O pensamento trágico ao longo do tempo: Nietzsche e seus predecessores
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Trágica |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/59866 |
Resumo: | A partir da autodenominação de filósofo trágico feita por Nietzsche em Ecce Homo, este artigo objetiva estudar a presença do pensamento trágico em filósofos anteriores a Nietzsche, como Lucrécio, Michel de Montaigne, Blaise Pascal e Baltasar Gracián. O trágico é compreendido como a afirmação incondicional da vida frente ao que há de mais estranho, inexplicável e irracional na existência. Embora de épocas distintas e com formas de pensar e escrever diferentes, estes filósofos se opuseram, cada qual a seu modo, à racionalidade socrática, ao pensamento moral, aos condicionantes metafísicos para afirmar, também de modos diversos, a ausência de natureza, como em Lucrécio; a contestação do racionalismo, como em Montaigne; a contradição inconciliável, como em Pascal; e, finalmente, a ética da ocasião, como em Gracián. Estes filósofos podem ser compreendidos, na perspectiva de Clément Rosset, como pensadores artificialistas, em oposição aos naturalistas, que buscam constituir a filosofia em um sistema racional de explicação e duplicação do mundo. Os resultados do estudo apontam que o pensamento trágico se organiza pela conjunção das ideias de nada, acaso e convenção, em consonância com a afirmação incondicional da vida. |
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O pensamento trágico ao longo do tempo: Nietzsche e seus predecessoresPensamento trágicoFilosofia trágicaNietzscheClément Rosset.A partir da autodenominação de filósofo trágico feita por Nietzsche em Ecce Homo, este artigo objetiva estudar a presença do pensamento trágico em filósofos anteriores a Nietzsche, como Lucrécio, Michel de Montaigne, Blaise Pascal e Baltasar Gracián. O trágico é compreendido como a afirmação incondicional da vida frente ao que há de mais estranho, inexplicável e irracional na existência. Embora de épocas distintas e com formas de pensar e escrever diferentes, estes filósofos se opuseram, cada qual a seu modo, à racionalidade socrática, ao pensamento moral, aos condicionantes metafísicos para afirmar, também de modos diversos, a ausência de natureza, como em Lucrécio; a contestação do racionalismo, como em Montaigne; a contradição inconciliável, como em Pascal; e, finalmente, a ética da ocasião, como em Gracián. Estes filósofos podem ser compreendidos, na perspectiva de Clément Rosset, como pensadores artificialistas, em oposição aos naturalistas, que buscam constituir a filosofia em um sistema racional de explicação e duplicação do mundo. Os resultados do estudo apontam que o pensamento trágico se organiza pela conjunção das ideias de nada, acaso e convenção, em consonância com a afirmação incondicional da vida.Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro2023-10-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/5986610.59488/tragica.v16i3.59866TRÁGICA: Estudos de Filosofia da Imanência; v. 16 n. 3 (2023): Varia1982-58701982-587010.59488/tragica.v16i3reponame:Revista Trágicainstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/59866/32971Copyright (c) 2023 Rogério de Almeidainfo:eu-repo/semantics/openAccessAlmeida, Rogério de2023-10-20T18:35:27Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/59866Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/PUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/oairevistatragica@yahoo.com.br1982-58701982-5870opendoar:2023-10-20T18:35:27Revista Trágica - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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