Le mort hante le vif. A questão da ficção e o lugar do sujeito na literatura de Annie Ernaux
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Alea (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/57926 |
Resumo: | Annie Ernaux vem ganhando um destaque cada vez maior na paisagem editorial brasileira, sobretudo após o Nobel de Literatura 2022 e as recentes traduções de cinco de seus livros pela editora Fósforo. Pretendo explorar, neste ensaio, o lugar aparentemente contraditório que a ficção ocupa em sua obra: em uma série de entrevistas (ERNAUX, 2011), a autora defende que sua produção literária implica, a um só tempo, a incorporação e o questionamento do ficcional. Para dar corpo ao meu argumento, examinarei dois longos trechos de um livro de Ernaux, Os anos (2008), propondo um diálogo com Wolfgang Iser, Ivan Jablonka, Luiz Costa Lima e Pierre Bourdieu. Meu objetivo é mostrar que o projeto de uma frase “cheia de coisas reais” não consegue se desvencilhar de certa elaboração ficcional, afinal, é a perspectivação pela via da ficção que permite colocar a vida e os fatos entre parênteses para melhor se aproximar deles e melhor pensá-los. |
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Le mort hante le vif. A questão da ficção e o lugar do sujeito na literatura de Annie ErnauxAnnie Ernaux vem ganhando um destaque cada vez maior na paisagem editorial brasileira, sobretudo após o Nobel de Literatura 2022 e as recentes traduções de cinco de seus livros pela editora Fósforo. Pretendo explorar, neste ensaio, o lugar aparentemente contraditório que a ficção ocupa em sua obra: em uma série de entrevistas (ERNAUX, 2011), a autora defende que sua produção literária implica, a um só tempo, a incorporação e o questionamento do ficcional. Para dar corpo ao meu argumento, examinarei dois longos trechos de um livro de Ernaux, Os anos (2008), propondo um diálogo com Wolfgang Iser, Ivan Jablonka, Luiz Costa Lima e Pierre Bourdieu. Meu objetivo é mostrar que o projeto de uma frase “cheia de coisas reais” não consegue se desvencilhar de certa elaboração ficcional, afinal, é a perspectivação pela via da ficção que permite colocar a vida e os fatos entre parênteses para melhor se aproximar deles e melhor pensá-los.Alea: Estudos NeolatinosAlea: Estudos NeolatinosAlea: Estudos Neolatinos2023-04-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/57926Alea: Estudos Neolatinos; v. 25 n. 1 (2023); 326-342Alea: Estudos Neolatinos; Vol. 25 No. 1 (2023); 326-342Alea: Estudos Neolatinos; Vol. 25 Núm. 1 (2023); 326-3421807-02991517-106Xreponame:Alea (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/57926/31518Copyright (c) 2023 Alea: Estudos Neolatinosinfo:eu-repo/semantics/openAccessBrito, Pedro Gomes Dias2023-04-11T15:20:23Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/57926Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aleaONGhttps://revistas.ufrj.br/index.php/alea/oaialea@letras.ufrj.br||alea.ufrj@gmail.com1807-02991517-106Xopendoar:2023-04-11T15:20:23Alea (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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