Depressão resistente a tratamento: uma revisão das estratégias farmacológicas de potencialização de antidepressivos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,Milena Antunes
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Hara,Cláudia, Stumpf,Bárbara Luciane Perdigão, Rocha,Fábio Lopes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Psiquiatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-20852006000300010
Resumo: OBJETIVO: Fazer uma revisão sobre oito estratégias farmacológicas de potencialização de antidepressivos na DRT. MÉTODOS: Fez-se um levantamento bibliográfico de 1990 até janeiro de 2006, nas bases eletrônicas de busca Medline, LILACS e da Biblioteca Cochrane, utilizando-se os termos de busca treatment, resistant, refractory e depression e os descritores depression, drug resistance e augmentation, incluindo apenas ensaios controlados duplo-cegos. Foi consultada a referência dos artigos para obtenção de ensaios realizados em data anterior a 1990 e artigos originais de valor histórico. RESULTADOS: Foram encontrados 17 estudos duplo-cegos com o lítio, seis com o hormônio tireoidiano, dois com a buspirona, seis com o pindolol, um com a carbamazepina, dois com a lamotrigina e quatro com a olanzapina. Foram favoráveis à potencialização 41,2% dos ensaios com lítio; 60% daqueles com hormônio tireoidiano e antidepressivos tricíclicos e nenhum com hormônio tireoidiano e inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS); 50% dos com pindolol; 100% dos ensaios com carbamazepina e 40% daqueles com olanzapina. Nenhum dos estudos com a buspirona foi favorável. No único estudo com lamotrigina não houve eficácia de tratamento na avaliação pelo critério principal, mas superioridade ao placebo em critérios secundários. CONCLUSÃO: Na DRT há evidência de eficácia apenas em relação ao lítio na potencialização de várias classes de antidepressivos e ao hormônio tireoidiano na potencialização de tricíclicos. A olanzapina foi razoavelmente estudada e sua eficácia não foi estabelecida. Os poucos estudos realizados com a buspirona e o pindolol não comprovaram sua eficácia. A carbamazepina foi muito pouco estudada, e a lamotrigina ainda não foi adequadamente avaliada.
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