Dinâmica evolutiva em roças de caboclos amazônicos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos Avançados |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142005000100013 |
Resumo: | AS ROÇAS DE CABOCLOS são unidades de agricultura de derruba e queima de populações tradicionais nas terras firmes dos trópicos brasileiros, geralmente associados com florestas. Elas são derivadas de sistemas indígenas com algumas modificações introduzidas pelos africanos e portugueses. Neste trabalho, analisamos a estrutura de comunidade dessas roças e o papel dos fatores biológicos e culturais em manter e aumentar a variabilidade genética na mais importante espécie plantada nas roças, a mandioca (Manihot esculenta). Há um alto grau de diversidade nas roças e muitas espécies que estão normalmente presentes, como mandioca, batata-doce, inhame, ariá, araruta, cupá, amendoim, apresentam o que tem sido chamado de habilidade de combinação ecológica, o que significa que elas otimizam o uso dos fatores ambientais e recursos, minimizando a sobreposição de suas arquiteturas. A variabilidade de mandioca é ampliada pelo banco de sementes em áreas previamente ocupadas, cruzamentos interespecíficos e intervarietais, facilitada pelo arranjo das plantações escolhido pelos caboclos. Depois de criada, a variabilidade é fixada através de clonagem vegetativa, o método de reprodução comum não apenas da mandioca, mas também de outras espécies da roça, a maioria perene e apresentando "disjunção agronômica", ou seja, reprodução e produção efetivada por diferentes órgãos da planta. |
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