O que os psiquiatras brasileiros esperam das classificações diagnósticas?
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Jornal Brasileiro de Psiquiatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-20852007000200003 |
Resumo: | OBJETIVO: Realizou-se um levantamento postal anônimo com psiquiatras brasileiros afiliados à Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) sobre uso, percepção em termos de utilidade clínica dos sistemas diagnósticos multiaxiais CID-10 e DSM-IV e, ainda, expectativas sobre as próximas revisões. MÉTODOS: A carta-convite, o questionário padronizado e um envelope selado foram enviados para 1.050 dos 3.062 psiquiatras associados da ABP, selecionados de forma randomizada. Em virtude da taxa relativamente baixa de retorno: 160 respostas (15,2%), não se pode afirmar que a amostra obtida seja representativa. resultados: Os principais resultados mostraram que, entre os respondentes, a CID-10 é o sistema diagnóstico mais utilizado, sobretudo seu eixo clínico. O DSM-IV também é amplamente empregado, principalmente os eixos I e II. A principal característica esperada de um sistema classificatório foi a confiabilidade para comunicação. As classificações são vistas como instrumentos a ser manejados pelos psiquiatras e, em menor proporção, por outros membros de equipes multidisciplinares de saúde mental. Os atuais sistemas foram considerados confiáveis para o uso transcultural no contexto brasileiro. Em relação às expectativas quanto aos futuros sistemas, os psiquiatras preferem classificações com menos de 100 rubricas diagnósticas e dividem-se entre os que acham que estas devam expressar preferencialmente causa/patogênese dos transtornos mentais e aqueles que esperam que tais categorias, sobretudo, sejam construídas de modo a subsidiar o planejamento terapêutico. CONCLUSÕES: Os sistemas diagnósticos desempenham um importante papel na prática psiquiátrica cotidiana dos psiquiatras respondentes. As opiniões dos psiquiatras brasileiros parecem refletir bem algumas controvérsias existentes acerca de questões nosográficas decisivas. |
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