A saúde e o jovem migrante

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moraes,Maria Silvia de
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Priuli,Roseana Mara Aredes, Chiaravalloti,Rafael Morais
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2013000300015
Resumo: O trabalho no corte de cana-de-açúcar no Brasil é agressivo, com notícias recorrentes de doenças e óbitos pouco esclarecidos. Este estudo procura discutir a saúde desses trabalhadores na região de São José do Rio Preto (SP) e também os fatores que envolvem o deslocamento territorial dessa população. Realizamos entrevistas semiestruturadas para compreender como os trabalhadores lidam com aspectos que são prejudiciais à saúde, decorrentes desse trabalho. Os resultados mostraram que a maioria utilizou a automedicação para amenizar sintomas de gripe, dores no corpo e mal-estar. Assim, o remédio é percebido como um elemento racionalizador do trabalho que pode prevenir uma queda na produtividade. Isso nos leva a uma reflexão sobre as condições de precariedade das relações de trabalho do cortador de cana. Também abrangeram as discussões o fato de que logo haverá o fim do corte da cana-de-açúcar nessa região em virtude da mecanização, e discutimos as possíveis externalidades dessas mudanças. Concluímos que o fluxo migratório não está atrelado apenas às desigualdades de renda per capita entre as regiões brasileiras e à oportunidade de acesso aos bens de consumo, mas, sobretudo, à esperança de renda e à taxa de desemprego. O que nos leva a crer que, mesmo com o fim do corte da cana, a migração para essas regiões ainda irá existir.
id UFRJ-7_a4d96664d5c42b38033d4fea26cc3001
oai_identifier_str oai:scielo:S1414-462X2013000300015
network_acronym_str UFRJ-7
network_name_str Cadernos Saúde Coletiva (Online)
repository_id_str
spelling A saúde e o jovem migrantesaúde do trabalhadormigraçãocana-de-açúcarpolíticas públicasO trabalho no corte de cana-de-açúcar no Brasil é agressivo, com notícias recorrentes de doenças e óbitos pouco esclarecidos. Este estudo procura discutir a saúde desses trabalhadores na região de São José do Rio Preto (SP) e também os fatores que envolvem o deslocamento territorial dessa população. Realizamos entrevistas semiestruturadas para compreender como os trabalhadores lidam com aspectos que são prejudiciais à saúde, decorrentes desse trabalho. Os resultados mostraram que a maioria utilizou a automedicação para amenizar sintomas de gripe, dores no corpo e mal-estar. Assim, o remédio é percebido como um elemento racionalizador do trabalho que pode prevenir uma queda na produtividade. Isso nos leva a uma reflexão sobre as condições de precariedade das relações de trabalho do cortador de cana. Também abrangeram as discussões o fato de que logo haverá o fim do corte da cana-de-açúcar nessa região em virtude da mecanização, e discutimos as possíveis externalidades dessas mudanças. Concluímos que o fluxo migratório não está atrelado apenas às desigualdades de renda per capita entre as regiões brasileiras e à oportunidade de acesso aos bens de consumo, mas, sobretudo, à esperança de renda e à taxa de desemprego. O que nos leva a crer que, mesmo com o fim do corte da cana, a migração para essas regiões ainda irá existir.Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro2013-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2013000300015Cadernos Saúde Coletiva v.21 n.3 2013reponame:Cadernos Saúde Coletiva (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ10.1590/S1414-462X2013000300015info:eu-repo/semantics/openAccessMoraes,Maria Silvia dePriuli,Roseana Mara AredesChiaravalloti,Rafael Moraispor2015-07-13T00:00:00Zoai:scielo:S1414-462X2013000300015Revistahttp://www.iesc.ufrj.br/cadernos/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpabelha@iesc.ufrj.br||abelha@iesc.ufrj.br2358-291X1414-462Xopendoar:2015-07-13T00:00Cadernos Saúde Coletiva (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.none.fl_str_mv A saúde e o jovem migrante
title A saúde e o jovem migrante
spellingShingle A saúde e o jovem migrante
Moraes,Maria Silvia de
saúde do trabalhador
migração
cana-de-açúcar
políticas públicas
title_short A saúde e o jovem migrante
title_full A saúde e o jovem migrante
title_fullStr A saúde e o jovem migrante
title_full_unstemmed A saúde e o jovem migrante
title_sort A saúde e o jovem migrante
author Moraes,Maria Silvia de
author_facet Moraes,Maria Silvia de
Priuli,Roseana Mara Aredes
Chiaravalloti,Rafael Morais
author_role author
author2 Priuli,Roseana Mara Aredes
Chiaravalloti,Rafael Morais
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Moraes,Maria Silvia de
Priuli,Roseana Mara Aredes
Chiaravalloti,Rafael Morais
dc.subject.por.fl_str_mv saúde do trabalhador
migração
cana-de-açúcar
políticas públicas
topic saúde do trabalhador
migração
cana-de-açúcar
políticas públicas
description O trabalho no corte de cana-de-açúcar no Brasil é agressivo, com notícias recorrentes de doenças e óbitos pouco esclarecidos. Este estudo procura discutir a saúde desses trabalhadores na região de São José do Rio Preto (SP) e também os fatores que envolvem o deslocamento territorial dessa população. Realizamos entrevistas semiestruturadas para compreender como os trabalhadores lidam com aspectos que são prejudiciais à saúde, decorrentes desse trabalho. Os resultados mostraram que a maioria utilizou a automedicação para amenizar sintomas de gripe, dores no corpo e mal-estar. Assim, o remédio é percebido como um elemento racionalizador do trabalho que pode prevenir uma queda na produtividade. Isso nos leva a uma reflexão sobre as condições de precariedade das relações de trabalho do cortador de cana. Também abrangeram as discussões o fato de que logo haverá o fim do corte da cana-de-açúcar nessa região em virtude da mecanização, e discutimos as possíveis externalidades dessas mudanças. Concluímos que o fluxo migratório não está atrelado apenas às desigualdades de renda per capita entre as regiões brasileiras e à oportunidade de acesso aos bens de consumo, mas, sobretudo, à esperança de renda e à taxa de desemprego. O que nos leva a crer que, mesmo com o fim do corte da cana, a migração para essas regiões ainda irá existir.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-09-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2013000300015
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2013000300015
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S1414-462X2013000300015
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Cadernos Saúde Coletiva v.21 n.3 2013
reponame:Cadernos Saúde Coletiva (Online)
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Cadernos Saúde Coletiva (Online)
collection Cadernos Saúde Coletiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Cadernos Saúde Coletiva (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv abelha@iesc.ufrj.br||abelha@iesc.ufrj.br
_version_ 1750128224023609344