Não somos “Negros/as”, não somos “Índios/as”: da descolonização Africana à Literatura Indígena Brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dorrico, Julie
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Danner, Fernando, Danner, Leno Francisco
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Alea (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/52180
Resumo: Correlacionaremos descolonização africana e literatura indígena brasileira, enfatizando três ideias: o colonialismo é o eixo estruturante da produção do/a negro/a e do/a índio/a enquanto menoridade racialmente justificada, levando à sua invisibilização, ao seu silenciamento e ao seu privatismo, de modo que passam a ser representados/as pelo/a branco/a como seu/sua tutor/a, mestre e senhor/a; a descolonização, que somente pode ser feita pelo grupo-sujeito colonizado, confere todo protagonismo a esse mesmo grupo-sujeito menor que, desde essa condição como chaga e estigma racialmente fundado, publiciza sua voz e dinamiza sua práxis crítico-emancipatória; e a produção estético-literária passa a ser o lugar de autoconstituição normativa e de tematização das condições epistêmico-políticas que produzem-reproduzem as minorias político-culturais, tornando-se instrumento político basilar de enfrentamento do eurocentrismo-colonialismo-racismo. A descolonização, ao enfatizar a voz e o protagonismo do e pelo grupo-sujeito menor, desconstrói a ideia naturalizada de negro/a, índio/a, branco/a etc., mostrando-as como politicidade, relacionalidade, normatividade, historicidade.
id UFRJ-5_f8acded04095ff9004dfab5fe4309ea2
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/52180
network_acronym_str UFRJ-5
network_name_str Alea (Online)
repository_id_str
spelling Não somos “Negros/as”, não somos “Índios/as”: da descolonização Africana à Literatura Indígena BrasileiraCorrelacionaremos descolonização africana e literatura indígena brasileira, enfatizando três ideias: o colonialismo é o eixo estruturante da produção do/a negro/a e do/a índio/a enquanto menoridade racialmente justificada, levando à sua invisibilização, ao seu silenciamento e ao seu privatismo, de modo que passam a ser representados/as pelo/a branco/a como seu/sua tutor/a, mestre e senhor/a; a descolonização, que somente pode ser feita pelo grupo-sujeito colonizado, confere todo protagonismo a esse mesmo grupo-sujeito menor que, desde essa condição como chaga e estigma racialmente fundado, publiciza sua voz e dinamiza sua práxis crítico-emancipatória; e a produção estético-literária passa a ser o lugar de autoconstituição normativa e de tematização das condições epistêmico-políticas que produzem-reproduzem as minorias político-culturais, tornando-se instrumento político basilar de enfrentamento do eurocentrismo-colonialismo-racismo. A descolonização, ao enfatizar a voz e o protagonismo do e pelo grupo-sujeito menor, desconstrói a ideia naturalizada de negro/a, índio/a, branco/a etc., mostrando-as como politicidade, relacionalidade, normatividade, historicidade.Alea: Estudos NeolatinosAlea: Estudos NeolatinosAlea: Estudos Neolatinos2022-04-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/5218010.1590/1517-106X/202224113Alea: Estudos Neolatinos; v. 24 n. 1 (2022); 236-251Alea: Estudos Neolatinos; Vol. 24 No. 1 (2022); 236-251Alea: Estudos Neolatinos; Vol. 24 Núm. 1 (2022); 236-2511807-02991517-106Xreponame:Alea (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/52180/28457Copyright (c) 2022 Alea: Estudos Neolatinosinfo:eu-repo/semantics/openAccessDorrico, JulieDanner, FernandoDanner, Leno Francisco2022-04-28T15:19:04Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/52180Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aleaONGhttps://revistas.ufrj.br/index.php/alea/oaialea@letras.ufrj.br||alea.ufrj@gmail.com1807-02991517-106Xopendoar:2022-04-28T15:19:04Alea (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.none.fl_str_mv Não somos “Negros/as”, não somos “Índios/as”: da descolonização Africana à Literatura Indígena Brasileira
title Não somos “Negros/as”, não somos “Índios/as”: da descolonização Africana à Literatura Indígena Brasileira
spellingShingle Não somos “Negros/as”, não somos “Índios/as”: da descolonização Africana à Literatura Indígena Brasileira
Dorrico, Julie
title_short Não somos “Negros/as”, não somos “Índios/as”: da descolonização Africana à Literatura Indígena Brasileira
title_full Não somos “Negros/as”, não somos “Índios/as”: da descolonização Africana à Literatura Indígena Brasileira
title_fullStr Não somos “Negros/as”, não somos “Índios/as”: da descolonização Africana à Literatura Indígena Brasileira
title_full_unstemmed Não somos “Negros/as”, não somos “Índios/as”: da descolonização Africana à Literatura Indígena Brasileira
title_sort Não somos “Negros/as”, não somos “Índios/as”: da descolonização Africana à Literatura Indígena Brasileira
author Dorrico, Julie
author_facet Dorrico, Julie
Danner, Fernando
Danner, Leno Francisco
author_role author
author2 Danner, Fernando
Danner, Leno Francisco
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Dorrico, Julie
Danner, Fernando
Danner, Leno Francisco
description Correlacionaremos descolonização africana e literatura indígena brasileira, enfatizando três ideias: o colonialismo é o eixo estruturante da produção do/a negro/a e do/a índio/a enquanto menoridade racialmente justificada, levando à sua invisibilização, ao seu silenciamento e ao seu privatismo, de modo que passam a ser representados/as pelo/a branco/a como seu/sua tutor/a, mestre e senhor/a; a descolonização, que somente pode ser feita pelo grupo-sujeito colonizado, confere todo protagonismo a esse mesmo grupo-sujeito menor que, desde essa condição como chaga e estigma racialmente fundado, publiciza sua voz e dinamiza sua práxis crítico-emancipatória; e a produção estético-literária passa a ser o lugar de autoconstituição normativa e de tematização das condições epistêmico-políticas que produzem-reproduzem as minorias político-culturais, tornando-se instrumento político basilar de enfrentamento do eurocentrismo-colonialismo-racismo. A descolonização, ao enfatizar a voz e o protagonismo do e pelo grupo-sujeito menor, desconstrói a ideia naturalizada de negro/a, índio/a, branco/a etc., mostrando-as como politicidade, relacionalidade, normatividade, historicidade.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-04-28
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Artigo avaliado pelos Pares
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/52180
10.1590/1517-106X/202224113
url https://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/52180
identifier_str_mv 10.1590/1517-106X/202224113
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/52180/28457
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2022 Alea: Estudos Neolatinos
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2022 Alea: Estudos Neolatinos
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Alea: Estudos Neolatinos
Alea: Estudos Neolatinos
Alea: Estudos Neolatinos
publisher.none.fl_str_mv Alea: Estudos Neolatinos
Alea: Estudos Neolatinos
Alea: Estudos Neolatinos
dc.source.none.fl_str_mv Alea: Estudos Neolatinos; v. 24 n. 1 (2022); 236-251
Alea: Estudos Neolatinos; Vol. 24 No. 1 (2022); 236-251
Alea: Estudos Neolatinos; Vol. 24 Núm. 1 (2022); 236-251
1807-0299
1517-106X
reponame:Alea (Online)
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Alea (Online)
collection Alea (Online)
repository.name.fl_str_mv Alea (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv alea@letras.ufrj.br||alea.ufrj@gmail.com
_version_ 1799769998840823808