Associação de variáveis sociodemográficas e clínicas com o estadiamento inicial em homens com câncer de próstata
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos Saúde Coletiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2014000100093 |
Resumo: | O câncer de próstata se tornou um problema de Saúde Pública, sendo a neoplasia maligna de maior incidência nos homens brasileiros. São estimados, para os anos de 2014 e 2015, 302.350 casos de neoplasias no sexo masculino, sendo que 68.800 (22,8%) serão por câncer de próstata. O Estado do Espírito Santo encontra-se entre os 7 Estados brasileiros com maior incidência, com estimativa de 1.580 casos de câncer de próstata por ano, refletindo uma taxa de incidência de 88,72/100.000 habitantes. Na capital do Estado, Vitória, presume-se que essa taxa seja de 107,21/100.000 habitantes, correspondendo a 170 casos. Este estudo objetivou avaliar a associação de fatores sociodemográficos e clínicos com o estadiamento inicial em homens com câncer de próstata. Estudo transversal utilizando 1.500 registros de homens com câncer de próstata atendidos de 2000 a 2006 em uma instituição de referência para o tratamento de câncer de próstata em Vitória, Espírito Santo. Para o tratamento estatístico dos dados utilizou-se o teste do χ2 de associação e regressão logística com Odds Ratio (OR). Houve predominância de homens com câncer de próstata na faixa etária entre 60 e 79 anos (75%), de raça/cor não branca (61%), com primeiro grau incompleto (65%), casados (77%), atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) (60%), residentes na Região Metropolitana do Estado do Espírito Santo (67%) e com estadiamento clínico II (70%). As variáveis raça/cor não branca (p=0,025), escore de Gleason ≥ 7 (p≤0,001) e antígeno prostático específico (PSA) >20 ng/dL (p≤0,001) associaram-se ao estadiamento tardio ao diagnóstico, enquanto o encaminhamento ao serviço de oncologia sem diagnóstico e sem tratamento anterior (p≤0,001) ou com diagnóstico e com tratamento anterior (p=0,018) estiveram associadas a maior chance de apresentação ao serviço com estadiamento clínico precoce. As variáveis que representaram risco aumentado de estadiamento tardio ao diagnóstico podem ser modificadas mediante a adoção de políticas públicas específicas. Com o avanço da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), espera-se que um número maior de homens tenha acesso à rede de saúde, obtendo diagnóstico precoce e tratamento oportuno. |
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