
Gilles Deleuze
title_short Teatro e política na filosofia de Gilles Deleuze: subtração, crueldade, esgotamento
title_full Teatro e política na filosofia de Gilles Deleuze: subtração, crueldade, esgotamento
title_fullStr Teatro e política na filosofia de Gilles Deleuze: subtração, crueldade, esgotamento
title_full_unstemmed Teatro e política na filosofia de Gilles Deleuze: subtração, crueldade, esgotamento
title_sort Teatro e política na filosofia de Gilles Deleuze: subtração, crueldade, esgotamento
author Barbosa, Mariana de Toledo
author_facet Barbosa, Mariana de Toledo
Abreu, Ovídio
Oneto, Paulo Domenech
author_role author
author2 Abreu, Ovídio
Oneto, Paulo Domenech
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Barbosa, Mariana de Toledo
Abreu, Ovídio
Oneto, Paulo Domenech
dc.subject.por.fl_str_mv Teatro
política
Gilles Deleuze
topic Teatro
política
Gilles Deleuze
description A relação de Gilles Deleuze com as artes é inseparável de seu projeto filosófico mais amplo, marcado pela crítica à representação e pela liberação da dimensão das forças como aquela em que o pensamento é criado. O modelo da representação reúne uma série de pressupostos implícitos da filosofia ocidental e consolida uma moral interna ao pensamento, que oblitera a dimensão genética das forças. A política do pensamento deleuziana rompe com este modelo, em benefício do pensamento compreendido como criação. Filósofos e artistas pensam, criam, e isto permite ao filósofo se aproximar de procedimentos artísticos que se afinam com os seus. Deleuze se encontra com o teatro justamente na crítica à representação e na dramatização compreendida como experimentação de forças puras. Não à toa destacam-se em seus escritos Antonin Artaud, Carmelo Bene e Samuel Beckett. A relação entre teatro e política está presente nos procedimentos dos três: subtração em Bene, crueldade em Artaud e esgotamento em Beckett – estratégias necessárias para que o teatro se libere da representação, de sua moral interna para atingir a dimensão das forças na qual a criação pode emergir. 
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-05-03
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Artigo avaliado pelos Pares
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/36404
10.59488/tragica.v14i1.36404
url https://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/36404
identifier_str_mv 10.59488/tragica.v14i1.36404
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/36404/pdf_2
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 Mariana de Toledo Barbosa, Ovídio Abreu, Paulo Domenech Oneto
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 Mariana de Toledo Barbosa, Ovídio Abreu, Paulo Domenech Oneto
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv TRÁGICA: Estudos de Filosofia da Imanência; v. 14 n. 1 (2021): Deleuze & Guattari: a criação do novo I
1982-5870
1982-5870
10.59488/tragica.v14i1
reponame:Revista Trágica
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Revista Trágica
collection Revista Trágica
repository.name.fl_str_mv Revista Trágica - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv revistatragica@yahoo.com.br
_version_ 1806551327559385088