Migração: saúde reprodutiva e estereótipo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morais,Maria Silvia de
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Padilla,Beatriz, Rosseto,Camila Morita, Almeida,Margareth Aparecida Santini de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2021000600086
Resumo: Resumo Introdução A saúde é um direito universal em Portugal garantido pela Lei nº 56/79, artigo 4º, mas fatores sociais de gênero e de nacionalidade têm condicionado o seu acesso, a exemplo do preconceito sofrido pelas brasileiras residentes nesse país e da falta de acesso em relação à saúde reprodutiva vivenciados por elas. Objetivo Analisar a percepção de mulheres imigrantes brasileiras em relação aos serviços de saúde reprodutiva em Portugal. Método Foram realizadas entrevistas com 13 mulheres selecionadas mediante a técnica de amostragem em bola de neve. Resultados As brasileiras revelaram preferência pela cesariana, o que pode colaborar para a existência de preconceito nos serviços públicos (Serviço Nacional de Saúde), alegando que eles fazem apenas parto normal sem o uso de analgesia, além de ser conduzido por enfermeiros. Nos atendimentos particulares, a cesariana normalmente é realizada, e não foi notada a presença de preconceito. Conclusão Tal predileção, provavelmente, não esteja apenas relacionada às dificuldades experimentadas pelas imigrantes no Serviço Nacional de Saúde de Portugal, mas também à cultura favorável à cesariana, sobretudo no estado de São Paulo, que as brasileiras levam consigo ao migrarem, seja por questões de saúde ou de estética
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