A escrita como cena substitutiva da Pólis: memória, silêncio e testemunho em Salinas Fortes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa,Gilmário Guerreiro da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Estudos Avançados
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142019000400331
Resumo: resumo A narrativa de memórias pode ser o espaço de articulação entre as vivências do sujeito e o movimento da coletividade. Os dois níveis se sobrepõem especialmente no relato pessoal de eventos históricos traumáticos. A escrita assumiria nesse caso a função de cena substitutiva da pólis. É o caso do livro Retrato calado, de Luiz Roberto Salinas Fortes. Nessa obra sobressaem a articulação de elementos autobiográficos, busca e desencontro de si e testemunho das prisões que enfrentou por motivos políticos durante a ditadura militar brasileira. A tortura física e psicológica que sofreu projeta as suas sombras em todas as páginas, de que resulta a impossibilidade de uma escrita confessional completa e bem-sucedida, seja no plano autobiográfico, seja no político.
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