Insistir no Eu, destronar o Eu, passar à literatura: movimentos da obra de Hélène Cixous
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Alea (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/40477 |
Resumo: | Jacques Derrida, ao delinear as paixões de que padece a literatura, formula: “Não há essência nem substância da literatura: a literatura não é, não existe, não se demora na identidade de uma natureza.” Lendo fragmentos extraídos da obra de Hélène Cixous, colocarei à prova essa proposição para pensar se o insistir no Eu, sem conferir uma identidade a ele, o destrona de seus atributos, fazendo dele, como das próprias obras, um “objeto literário não identificável.” Como se “a linguagem fosse escutada pela primeira vez”, tanto o Eu quanto a escrita são figurados através de sobreposições e apagamentos de traços históricos e autobiográficos que fundam um lugar de terror e, ao mesmo tempo, de ressurreição, o que se poderia chamar de passagem à literatura. E não seria esse entrelaçamento entre a linguagem escutada pela primeira vez, evento e realidade psíquica aquilo que Derrida chamou de “hiperrealismo ficcional”? |
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Insistir no Eu, destronar o Eu, passar à literatura: movimentos da obra de Hélène CixousJacques Derrida, ao delinear as paixões de que padece a literatura, formula: “Não há essência nem substância da literatura: a literatura não é, não existe, não se demora na identidade de uma natureza.” Lendo fragmentos extraídos da obra de Hélène Cixous, colocarei à prova essa proposição para pensar se o insistir no Eu, sem conferir uma identidade a ele, o destrona de seus atributos, fazendo dele, como das próprias obras, um “objeto literário não identificável.” Como se “a linguagem fosse escutada pela primeira vez”, tanto o Eu quanto a escrita são figurados através de sobreposições e apagamentos de traços históricos e autobiográficos que fundam um lugar de terror e, ao mesmo tempo, de ressurreição, o que se poderia chamar de passagem à literatura. E não seria esse entrelaçamento entre a linguagem escutada pela primeira vez, evento e realidade psíquica aquilo que Derrida chamou de “hiperrealismo ficcional”?Alea: Estudos NeolatinosAlea: Estudos NeolatinosAlea: Estudos Neolatinos2021-02-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/40477Alea: Estudos Neolatinos; v. 22 n. 3 (2020); 181-195Alea: Estudos Neolatinos; Vol. 22 No. 3 (2020); 181-195Alea: Estudos Neolatinos; Vol. 22 Núm. 3 (2020); 181-1951807-02991517-106Xreponame:Alea (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/40477/22116Copyright (c) 2021 Alea: Estudos Neolatinosinfo:eu-repo/semantics/openAccessTrocoli, Flavia2021-02-09T13:11:51Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/40477Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aleaONGhttps://revistas.ufrj.br/index.php/alea/oaialea@letras.ufrj.br||alea.ufrj@gmail.com1807-02991517-106Xopendoar:2021-02-09T13:11:51Alea (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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